Capítulo 1: Furos no roteiro

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Aviso:
Fiz um capítulo extra no qual exponho a forma que vejo os personagens. Caso não te intesse, apenas leia os capítulos e o pule quando chegar a sua vez. Mas, se o seu caso é o oposto, sugiro que antes de começar a leitura dê uma passada por lá...

 Mas, se o seu caso é o oposto, sugiro que antes de começar a leitura dê uma passada por lá

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Era uma cidade sem graça, como normalmente eram aquelas do interior do país. Para um bando de jovens, não havia algo verdadeiramente bom que pudéssemos considerar ao falar sobre Sleepy Fields. Por ser mais ao norte também estava condenada a um frio incrivelmente entediante, assim como tudo que a envolvia.

A maioria dos prédios também possuíam a mesma tonalidade acinzentada, muitos ainda precarizados pela falta de manutenções. Sempre considerei que o governo do estado não se relaciona-se muito com nosso decrépito "lar", mas era esperado, até mesmo nosso prefeito já não cumpria com as obrigações do seu cargo e era sabido de todos os moradores o que ele fazia com o dinheiro dos impostos que pagávamos. Aquele velho infeliz...

Obviamente todos nutríamos o sentimento de escapar daqui em algum momento e por isso aqueles menos afortunados sentiam inveja quando víamos alguém sendo capaz de o fazer. Éramos menos de 30 mil habitantes contando com os que viviam à margem da sede principal. Essa cidade estava à um raio de 70 km de qualquer contato com a civilização mais próxima...

Fora então que um dos meus poucos amigos que ainda restara em Sleepy Fields teve a brilhante ideia de sairmos com as motos de neve com alguns colegas do nosso colégio. No limite da cidade, além de um lago congelado e uma floresta em fundo branco, próximo a rodovia principal havia um antigo instituto educacional. Digamos que os delinquentes juvenis eram enviados pra lá e na maioria das vezes saíam um tanto mudados. Sempre tive curiosidade para saber o que exatamente era feito com eles já que dificilmente era permitido visitas no interior do prédio. Esse foi um dos motivos para que aceitasse seu convite, já o segundo... Um garoto... William...

Realmente não dava pra considerar muitas coisas. Não havia paisagem para apreciar, ou algum entretenimento para ir. Todos eram afetados pelo isolamento e por tal fator, tendíamos a ser constantemente melancólicos. No entanto, meus poucos casos de felicidade súbita começaram quando um garoto fora transferido para cá. Não entendi o que podia motivar alguém a tomar essa decisão, e esse pensamento se passava por todos ao meu redor, porém não era algo que seria capaz de sanar. Não era próximo dele ou de qualquer um que estivesse incluso no seu ciclo, todavia, ele havia entrado em um dos times do colégio e nada me impedia de o ver jogar hóquei. Foi daí que começou meu estado de obsessão que meus amigos tanto me aconselharam a evitar... William estava no último ano do ensino médio e eu no segundo. Ele era repetente e dois anos mais velho do que eu que tenho apenas 16.

Quando soube que tomara a decisão de vir junto obviamente me animei um pouco mais com a decisão. Essa era uma chance de me aproximar do garoto, fora o meu objetivo principal com tudo isso. Dentre tudo que me definia, minha característica mais forte era a curiosidade que sempre nutrir por tudo ao meu redor.

É ASSIM QUE EU MORROOnde histórias criam vida. Descubra agora