Cap 15 - Minha Vida Em Outra Vida

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Voltei, espero não falhar e tentar ser pontual com esta história. Perdi meu grande amor, e minha inspiração também me abandonou... Dedico este capítulo a todos aqueles que não me abandonaram. Espero não decepcioná-los novamente.  

Uma boa leitura!

Se Deus mandou tempestade, Ele sabe que você é forte o bastante para aguentar e não naufragar. Ele acredita em você!

Desconhecido       

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Em algum lugar do passado...

     Christina estava sentada numa cadeira de balanço com um bebê no colo. Sorria e cantava uma linda canção de ninar para sua bebezinha, quando é surpreendida por um homem com um beijo no rosto, quase na boca.

     — Como vai cunhadinha? – Perguntou ele, com um sorriso sínico.

     — Não faça mais isso, você me assustou – disse ela com raiva e com vergonha.

     — Onde está meu irmão? – Perguntou ele

     — Estou aqui Frederico – disse o homem que saia de dentro da casa em direção a Christina.

     Eles eram exatamente iguais...

Lembrança/Sonho #OFF

     Eram 5h30m da manhã, Frederico estava dormindo ao lado de Christina, quando ela acorda nervosa e agitada, sua respiração estava acelerada assim como seu coração. Afastou-se dele com uma angustia indescritível oprimindo seu peito.

     — Não pode ser – Ela estava muito confusa. – Não. Isso não é possível – disse Christina nervosa com a mão na boca olhando para ele.

     Christina olhava Frederico deitado ao seu lado, as lembranças da discussão com ele, sua ida ao hospital, e logo à noite de amor que tiveram. Agora esse sonho, uma intensa irritação foi se apossando dela.

     — Eram dois? – se perguntou.

     E logo o arrependimento de não ser capaz de se negar a Frederico, tomou conta de seus pensamentos, e lamentou aquela noite de entrega. Levantou-se da cama rapidamente, como se isso ajudasse a se libertar das lembranças, vestiu a camisola, colocou o robe, e seguiu para a cozinha. Necessitava beber água. Estava aflita e não entendia aquele sonho. "Estou ficando louca, realmente não há mais dúvidas", pensou ela. Sua cabeça dava voltas.

     — Mas eram gêmeos – disse confusa.

     Naquele momento entra Rufina.

     — Senhora Christina, se sente bem? – Perguntou surpresa pelo horário.

     — O quê? – Christina indagou perdida em seus pensamentos.

     — Deseja alguma coisa senhora? Está se sentindo bem? – Perguntou novamente.

     — Ah, sim – forçou um sorriso. – Eu estou bem, não se preocupe Rufi, eu só vim beber uma água – disse Christina.

     — Vou preparar o café. A senhora vai voltar para o quarto? – perguntou Rufina.

     — Eu vou estar no escritório, não precisa se preocupar – Christina a olhou com dúvidas. "Seria Rufina capaz de responder o que ela desejava", pensou – Rufi, porque Frederico não fala da Família? – perguntou ela.

    — Senhora, isso a senhora tem que perguntar a ele. – disse Rufina nervosa.

     — Rufi, por favor – a olhou com ternura e súplica –, eu tive um sonho, era tão real – estava angustiada –, eu preciso saber. Frederico tem irmãos? – Perguntou Christina sendo observada por Rufina, que ficou mais nervosa ainda.

     — Desculpe Senhora, eu não posso – disse Rufina saindo em disparada.

     — Não pode ser – colocou a mão na cabeça –, é como se o sonho do hospital fosse real, e fosse a minha vida em outra vida. Não pode ser – disse Christina enquanto bebia água.

     Christina estava angustiada e tremendo...

* * *

México – DF

     Heriberto já se encontrava em sua residência na cidade do México, e com a ajuda de suas meninas, organizava cada detalhe da sua mudança para Guadalajara, mas ainda teria que ir acertar os últimos detalhes para a sua saída do hospital em que trabalhava na cidade do México.

     Naquela mesma cidade, não tão longe dali, encontrava-se Débora, sua ex-namorada, num comportamento um tanto suspeito.

     — Você tem certeza que é seguro? – Perguntou ela com um olhar de desconfiança e certa satisfação.

     — Só vai depender de você agora – sorriu ele com ironia –, não esqueça que eu não lhe conheço. Ah! E esta conversa jamais aconteceu – disse sério.

     — Digo o mesmo – olhou-o de baixo para cima –, nunca teria este desprazer – disse ela demonstrando nojo nas palavras.

     — Há, há, há – ele gargalhou sem poder se conter.

     — Não vejo graça – estava seria –, e se necessitar, eu voltarei – disse ela com ironia.

     — Sempre e quando você estiver disposta a pagar com o que eu quero – foi direto –, estarei aqui – disse ele malicioso.

     — Cretino! – disse ela com raiva saindo sem olhar para trás.

     Débora estava satisfeita caminhava feliz balançando um envelope branco na mão. Andava dentro do prédio e demonstrando um ar de vitória e maldade no olhar.

     — Desta vez quero ver a sua cara Doutor Heriberto Gonzáles Castillo, você vai me pagar, ninguém me dispensa assim – disse com muito ódio.

     Débora já estava saindo do hospital, quando Heriberto vinha em sua direção.

     — Por fim, olha quem resolveu dar o ar da graça – sorriu sendo irônica –, meu querido, quanto tempo – disse ela batendo na mão esquerda com o envelope.

     Herberto a observou percebendo aquele envelope, e sem dar à mínima importância a presença dela, seguia em direção a entrada. Débora o seguiu, não perderia a oportunidade de destilar seu veneno.

     — O que você quer? – Perguntou ele sem paciência, a angustia o consumia.

     — Conversar – foi direta e balançava ao ar aquele envelope, como se ali houvesse um bilhete premiado da loteria, e sorria com um olhar de vitória e muita satisfação.

     — Vamos conversar sim – foi direto –, mas vai ser uma conversa definitiva – disse ele, já não suportava a presença de Débora.

     Heriberto a pegou pelo braço e a conduziu até o seu carro.

     — Aí amor – resmungou –, cuidado. Está me machucando – disse ela dissimulando estar ofendida com a atitude dele.

     Heriberto conhecia aquele modelo de envelope, sentiu um aperto no peito imaginou realmente o pior, mas aquilo seria impossível, pois era um homem prevenido e com certeza aquilo tinha outro significado, "um problema de saúde, talvez?", pensou ele. Entraram no carro e saíram sem dizer nem mais uma palavra.

Continua...

O que as pessoas chamam de impossíveis, são as coisas que elas ainda não viram.

Filme "Amor Além da Vida"

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