Olhos verdes como o mar

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O sr. Yschin, depois de alguns minutos de atraso, finalmente chegou à sala oval que era usada para as aulas de História da Magia, que na minha opinião eram as melhores. O homem baixo com grandes bochechas e sua barba branca fechou a porta de madeira e foi a frente da sala começar seu discurso de desculpas.

-Mil perdões, mil perdões, alunos, eu estava conversando com a sra. Ganjini da possibilidade dos grimórios serem entregues hoje e ela disse que não, na sua educação diária... - e depois ele disse um monte de coisas sobre o como Ganjini é má com todo ser vivo (o que não é mentira) -Como nossa aula já começou, vamos dar uma revisão sobre a criação do mundo mágico e de Avalya, lembrando que isso vai cair no EMNA do primeiro ano. Fiquem todos atentos e façam anotações se necessário - ele fez um movimento com as mãos e algum tipo de holograma passou a ser refletido no quadro. Era bem difícil distinguir se aquilo era mágico ou não.

Todos os alunos ficaram em silêncio esperando o holograma dar algum sinal de vida, se é que ele tem vida. O holograma se mexeu e formou uma grande árvore, não sabia se era um carvalho ou olmo ou qualquer tipo de árvore de grande porte e de aparência possivelmente campestre com grandes galhos retorcidos e folhas verdes como grama nos dias de chuva. No alto dos galhos retorcidos estavam frutinhas azuis parecidas com mirtilos, as gigantescas raízes da árvore se estendiam por metros e às vezes se emaranhavam umas nas outras.

A grande árvore estava em um lugar sem vida, com terra vermelha e muitas rochas e pedras dispostas em diferentes locais. Além da música de vídeo motivacional do youtube, era perceptível um barulho de ondas batendo nas rochas, o que levantava a hipótese de que ela estava em uma ilha.

Uma voz grave e alta igual as vozes de vídeos motivacionais saiu do holograma: -" No começo era apenas a grande Árvore Mãe, os imensos oceanos e as vastas terras secas e áridas do primeiro mundo. Várias eras se passaram, até que em um dia um fruto da árvore se desprendeu do galho mais alto da Árvore Mãe e caiu sob as suas grandes raízes. Esse pequeno ato, para alguns, insignificante, foi de extrema importância para a vida mágica dos dois mundos. Neste mundo, os seres mágicos foram distribuídos apenas na terra.

A árvore continuava seu trabalho e a partir de suas raízes; ela criou grandes florestas, rios, animais e ecossistemas por todo o universo. Assim a vida passava por todo universo. Os seres mágicos viviam na terra e no primeiro mundo em florestas, oceanos, montanhas, desertos e criavam impérios e governavam.

Até então, os humanos não foram criados, mas a árvore temia que algum dia alguém poderia destruir a sua obra prima. Então ela cria a primeira raça. A primeira raça era constituída por mulheres conhecidas como amazonas. Elas viveriam no primeiro mundo junto com a Árvore Mãe com o dever de proteger a árvore.

Alguns anos se passaram e o mundo estava em perfeita ordem, até que em um dia alguma coisa criou os humanos. Os humanos nos princípios viviam em harmonia com os seres mágicos e principalmente com os feéricos e alguns até se relacionavam e tinham filhos. Os filhos herdaram poderes de seus pais feéricos que variam pelos elementos naturais.

Porém com os avanços da humanidade outros tipos de filhos de feéricos foram criados, os magos e os feiticeiros, conhecidos por portar muito poder. Com esses avanços da humanidade, o medo e a inveja começaram a crescer entre os humanos europeus, enquanto os povos das américas e dos outros continentes adoravam e consideravam os seres mágicos como deuses.

Depois da queda de Roma, a nova formação de conceitos europeus condenavam a magia e os feéricos tiveram que se esconder nas mais escuras florestas, em rios profundos e no altos das grandes montanhas. Agora, a magia sentia medo.

E esses fatores pioram quando Fayar, um elementarie movido a ganância, descobriu como aumentar seus poderes drenando a magia de qualquer outro ser mágico. Ele escolheu um unicórnio, um ser puro. Símbolo da pureza. Quando a vida sai do unicórnio, nasce uma sombra. Os obscuros. Então, os obscuros começaram a se espalhar como fogo em um terreno seco.

O Último Feitiçeiro (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora