𝗗𝗶𝗴𝗮 𝗠𝗲𝘂 𝗡𝗼𝗺𝗲 ᴄʜᴀᴄʜᴀ

Capítulo 10

-CHARLI DAMELIO

Tudo foi como o esperado pelo resto da semana, só vi Chase nas aulas que era realmente necessário.

Sempre que Madison está com ele ela não fala comigo, porque sabe que não o suporto, e Mark está passando mais tempo comigo do que antes, o que  é maravilhoso.

Sei que pedir para uma amiga não chegar perto de mim quando está com o ficante é meio cruel egoísta, mas ela quase nunca está com ele, porque ele aparentemente não sai só com ela, e Madison não se importa com isso, ela só quer se divertir, então não vejo nada errado como meu pedido.

Meu pai e minha mãe já terminaram de se
arrumar e estão esperando os convidados na sala, mas eu ainda estou terminando minha maquiagem.

Escolho um dos vestidos que comprei na última vez que fui ao shopping.  ( 𝙤 𝙫𝙚𝙨𝙩𝙞𝙙𝙤 é 𝙤 𝙦𝙪𝙚 𝙚𝙨𝙩á 𝙣𝙤 𝙘𝙤𝙢𝙚ç𝙤) .

Ele é feito de seda em uma cor parecida com cobre, e achei perfeito para a ocasião.

Sempre fui acostumada a me arrumar bem para todo lugar. Minha mãe vêm me ensinando isso desde que eu comecei a usar roupas, até porque para o trabalho do meu pai, é importante que toda a família esteja bem vestida, para que os investidores tenham mais confiança ou algo do tipo, mas este assunto ainda é muito complexo para mim.

-Char, eles já chegaram, desça logo. -minha mãe me chama antes deles entrarem em casa.

-Já estou descendo. -respondo.

Logo ouço o som de novas vozes na sala, então visto meu salto rapidamente e dou uma última checada na minha maquiagem e no cabelo.

Então logo me lembro que Mark não chegou ainda, e não sei se virá, então eu mando uma mensagem para ele, mas a mensagem nem chega, e deduzo que ele deve ter tido um imprevisto, porque ele sempre me avisa quando não vem.

-É uma vergonha que não nós vemos com mais frequência, nós somos vizinhos . -ouço meu pai
falando enquanto desço as escadas.

-De fato Marc, foi graças ao meu filho que estamos nos vendo novamente. o Sr. Levi responde.

Olho ao redor da sala e não vejo mais ninguém a não ser o Sr. Levi, o que me deixa surpresa, já que achei que ele iria chegar com uma esposa e um filho.

Eles param de conversar quando me veem chegando. Vou até minha mãe e paro do lado dela, então estendo minha mão para cumprimentar o nosso vizinho Levi.

-Olá Sr. - fico em dúvida se devo ou não chamá-lo pelo primeiro nome, então espero alguém me informar seu sobrenome para que seja mais respeitoso.

-Sr. Hudson  . -meu pai diz.

-Por favor, me chame apenas de Levi minha querida. -ele aperta minha mão, mas eu congelo.

Hudson?

-Me desculpa, Hudson? -pergunto quase suando.

-Sim, não se lembra? -meu pai me pergunta, e da um sinal para que eu responda que me lembro.

-É claro que me lembro, como não lembraria? Foram ótimos momentos, não sei porque paramos de nos falar.

Como eu não lembrei? Como não lembrei que o sobrenome do meu vizinho era Hudson? Ele é o pai de  Chase? Não pode ser, meu pai falou que o nome do filho dele era Cole e que estava em uma intercâmbio.

Existem inúmeros sobrenomes iguais ao redor do mundo, não é?

-Eu também não sei, mas espero que retomemos nossa amizade. -Sr. Hudson diz olhando para o meu pai e minha mãe.

-Com certeza Levi. -minha mãe responde. -E falando nisso, onde está Cole?

Ele já deve estar chegando, chegou um pouco tarde em casa, então a esta hora já deve ter acabado de se arrumar.

-Enquanto ele não chega, porque não nos sentamos um pouco antes de jantarmos? -Meu pai aponta para a sala, já indo em direção a ela.

Nós todos vamos até a sala e nos sentamos. Eles começam a conversar de diversos assuntos, mas não presto atenção em nenhum, só penso se Levi é de alguma forma parente de Chase.

Sei que as chances de isso acontecer são mínimas, mas não impossíveis, e como vou ignora-lo se ele morar na minha frente? Minhas mãos estão suando, e tem tantos pensamentos na minha mente agora que não consigo ouvir uma palavra do que dizem.

Alguns minutos depois a campainha toca e a nossa funcionária vai atender.

Eu então vejo um menino bem vestido entrar na sala.

Ele tinha o cabelo igual o Chase, mas estava arrumado, tinha o corpo igual do Chase, mas não vestia uma jaqueta de couro, tinha os olhos iguais aos do Chase, azuis como o oceano, e aquilo tudo tinha uma razão, era por que era ele.

Chase acabou de entrar na minha casa, para jantar com a minha família. Meu único maior medo se tornou realidade, a pessoa que eu estou tentando evitar a dias mora do outro lado da rua.

-Cole. -Meu pai se levanta para cumprimentá-lo.

-Sr. Damelio . -Chase cumprimenta meu pai com um abraço e alguns tapinhas nas costas.-Havia tantos anos que não nos falávamos.

-De fato meu jovem, mudou tanto durante este período.

-Nisso eu tenho que concordar com o senhor, é como dizem, o tempo faz bem . Chase ri, mas não de uma maneira irônica como se tivesse tirando sarro de alguém, desta vez é um verdadeiro sorriso, é aturável.

Meu coração começa a bater forte quanto o vejo, e não sei se é porque estou ansiosa, com raiva, ou feliz.

Ele está completamente diferente do que todos conhecem na escola, aqui ele é Cole.

Ele cumprimenta minha mãe e logo vem até mim.

Meu pai percebe que estou mais nervosa que  o
normal, e me pergunta o motivo.

-Não é nada, é que.- digo com o coração a mil. -Não esperava que fosse ele, na verdade nós estudamos na mesma escola.

-Mas eu te falei sobre ele, achei que sabia.-meu pai diz com carisma.

É que na escola ele é conhecido por outro nome. -explico.

-É claro que sim .-Levi diz colocando as mãos nas costas no filho. -Cole sempre usou o seu segundo nome com os amigos dele, nós da família somos os únicos que o chamam pelo seu primeiro nome.

Chase olha para mim convencido, ele já sabia disso e do mesmo jeito não me contou, ele estava falando a verdade no corredor, mas agiu como se fosse uma brincadeira.

•Pessoal , não quis mudar o nome do pai do Chase preferi deixar assim mesmo.

•Pelo visto as tentativas da charli de ficar longe do chase não deu muito certo, já que agora são vizinhos .

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