I can bless myself,

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Harry pov.


Dragões.

São criaturas reptilianas gigantescas que voam e que podem cuspir fogo através da boca e narinas, sendo amplamente considerados como aterrorizantes, imponentes e perigosas, os animais mais difíceis de esconder do mundo trouxa por suas dimensões alarmantes.

Apesar de Hagrid viver dizendo que eram apenas criaturas incompreendidos, nada diminuiu o meu tique nervoso quando Ronald me contou que Charlie, seu irmão que deveria estar na Romênia cuidando de dragões estava aqui em Hogwarts escoltado 4 dragões.

Que coincidência, faltando duas semanas para a primeira prova do torneio o irmão de Ronald que eu pensei que nunca fosse conhecer aparece na nossa escola com uma escolta draconiana e com 4 espécies diferentes.

Eu não precisava ler a carta que ele havia enviado para Rony para saber o que ele estava fazendo ali e eu juro que queria ser menos inteligente para ter aproveitado aqueles minutos de pura ignorância e fascínio.

Dragões.

A primeira prova seria contra um fodendo dragão.

Draco e eu passamos 30 minutos nos encarando em pânico, algo próximo ao desespero e um limbo silencioso enquanto na minha cabeça tinha várias miniaturas de mim correndo em círculos, gritando enquanto tudo pegava fogo.

Péssima hora para pensar em fogo.

Ele tentou ser maduro, respirando fundo e bebendo um pouco de água, mas eu via o quanto a mão dele estava tremendo então ele não podia me pedir para me acalmar quando nem ele estava calmo.

Sirius tinha surtado, xingado em um idioma que eu não fazia ideia de qual era e havia se transformado em cão, recebendo carinho de um Remus muito preocupado, mas que sabia esconder isso de uma forma mais elegante.

O escritório de Sirius estava em completo silêncio, Ronald muito preocupado, mordendo todas as unhas com aflição, a alegria de rever o irmão sendo tomada por puro pânico, Hermione lendo o máximo que podia sobre dragões em meia hora, Remus fazendo carinho em um imenso cão preto que estava com os olhos focados em mim com muito medo e Draco me olhando com pavor enquanto eu retribuía o olhar do loiro.

Foi uma cena engraçada quando, interrompendo o silêncio mórbido do cômodo, o som de batidas na porta ecoou, fazendo Sirius voltar a forma humana após nos recuperarmos do susto e ir atender.

Ao abrir a porta, o professor Moody entrou mancando, sorrindo para todos nós com sua expressão torta, apontando para mim e para Draco com a mão e indicando a saída da sala.

Seguimos o professor ainda em silencio, vendo ele mancar até sua própria sala, abrindo a porta e nos deixando entrar.

Era um local amplo, cheio de várias bugigangas estranhas e artefatos que eu tinha medo até de me aproximar.

— Fiquei sabendo que vocês já descobriram a primeira prova. — Ele diz de forma calma, retirando a perna mecânica com um gemido de dor.

— Como o senhor soube? — Eu pergunto com a voz trêmula.

— Eu sou o responsável por vocês dois com questões voltadas ao torneio, então eu estou de olho. Alvo me pediu para manter vocês seguros, e, considerando as formas como foram parar no torneio, nada é seguro. — Ele diz calmamente, tirando sua varinha do bolso e olhando para nós. — Me digam. Já tem alguma ideia de como enfrentar seu Dragão?

— Nós nem sabemos qual será a missão. — Draco diz ao perceber que sua voz havia voltado, parecendo muito mais pálido.

— É simples. O dragão estará protegendo algo que vocês precisam para ir para a segunda prova. Basta pegar. — Ele diz calmamente e eu me viro para Draco.

Bless Yourself - DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora