-CHARLI D'AMELIO
Quando cheguei em casa, minha mãe e meu pai quase explodiram de ódio ou preocupação, mas não disse nada a eles e apenas subi direto para o meu quarto, até porque, não iria conseguir explicar nada nas condições que eu estava.
Completamente surpresa e despedaçada. Nunca esperei que aquilo fosse acontecer com a gente. Bom, pelo menos não naquela hora, não naquele dia. E isso me permitiu cair no chão de uma distância maior do que eu esperava, maior do que eu estava preparada.
O meu despertador começa a tocar para eu acordar e me levantar para ir pra escola, mas não cheguei nem a dormir esta noite. Só sei que estou completamente desidratada.
Não me mexo ou me levanto da cama, o único esforço que eu faço é para desligar o som irritante do despertador que não para de ecoar pelo quarto.
Alguns minutos depois, ouço minha mãe me chamando.
-Charli, seu pai tá te esperando lá fora.
Não respondo. Então ela chama novamente, mas eu a ignoro pela segunda vez. Coloco um travesseiro em cima da minha cabeça e finjo que tudo já passou. A escola, as pessoas, as brigas, Chase.
Mas tudo ainda está aqui. Ouço uma pancada na porta e ouço ela se abrindo. Provavelmente é a minha mãe falando para eu me levantar, mas não me mexo.
-Você sabe que horas são? -Pergunta ela irritada.
-Hora do mundo acabar? -Respondo, com a cabeça girando e a voz rouca abafada pelo travesseiro.
Mas minha mãe não diz mais nada. Só aproximando e se sentando na cama.
-Charli ? O que aconteceu?
Como não tenho mais lágrimas para chorar, apenas fecho os olhos e respiro fundo.
-Desde que dia? Muitas coisas aconteceram, mãe.
-As vezes sinto que não sei de nada sobre a sua vida.
Solto um sorriso sarcástico.
-Olha o que acontece quando eu tento me abrir um pouco mais.
-O que? O que aconteceu?
Eu então tiro o travesseiro do meu rosto e a encaro com o rosto completamente inchado.
-Eu acabo precisando ir para a escola. -Me levanto imediatamente e vou até o meu banheiro.
Não vou conversar sobre nada agora, até porque não vai adiantar nada. E se eu precisar ir para o último lugar que eu menos quero ir agora para não ter essa conversa com ela, então que seja.
Entro no banheiro e fecho a porta, mas ela vem até mim e bate na porta.
-Charli, não vai me contar?
-Não.
-Por que não?
-Porque se você não se importou antes, também não vai se importar agora. E, por favor, já estou atrasada, se quiser me deixar em paz para eu me arrumar, seria ótimo.
A ouço suspirando do outro lado da porta e se afastando um pouco, mas então diz:
-Só se lembre que eu te amo.
Me olho no espelho e sinto meu coração despedaçar novamente. Meu rosto está completamente inchado de tanto chorar e me sinto tão fraca que estou com medo de ficar em pé por muito tempo, porque sinto que a qualquer momento vou cair.
Eu quero tanto falar com ela, sinto tanta falta de conversar com ela como fazíamos antigamente, antes de tudo isso. Até mesmo antes de eu comecei a namorar com o Mark. Sinto falta de abraçar meu pai e ouvir seus conselhos sábios, ou de encontrar conforto nos braços da minha mãe. Sinto falta de absolutamente tudo.
E sei que eu me afastar deles não foi culpa do Chase, até porque ele nem havia retornado na casa da sua mãe ainda. Isso aconteceu quando eu comecei a ficar mais próxima das pessoas que apenas algumas semanas atrás se mostraram ser as amizades erradas. Pelo menos pra mim.
Mas não os culpo por eu me distanciar dos meus pais, porque fui eu que permiti isso, eu que me deixei ser levada para longe deles, por absolutamente motivo nenhum.
Olho para o espelho na minha frente, para mim. Será que as coisas ficaram mais claras agora? Será que meus olhos foram abertas depois de tanto tempo? Será que a queda fez tudo fazer abeiro novamente?
Olho para baixo e vejo meu colar que ficou enterrado no alto do morro por tanto tempo. Ele, principalmente agora, significava muita coisa para mim, mas não são coisas que podem ser explicadas, são apenas sentimentos. Sentimentos únicos.
O deixo de lado e me apresso para me arrumar.
Quando vou para a escola, escondo meu rosto com uma blusa cinza duas vezes o meu tamanho e um boné preto. Algo completamente diferente do que eu normalmente visto, mas quem se importa com moda nestas condições.
Hoje eu tinha apenas uma prova, mas mal consegui respondê-la porque meus pais, a Jasmim e Chase não saiam da minha cabeça.
Fiquei o tempo todo pensando se Chase estava certo sobre o que fez, ou o motivo dele ter feito isso. Ele falou que nosso relacionamento estava nos machucando denovo , mas eu não acho que seja que nosso relacionamento estava nos machucando.Acho que eram as mudanças que estavam nos machucando, não nosso relacionamento.Mudanças podem ser dolorosas demais as vezes, principalmente para pessoas como eu, que não sou acostumada à elas. Talvez ele estivesse certo sobre ser errado eu achar felicidade apenas nele, mas onde mais poderia encontrar felicidade se eu estava afastada de todo mundo a não ser dele?
Aquilo não devia ter terminado. Não devia.
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bjs e até o próximo.
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𝗗𝗶𝗴𝗮 𝗠𝗲𝘂 𝗡𝗼𝗺𝗲 ᴄʜᴀᴄʜᴀ
Fanfiction➪Ao sentir uma atração imensa por Chase , Charli tenta se convencer que aquilo é coisa de sua cabeça, mas quando está perto dele , seu corpo molhado não consegue esc𝘰nder. 𝐂𝐡𝐚𝐬𝐞 :"-𝙀𝙪 𝙦𝙪𝙚𝙧𝙤 𝙩𝙚 𝙛𝙤𝙙𝙚𝙧 𝘾𝙝𝙖𝗿𝗹𝗶 , 𝙦𝙪𝙚𝙧𝙤...