𝗗𝗶𝗴𝗮 𝗠𝗲𝘂 𝗡𝗼𝗺𝗲 ᴄʜᴀᴄʜᴀ

Capitulo 26

-CHARLI DAMELIO

Depois de conversar com Mark, faltavam apenas dez minutos para a aula de literatura começar, então tentei não pensar em nada do que acabou de acontecer durante o caminho de volta para dentro da escola.

Eu não estava triste, não estava arrependida, e também não estava nada sentimental em relação a Mark.

Tudo que eu estou sentindo agora é raiva, raiva de mim por ficar com ele por tanto tempo, raiva dele por ser uma pessoa tão material e superficial, e raiva de todos que estão respirando em minha volta, sem haver motivo nenhum para isso.

Por mais que tudo que eu sinta agora é raiva, por alguma razão começo a me sentir exposta, como se todos os meus sentimentos estivessem a flor da pele.

Eu quero gritar, eu quero chorar, eu quero quebrar o vidro das janelas ou o gesso das paredes, só quero tirar essa raiva de dentro de mim fazendo alguma coisa que eu ainda não sei exatamente o que é.

Quero me libertar.

Vou em direção a minha sala dando passos pesados no chão. Todos me olham de canto de olho, observando a pessoa de dentro de mim que está prestes a explodir.

-Char? O que foi? Por que está tão irritada? -Cynthia, uma amiga com quem tenho menos contato me pergunta.

-Eu estou bem. -digo me distanciando dela. Ouço ela murmurando algum xingamento, mas dou de ombros.

O sinal toca e o corredor logo fica vazio. Eu não entro na sala, fico no corredor tentando me acalmar.

Eu sei que vou me estressar quando ver Chase, e no nível de estresse que eu estou, não duvido nada que alguém vai sair machucado daquela sala.

Ou eu por tentar bater nele e ter apenas a mim mesma, ou Chase, que, com sorte, meu soco iria dar certo. Mas como não estou a fim de bater em ninguém agora, é melhor eu me acalmar.

Minha respiração pesada e ansiosa preenche o corredor vazio fazendo eco, mas isso não dura por muito tempo, o som de passos quase mais pesados que os meus chegam aos meus ouvidos,contra o frio do concreto e o quente do seu corpo.

Chase vem até mim sem nenhuma preocupação como se ele não tivesse atrasado para uma aula da qual ele não fez o trabalho, e como se não tivesse o mínimo respeito pela sua dupla. Bom a questão do respeito é verdade, duvido que ele tenha o mínimo de respeito por mim, ele já me provou que não tem vezes de mais.

Estou tão fora de mim que e como se eu estivesse embriagada. Minha cabeça está girando e não estou pensando direito. Talvez seja isso que aconteça quando meus sentimentos e impulsos ficam totalmente no comando. E meu impulso agora me faz olhar para Chase e o encarar, sem esconder o que eu quero.

Sinto o perfume dele chegando até minhas narinas e sou atraída para ele como uma formiga é atraída pelo açúcar. Seu jeito desinteressado me faz querer me jogar nele e dar-lhe um motivo para se interessar.

Chase vem até mim e destrói toda a distância que estava entre nós. Seu corpo encosta no meu e me empurra contra a parede, me pressionando contra o frio do concreto e o quente do seu corpo.

-Porque você estava me encarando? Perdeu por algo em mim? Talvez a sua calcinha.-Ele diz com a mão atrás do meu pescoço, me fazendo levantar a cabeça e olhar diretamente nos seus olhos.

-Você sabia que você é um imbecil Chase? Porque você é.

-Sou é?! E você odeia isso não odeia É por isso que ainda está aqui. -Ele pressiona seu corpo ainda mais forte contra o meu, e faz minha respiração ficar mais pesada, ao ponto de me deixar sem ar.

Olho ele mordendo os lábios, querendo me libertar.

Mas agora eu sei o que eu estou precisando, o que me fará esquecer até quem eu sou, o que eu quero.

Chase é quem eu quero agora. Mas não sou eu quem diz isso, o meu eu sendo impulsiva diz isso, meu corpo diz isso, ele pede por isso como um pulmão pede por ar.

-Eu quero que você me ensine a fazer uma coisa . -digo, sem pensar.

Chase fica confuso e pensativo, mas antes que ele diga alguma coisa eu o puxo pela jaqueta e o levo até o lugar que eu e Mark sempre ficávamos sempre que queríamos nos beijar sem que ninguém pertubasse . É um lugar perfeito ninguém passa por lá e é muito escondido, e se, por acaso alguém passar por aquele lugar, não vão nos descobrir de qualquer maneira, a não ser que escutem a nossa voz.

Mark é tão patético que não consegue nem me deixar excitada, enquanto Chase não precisa fazer nada para acender um fogo em mim.

Tudo que ele precisa fazer é me observar, tão fácil quanto apertar o botão do interruptor.

-O que você quer fazer aqui Charli? -Chase pergunta ao chegarmos no lugar que antes era frio, mas que agora é como se estivesse dentro de uma fogueira.

Chase está a apenas um metro de distância de mim, e por mais que não pareça muito, é como se ele estivesse a quilômetros, por que agora eu não consigo mais pensar em nada além dele.

Nada além do que seus olhos me observando enquanto eu o provo e lhe dou prazer, o que não pude fazer no jantar.

Ao invés de responder a sua pergunta, eu me aproximo dele até encostar meus peitos no corpo dele. Olho para cima e encaro seus olhos azuis tentando desvendar meus desejos. Mas Chase é muito esperto quando se trata de sexo ou qualquer coisa relacionada a isso, tenho certeza que antes que ele pudesse me ver já sabia o que eu queria.

Estou com tanta vontade de prova-lo que minha boca se enche de água, mas é minha calcinha que fica molhada.

Não sei se estou assim por causa de Mark. Não sei se estou querendo fazer isso com Chase para mostrar que até alguém completamente detestável merece isso mais do que ele.

Eu só sei que sentir o volume na calça de Chase crescendo entre o meio das minhas pernas me faz querer me esconder do mundo inteiro e sentir a pele áspera, mas ao mesmo tempo macia de Chase roçando contra a minha enquanto nossos corpos imploram por mais e mais a cada segundo.

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•Posto o último capítulo da maratona daqui a pouco
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