Avião sem Asa

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OLÁ!

Espero que gostem do novo projeto! Entrarei em detalhes nas notas ao fim do capítulo!

Boa leitura!

1 — Avião sem asa

James POV

Eu sempre gostei de ambientes agitados, cheios de barulhos e confusões.

Nunca fui uma criança ou adolescente muito calmo, então não estava acostumado com o silêncio.

Mas naquele momento, eu queria muito que todos os sons ao meu redor se silenciassem, que todo o universo congelasse e todos os barulhos desaparecessem.

Não aguentava mais o ecoar daquele choro manhoso do bebê em meus braços.

Harry era um garotinho incrível.

Bem, eu sou o pai dele, então obviamente ele é incrível.

Mas ainda assim, ele parecia ser uma criança excepcional.

No começo ele parecia como qualquer outro bebê. Sem muito charme ou expressões bonitas. Só... um bebê.

Quando eu havia dito isso para Lily, quase havia apanhado, porque quando ela olhava para nosso bebê, desde o começo quando ele era... bebê demais, ela o achava incrível.

Mas nunca vi por qual razão as pessoas dizem que bebês são lindos, quando eles não se parecem com nada quando nascem.

Mas então, Harry foi ficando maiorzinho, e ali estava a magia do bebê.

Ele tinha lindos e grandes olhos verdes, cílios cumpridos e sobrancelhas tão bonitinhas, que o fazia parecer uma criança incrível. As bochechas rosadas, e os cabelos escuros bagunçados no topo da cabeça eram apenas um charme a mais.

Harry era o bebê mais lindo que eu já havia visto na minha vida.

Às vezes sentia que poderia passar horas apenas olhando para ele, vendo-o dormir ou brincar.

Ele costumava ser um bebê bonzinho. Não do tipo que chorava o tempo inteiro.

Mas já faziam dois dias, e nada fazia ele se acalmar.

Era assustador.

Eu me sentia assustado com ele nos braços, sem saber como reagir, e o que fazer.

Quando eu perdi minha mãe, muitos anos atrás, lembrava das pessoas me contando sobre isso, e eu nunca deixaria de pensar no quanto era triste que ela jamais poderia ser avó.

Ela seria uma avó incrível.

E saberia o que fazer agora.

Eu tinha pouco mais de doze anos quando ela se foi, e houveram pessoas ali que me acolheram e me fizeram entender o que havia acontecido.

Mas... como fazer um bebê entender isso?

Como eu iria acalmar meu filho, e fazê-lo parar de chorar por Lily, se nem mesmo eu sabia como não chorar por minha esposa?

Olhar para aquele pequeno menino nos meus braços apenas doía, porque ele era a prova de nosso amor.

Ele era nosso Harry, o fruto de tudo o que sentimos um pelo outro, nascido de todas as coisas boas que planejamos juntos.

E agora estávamos sozinhos.

Eu e Lilian havíamos nos conhecido quando ainda estávamos na academia, como cadetes. Eu me lembrava de como ela era fantástica em tudo.

Embora não tivesse uma mira muito boa.

Eu havia me oferecido, encantado por seus belos cabelos ruivos, para ajudá-la a treinar sua mira.

Three And A Half ManOnde histórias criam vida. Descubra agora