—Se quiser vir já pode.—Sam grita já do lado de fora do apartamento deles.Ele tinha nas costas uma mochila grande lotada de coisas que ele sabia que não precisariam lá, mas Bucky insistiu em levar.
—Você é muito apressado. Até parece que lá tem horário de entrada e saída.—James reclama saindo pela porta e a fechando, também tinha uma mochila cheia de inutilidade nas costas e como sabia que seu namorado as vezes vivia com a cabeça em outro mundo, segurava a maleta com as asas do mesmo, que havia insistido em poder levar pra praticar um pouco mais com elas.
(...)
Sam e Bucky estavam naquele mesmo campo de margaridas que eles haviam ido uma vez.
Abaixo de uma árvore, havia suprimentos o suficiente para uma tarde inteira ali.Panos espalhados pelo chão, várias vasilhas com comidas espalhadas pelos panos, água, suco etc...
Eles estavam deitados, cabeças coladas e olhando pra cima aproveitando aquele momento de silêncio e paz, o silêncio deles.—Como acha que o Steve está agora?—Bucky pergunta fechando os olhos enquanto tenta imaginar o que o amigo estaria fazendo uma hora dessas...talvez indo atrás do Stark, ou não.
—Sem mim? Deve estar indo muito mal.—Com aquele típico tom afetado falso, fazendo os dois caírem na gargalhada logo em seguida.—Não sei. Acho que essa é uma das raras vezes que eu não tenho ideia do que ele vai fazer...não consigo imaginar.
—Acha que ele precisa de nós?—James pergunta esperançoso, queria ajudar, queria reparar seus erros.
—Sinceramente acho que sim.—Samuel fala e depois de uma longa pausa retoma.—Acha que abandonamos ele?
—Não. Só que precisávamos de um tempo do mundo...digo, do outro mundo.
Wakanda era um refúgio, mais que um refúgio, era um lar.
Para Bucky era um pouco do Brooklin em 1942 com algumas melhorias obviamente.
E para Sam, era Delacroix, naquele velho barco caindo aos pedaços, mas seu, e de Sarah também é claro.
Era um lar, casa.Samuel também fecha os olhos respira fundo, sentindo as coisas ficarem longe, o barulho—ou não barulho—do campo, a brisa nem quente e nem fria, a luz, tudo estava ficando para trás pois estava prestes a cochilar.
Quando ouve a voz de Bucky murmurando uma muísca que ele nunca sequer havia ouvido uma vez na vida, ou pelo menos não se lembrava.
Ele não abre os olhos, apenas aproveita aquela pérola, um momento que seria eternizado.—...Porque estou em um campo de dentes-de-leão, Desejando a todos que você seja meu, meu.—Uma pequena pausa sem motivo aparente.—E eu vejo o para sempre em seus olhos
Eu me sinto bem quando vejo você sorrir, sorrir...—Que muísca bonita Bucky, nunca tinha ouvido essa.
—Eu canto mais se quiser, ela fica melhor na minha voz mesmo.—Ele brinca com uma expressão risonha.
—Ah então vai lá Adele.
James continua cantando, a muísca que ele havia cantado no início e muitas outras, até que chega um momento que ele cansa, mesmo com os protestos de Sam, ele para de cantar.
Sam e Bucky tinham uma coisa que aparentemente muitos casais tinham, mas parecia tão única. O jeito que eles se olham, como entram em seu próprio mundinho juntos, deixando o mundo externo com inveja dessa habilidade, desse dom.
O dom de poder saberem o que estavam falando sem palavras, o que os incomodava mesmo sem eles demostrarem, o que os deixava tristes, felizes, ou irados, tudo isso apenas com um olhar.
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Just the two of us (Sambucky)
Fanfiction《Os acontecimentos dessa história ocorrem depois do filme guerra civil, com algumas modificações》 Depois da grande guerra entre os vingadores, cada um seguiu seu rumo, os que estavam certos-na visão do tratado de Sokovia-seguiram suas vidas, mas o q...