Futuro e Folhas de Chá

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Ao desembarcarem do expresso de Hogwarts, os terceiranistas subiram nas carroças aparentemente puxadas por magia enquanto Hagrid chamava os calouros para entrarem em barcas. John percebeu que Sherlock estava mais fechado que o habitual. Não falou com ninguém desde que acordou e, para completar, acabou indo na mesma carroça que Lupin, a pedido do professor.

A essa altura, o boato de que Sherlock Holmes havia passado mal no trem já havia se propagado.

Agora John estava subindo na mesma carroça que Lestrade, Henry, Sally e Janine, até que uma quinta aluna se juntou a eles.

– Tem lugar pra mais um? – Perguntava uma moça loira que lembrava as garotas propaganda de comercial de iogurte, que John logo reconheceu como Mary Morstan, uma quartanista da Sonserina.

– Tem sim. – Janine estendeu a mão – Entra, Mary.

A carroça começou a andar. John se lembrava que, com onze anos de idade, achava os sonserinos assustadores por causa da história de Voldemort, e a situação piorava por causa de Moriarty. Mas Mycroft o fez ver que a casa não era de todo ruim.

E, agora, essa garota, Mary Morstan, não parecia assustadora. Era até bem bonita.

– Oi. – John a cumprimentou – John Watson.

– Sei quem é você. – Mary puxou o Pasquim de dentro da bolsa.

– Você lê essa revista?! – Lestrade se surpreendeu.

– É o único jeito de saber como foi que o mistério da Câmara Secreta se resolveu. Digo, vários alunos foram petrificados e o Profeta Diário não escreveu nem uma letra sobre isso.

– Certo. – o lufano estufou o peito cheio de orgulho – Então você deve ter lido sobre mim, não? Greg Lestrade.

– Ah, sim, você é o lufano que ameaçou o professor charlatão, mas não pôde ajudar a salvar a mocinha porque ficou atrás de uma barreira de pedras depois que o professor roubou sua varinha quebrada e o feitiço saiu pela culatra.

Greg olhou feio para o Watson:

– Você me reduziu a isso?

– Eu não escrevi desse jeito! – John se defendeu.

– Espero você que tenha conseguido uma varinha nova. – Janine comentou.

– Ah, eu consegui sim.

Lestrade puxou um estojo comprido do meio de sua bagagem de mão e tirou a nova varinha de dentro:

– Álamo-branco, trinta e dois centímetros, fibra de coração de dragão. Essa é só minha. A que quebrou era do meu pai.

John olhou do amigo para as garotas:

– Essa revista parece mais popular do que eu pensava.

– É ótima pra passar o tempo. – Mary começava a folheá-la –Tem uma matéria que diz que Sirius Black não matou ninguém, mas como não conseguiu provar sua inocência, assumiu a identidade de um cantor trouxa chamado Toquinho Boardman e deixou um feitiço no seu lugar em Azkaban.

Janine e Lestrade começaram a rir enquanto John sentia as bochechas arderem. Nunca tinha lido nada no Pasquim além dos seus próprios artigos, e só fazia isso para se certificar de que a história não fora alterada.


~O~

Sherlock mal chegou ao castelo quando foi sufocado por uma multidão de alunos curiosos, afastada debilmente por Lupin. O novo professor tentava abrir caminho entre os estudantes até chegar perto do professor anão de cabelos e barba grisalhos que lecionava Feitiços. Flitwick, o diretor da Corvinal.

Potterlock - O Prisioneiro de AzkabanOnde histórias criam vida. Descubra agora