-CHARLI D'AMELIO
Chase abriu meus olhos para muitas coisas, mas as vezes acho que nós dois ainda estamos cegos para muitas outras mais. Tenho inúmeras joias na minha vida, mas as vezes eu apenas não sei como aprecia-las, e talvez deva ser porque eu as coloquei em uma caixa assim como Chase fez, as afastei de mim achando que ia melhorar as coisas, quando o que fez foi apenas me deixar mais infeliz.
E agora eu tinha a Jasmim, que era incrível, era minha amiga e se importava comigo assim como eu me importava com ela. Jasmim é o tipo de amiga que eu deveria guardar pela vida inteira, a pessoa que eu queria ter conhecido antes. Mas talvez eu tenha a afastado mais do que devia ou gostaria, e agora não vou mais permitir que isso aconteça. Já que as coisas mudaram, devo mudar com elas, devo aceitar. .
Talvez até mesmo perdoar, mesmo que isso seja extremamente difícil. Fiquei tempo demais achando que o mundo era sempre o mesmo, e agora vi que não é, agora vi que eu mudei e não devo buscar por o que era antigo.
Mas de uma coisa eu tenho certeza, eu não quero mudar longe dele, eu quero mudar com ele.
Não quero supera-lo.
Meu tempo para pensar termina quando vejo o professor buscar as provas da mesa dos alunos. Vejo que respondi apenas metade da prova e me apresso para responder o resto, mas quando vejo que não daria mais tempo de ler tudo e como a prova era inteiramente de marcar, eu chuto o resto.
Essa havia sido a minha última aula depois do, então encontro meu caminho até o almoço, mas alguém chama meu nome pelo corredor. Olho para trás e procuro quem me chamou, então vejo o senhor Wilson, meu professor de literatura, se aproximar de mim.
-Charli. -Ele suspira cansado. -Puxa, como você anda rápido.
-Costume. -Levanto um pouco o boné para conseguir vê-lo direito.
-Enfim... -Ele coloca a mão no coração e tentaacalmar a respiração cansada. -Eu estava organizando meu escritório lá em casa, algo que minha mulher insiste que eu faça pelo uma duas vezes por ano. -Ele revira os olhos. -E eu achei aquele poema que você me pediu para te entregar há algumas semanas. Olha, preciso confessar, quando você pediu de volta, achei que nunca mais iria achar, mas graças a minha mulher, ele está aqui.
Depois de procurá-lo pela sua maleta por alguns segundos, o prof. Wilson me entrega um papel dobrado e um pouco amassado. Quase não acredito quando vejo que ele está me entregando o poema do Chase depois de todo esse tempo.
Acho que esse é o pior momento para eu receber este poema, já que o que eu deveria fazer agora é seguir em frente, mas estou curiosa demais para recusar. Ainda mais depois de todo o trabalho que o prof. Wilson aparentemente teve para encontrar isso pra mim.
-Eu nem lembrava mais disso. -Comento, completamente focado no pedaço de papel mal cuidado.
-Pra falar a verdade, nem eu.
-Muito obrigada, professor.
-Por nada.
Ele então se afasta e eu fico completamente dividida. O que eu mais quero fazer agora é abrir esse poema.Mas de apenas saber que foi Chase que escreveu faz meu coração saltitar.
O barulho do corredor era grande demais para eu lidar com este poema agora, então eu vou pra um lugar mais afastado para abrir, porque sei que não vou aguentar tê-lo em minhas mãos e não o ver em nenhum momento.
Vou para o campo completamente vazio porque é horário de almoço e me sento na arquibancada mais afastada das pessoas e do barulho.
Sinto meu corpo se arrepiar e meu coração acelerar, então começo a ler:
Meus dedos
Sujos de fumaça
Manchados
De cigarros
Que escondem
Minhas mais profundas
CicatrizesMeu nome Secreto
Escondido
Não pronunciado
Por todosEu sou eu
Preciso de mim
Para respirar
A fumaça
Que sai das pontas
Dos meus dedosVocê é você
Preciso de você
Que me faz esquecer a fumaça
E me traz ar
Você Que diz meu nome
O pronuncia
Como se fosse seu
Eu preciso
Do arQue me tiraram
Você Que me dá ar
Para que eu possa respirar
VocêQue me ajuda a sair da fumaça
Para que eu me desperte
E siga com a vidaMe faça esquecer
Reviver
Renascer
Apenas você
Que me olha
Através da Cortina
Até quando eu não olho
De voltaEntão Por favor diga meu nome
Apenas diga
O pronuncie
Como se fosse seu
Apenas uma vezApenas o diga
Como ninguém mais disse
Ou aceitou
Apenas diga
Para eu ficar livre
Apenas o diga
Como você sempre diz
Diga
Diga meu nome.Seguro o papel com tanta força nas minhas mãos que sinto que vou rasgá-lo.
Eu quero rasgá-lo. Estou apenas. confusa. Não sei o que ele quer, não entendo. Ele quer que eu o liberte? Quer que eu fique? Eu dou o ar para ele, mas não sou o ar? Ele precisa ouvir seu nome para ficar livre? Tudo o que fica no meu cérebro é confusão, e não sei se quero entender o significado.
•O tão esperado poema, finalmenteeeee.
•Tô tão triste que já estamos na reta final dessa fic...
•VOTEM E COMENTEM
bjs e até o próximo.
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𝗗𝗶𝗴𝗮 𝗠𝗲𝘂 𝗡𝗼𝗺𝗲 ᴄʜᴀᴄʜᴀ
Fanfic➪Ao sentir uma atração imensa por Chase , Charli tenta se convencer que aquilo é coisa de sua cabeça, mas quando está perto dele , seu corpo molhado não consegue esc𝘰nder. 𝐂𝐡𝐚𝐬𝐞 :"-𝙀𝙪 𝙦𝙪𝙚𝙧𝙤 𝙩𝙚 𝙛𝙤𝙙𝙚𝙧 𝘾𝙝𝙖𝗿𝗹𝗶 , 𝙦𝙪𝙚𝙧𝙤...