Finalmente fomos liberados, fui caminhando com Victor até o estacionamento. Esbarrei com Ed, ele me olhou com armagura, desviei dela e continuei minha conversa.
— Eu te levo em casa Hazzy.
— Não precisa. Pego o ônibus. - Disse-lhe.
— Não, é sério. Nós moramos a poucos quarteirões um do outro, é caminho.
Agradeci a carona e resolvi ir com ele. Victor me deixou em casa e deu o retorno para a sua. Estranhei minha mãe chegando em casa, raramente ela saia cedo da loja.
— Hazz. - Ela desceu do carro e me passou uma sacola. — Hoje resolvi tirar uma folguinha, estou com a cabeça martelando.
— Você bem que merece uma folga de vez em quando. - Ela riu de leve workaholic do jeito que é. — O que é isso? - Dei uma olhada enviesada para a sacola com o slogan da Anjo Sado.
— São roupas. - Arqueei as sobrancelhas. — Sabe, acho que esses seus jeans folgados estão ocupando muito o guarda roupa. Fui no shopping e te comprei algumas coisas, mas não se preocupe. Quero tirar esse sábado para nós renovarmos o visual . O que acha? As liquidações estão ótimas.
Não deixei de ficar feliz com seu entusiasmo. Há tempos não fazíamos compras juntos. Quando entramos, joguei as coisas no sofá, gostei das três calças jeans e das blusas que ela me trouxe.
— Obrigado. Adorei. - Lhe disse, e lhe dei um beijo estalado.
— Bem, vou tomar um analgésico e vou dormir um pouco. Minha cabeça está mesmo me matando.
Concordei brevemente, troquei minha roupa e desci para a sala. Ainda eram cinco da tarde. Senti falta dele de repente, os palestrantes saem primeiro do que nós na escola, nem tive tempo de falar. Minha mãe devia estar dormindo num sono profundo, então resolvi ir até lá. Assim que sai de casa meus pés tropeçaram pela surpresa, não só o carro de Louis estava estacionado, mas o de Stanley.
Minhas mãos começaram a tremer, senti um frio percorrer minha coluna. Deveria ou não deveria ir? Não tinha poder sobre ele, mas tampouco conseguia gostar daquela situação. Quase dei meia volta e me tranquei em casa, mas desisti e respirei fundo antes de me encaminhar até sua casa. Bati bem de leve na porta, mas ninguém veio atender. Girei a maçaneta e pus minha cabeça pra dentro. A casa estava silenciosa e isso não me agradava. Meu estômago revirou, tinha vontade de botar pra fora o leite que acabara de tomar. Andei em passos lentos pela sala, Jay não estava em casa ao meu ver, isso só fez meu coração acelerar a ponto de doer no peito.
Subi as escadas com cuidado e a medida que subia, ouvia um barulho, um chuveiro estava ligado. Sufoquei e me controlei para continuar subindo. O barulho vinha do quarto de Louis, já estava trêmulo quando empurrei a porta quase totalmente fechada, meu rosto desmoronou. Stanley estava deitado na cama, de roupa íntima, o lençol cobria pedaços de seu corpo quase nu e ele parecia relaxado. Um sorriso figurava em seus lábios e então ele me viu, cerrando os olhos em minha direção.
— O que faz aqui menino? - Ele bradou baixo.
O barulho do chuveiro era forte e Louis cantarolava alto.
— Vim falar com Louis. Eu... - Me perdi no que deveria dizer.
Ele sorriu e eu estava a ponto de chorar.
— Estamos ocupados. Pode dar meia volta. - Foi cruel de propósito.
Permaneci no mesmo lugar, mudo, quase tendo um ataque.
— Escuta garoto. - Ele levantou, enrolado no lençol. — Você não achava mesmo que o Louis, um homem como ele, daria moral pra um pirralho que mal saiu das fraldas, achava? - Ainda estava absorvendo o impacto da cena e de suas palavras. — Ninfetinhos atirados como você, só servem de petisco. Se ponha no teu lugar, Louis é meu namorado, ele me quer, nós passamos por problemas, mas ele me ama e nós vamos casar.
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Born To Me 》Larry Adaptation
Teen FictionLouis Tomlinson e Harry Styles. Dez anos de diferença de idade. Ele pegou Harry no colo ainda recém-nascido. O viu dar os primeiros passos, balbuciar as primeiras palavras e o viu passar por tantas e diversas experiências ao longo dos anos. Ele vi...