𝗗𝗶𝗴𝗮 𝗠𝗲𝘂 𝗡𝗼𝗺𝗲 ᴄʜᴀᴄʜᴀ

Capítulo 83

-CHARLI D'AMELIO

-Ele não veio, de novo. -Falo para a Jasmim, enquanto nos sentamos para almoçar no dia seguinte.

-De novo? E você não faz ideia da onde ele esteja?

-Eu não sei... talvez ele esteja em casa, ou... não, ele não poderia ter saído de casa. Mas não entendo porque ele não está vindo, não faz sentido. Será que é porque ele não quer me ver? Qual é o problema? Por que ele está fazendo isso?

-Ele não te falou nada que, que deu a entender que...

-Não, nada. Nenhuma pista.

Jasmim não fala mais nada, ela apenas me olha 56 como se tivesse se sentindo extremamente mal por mim, quase como se tivesse com dó, e eu odeio isso, porque me faz perder as esperanças. Ser olhada com dó - mesmo que a pessoa tenha boas intenções, queira ajudar - é a pior coisa que pode acontecer, me faz acreditar que sou fraca.

Passo o resto do dia tentando tirar Chase da minha cabeça e estudo para as provas do dias seguinte, o dia que ele também não apareceu.

Depois de votar para casa e perceber que ele faltou às aulas por três dias, esqueço todas essas regras de não sair de casa por um instante e vou até a casa dele. Só espero que o pai dele não atenda, e nem que meu pai perceba que eu não estou em casa. Toco na campainha com medo de alguém errado aparecer, mas sem outra saída a não ser realmente fazer isso.

Felizmente, uma mulher de cabelos castanhos e um sorriso cansado aparece, provavelmente deve ser a secretária dos Hudson.

-Olá. -Digo, tentando parecer alguém qualquer e não uma namorada extremamente preocupada.

-Queria saber se o Chas.., o Cole está.

-Sim, ele está. Se você esperar um minuto, eu posso chamá-lo.

-Seria ótimo. Eu sou a Charli, caso ele pergunte quem é. A vizinha... bom, ele vai saber.

-Tudo bem, Charli. Entre, fique à vontade.-Ela abre mais a porta para eu entrar, mas eu continuo na calçada.

-Não, obrigada. Eu espero aqui fora.

Ela me olha desconfiada e assente. Depois de alguns minutos demorados, a moça de cabelos castanhos volta, mas não vejo o Chase.

-Me desculpe, achei que ele estava em casa como o esperado, mas não o encontrei, não está em nenhum lugar da casa. Provavelmente deve ter saído.

-Saído? Mas pra onde ele iria?

-Acho que não posso responder a esta pergunta, senhorita Charli.

Eu aceno para ela e a agradeço, então logo volto para casa. Mas antes de entrar, começo a pensar nos lugares que Chase poderia ter ido.

Sei que não conheço todos os lugares que ele gosta de ir, mas acho que sei o local que ele iria agora. Estou arriscando muito coisa em ir atrás dele, e espero que eu esteja certa sobre a minha teoria. E espero também que ele me explique o que está acontecendo, porque já estou pensando nas piores coisas que poderiam ter acontecido agora, e nenhuma dessas coisas envolve um final feliz.

Entro em casa e pego algum dinheiro que eu tenho, então, após contá-lo, torço que será suficiente para pagar um táxi, porque não estou com o meu celular para pedir um Über ou algo do tipo. Ando um pouco até achar o ponto de táxi mais próximo e peço para me levarem até a colina.

Quando chegamos, faltam apenas alguns reais para completar o valor, mas o motorista foi gentil o suficiente para não se importar e não me cobrar. Até porque não era tanto assim.

Rezo para que Chase esteja no alto dessa colina, caso o contrário vou ter que dormir aqui ou andar até as minhas pernas saírem do corpo, porque não tenho como voltar pra casa.
Chego suando até o alto daquela colina, e após o procurar por alguns segundos, o vejo agachado um pouco afastado do banco que sempre nos sentamos.

0 Meu sangue começa ferver e começo a ficar com raiva dele, mas também sinto uma pontada de alívio por tê-lo achado.

-Chase! -Grito. -Mas que porra você estava pensando? Como você pode sumir assim? -Ele se levanta com um susto quando me vê, então vejo a mesma tristeza de antes no seu rosto.

-Por que você tinha que vim? -Chase vem até mim e pega nos meus ombros, então me vira e começa a me guiar para baixo da colina novamente, pelo mesmo caminho que eu acabei de subir.

-Vá logo, não fale comigo, por favor.

-Não, não. Chase, para! -Me viro para ele novamente e fico ainda mais furiosa.

-O que você está fazendo? Por que não quer me ver? Eu não vou embora, eu nem tenho como ir embora, só vim aqui por causa de você.

-Mas por quê?

-Porque eu te amo, porque eu estava preocupada, é por isso. Porque você estava me ignorando por dias.

-Mas eu tinha uma razão para isso, Charli. Não queria ver você.

-Chase, você está falando coisas com nenhum sentido. Eu não estou entendo nada. O que eu fiz pra você, o que aconteceu?

Ele então se afasta e vai para onde estava antes.

-Chase, volta aqui, pare de fugir, fale comigo. O que está acontecendo?

Ele me ignora. Vou até ele novamente e fico em pé ao seu lado, enquanto ele cava a terra.

-Mas que porra você está fazendo? Começo a ficar absolutamente sem paciência. Ele me ignora. -Pare de cavar o nada, Chase . Me responda! Por que você está me ignorando, por quê? Nós estávamos bem, porque não estamos mais?

Ele então dá outro salto em minha direção, mas desta vez não é de susto. Chase realmente desenterrou alguma coisa que estava lá. Consigo ver uma pequena caixa de sapato vazia no chão, porque o que fosse que estava dentro dela agora está na mão dele.

-É por causa disso que eu estou e ignorando, Charli. É por causa disso que nós não estamos bem.

Chase então me entrega uma coisa que eu achei que nunca mais ia ver novamente, uma coisa que era extremamente importante para mim.

•Não tem nada a ver com o capítulo, mas vocês estão gostando da amizade da charli e da nessa? sério estou amando!

•Votem e comentem!

bjs e até o próximo.