Rejeição - Part2

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Uma semana! Uma semana miserável que eu evitei Louis de todas as formas. Ele também, devo dizer. Nos encontramos e mal o comprimentei, nos dois primeiros dias percebi que ele queria trocar mais palavras que um "Oi" que era o que estava rolando ultimamente, mas com tudo que podia o evitei até que acho que ele se tocou. Arrasado, essa palavra me definia. Eu queria vê-lo, mas sabia que era errado, além do mais, Louis estava interessado em alguém, provavelmente já estava com essa pessoa. Pensar nisso não ajudava em nada, resolvi me focar na semana acadêmica, iriam ter palestras e orientações em várias áreas e administração era uma delas. Meu foco acabou assim que encontrei Ed naquela segunda-feira chata e monótona.

— Já conheceu o pessoal de Direito? - Essa era a área que ele pretendia seguir, acho que ele vai se dar bem, encrenqueiro do jeito que é.

— Ah, não. Prefiri o setor de publicidade. - Suas bochechas coraram. Ed sem graça? Como assim produção?

— Mudou? Desde quando? - Paramos no corredor apinhado de gente.

— Não mudei Hazzy. Mas sabe, faltava uma pessoa na equipe. Indiquei o Louis, então...

Nem precisou concluir.

— O Louis, Louis? - Perguntei igual um retardado.

— Yes. Tesão Tomlinson. Não fica chateado tá? - Ele sorriu e beliscou minhas bochechas.

— Chateado? Porque ficaria? - Engoli em seco, uma semana com ele por aqui, ótimo, toca aqui destino.

— Olha só. Eu saquei tá? Tá rolando alguma coisa que eu sei, mas, vou esperar você me contar como o bom amigo que sou.

— Não viaja. - O empurrei de leve. Sentindo borboletas no estômago com o que ele acabara de falar.

— Tá bom. - Ironizou. — Como estão as coisas com nosso capitão preferido?

— Sei lá. A gente fica, mas acho que é só isso. Zayn tem um lado bem ciumento, e nem somos namorados.

— Isso é estranho, nunca ouvi dizer que ele era ciumento. Vai ver porque ele gosta mesmo de você.

Sorri em incredulidade, porque a gente sabe quando uma pessoa gosta daquele jeito, mas duvidava que Zayn tivesse algum tipo de sentimento forte por mim. E falando nele, este caminhava com Niall e Aaron, me pegou no colo no meio do corredor cheio e me beijou daquele jeito largado que aprendi a gostar.

Louis Tomlinson

Estar novamente em uma escola era estranho e nostálgico. Lembrei dos meus tempos de adolescente e de como era bom não ter preocupação com nada, a não ser peguetes, popularidade e mais futilidades do tipo. Alunos curiosos pegavam panfletos no pequeno stand montado em uma área da escola que antecedia o refeitório. Notei que tinha muita mulher ali, aquele tipinho recatada que é recatada mesmo, o tipo fodona mas que não deve nem saber fazer um boquete, o tipo oferecida, o tipo quieta mas que sabe bem mais que a fodona, porém, os caras idiotas e que pensam que sabem demais rejeitam achando que essa não dá pra passar uma chuva, quando na verdade da pra passar um inverno inteiro. E mais um monte de tipos diferentes, dava para distinguir a elite, os caras com as jaquetas do time, achando que o mundo gira na cabeça do pau deles. As líderes de torcida que acham que tudo se consegue com um rostinho bonito e xerecard. Devo dizer que era divertido observar e achar tudo muito irrelevante, ao mesmo tempo saber que aquela é uma das melhores fases da vida e a maioria reclama.

Tudo aquilo para me desviar do que de fato minha visão buscava. Harry. Ainda não o tinha visto, ele me evitaria como anda fazendo a uma semana, tentando convencer a si mesmo que é o melhor a se fazer, deve ser mesmo. Mas isso só mostra que não estou errado quando penso que há algo mais rolando aqui, eu não fui o único afetado nessa parada toda. Ele sentiu ciúmes do meu encontro. Nada demais, depois daquela noite, resolvi que me afastaria também. Acabei por aceitar sair com Jenna Anderson, uma ex amiga de faculdade, alguns beijos e só, nem vou mais encontrá-la para dizer a verdade. O problema foi tê-lo visto com aquele imbecil, quase sem roupa, por Deus, pela primeira vez em anos senti ódio, um ódio absurdo e repentino. Aqui, olhando para todos esses adolescentes, a ficha cai com tanta força que dói. Aqui, a confirmação das diferenças entre nós vem como um soco, e isso não é nem um pouco agradável.

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