Expresso Hogwarts

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Meus olhos correram por toda aquela estação, intrigado. Afinal sabia que ali era uma estação de trem não maj mas não sabia como atravessar aquela parede sólida de tijolos na minha frente, parecia coisa de louco!

Procurei por Daisy, mas não consegui dizer mais nada, pois, seu vulto passou por mim, equilibrando o carrinho com seu morcego preso na gaiola indo contra a pilastra. Fiquei assustado quando ela desapareceu e entendi o que era para fazer. Merlim, em Ivermony tínhamos que atravessar o céu com um testrálio, tudo por aqui parecia mais antiquado.

- Caramba, e se fosse uma brincadeira? - Sirius riu olhando para os tijolos - essa garota é realmente filha do James! - sorri para ele enquanto ajeitava Edwiges na gaiola, ela também não parecia confortável com a ideia de atravessar uma parede de tijolos - preocupado, Harry? - Sirius sorriu para mim, apoiando uma mão em meu ombro

- Não, só achei… hã… esquisito. Vocês fazem isso na frente de não majs - franzi o cenho para Sirius que pareceu não entender.

- Não o que, menino? - Sirius parecia confuso e ri ao me lembrar que aqui os bruxos usavam outro nome

- Trouxas! - indiquei com a cabeça as pessoas na estação fazendo Sirius rir - Na América não atravessamos paredes na frente de trouxas - o lembrei fazendo sua expressão mudar como alguém que tivesse recordado uma lembrança antiga - Usamos os tretalios para chegar em Ilvermorny - o lembrei.

- Ivermony é tediosa - ele sorriu me fazendo revirar os olhos.

Como meus pais ainda precisavam resolver alguns assuntos no ministério da magia, Sirius ficou encarregado de nos trazer, o que eu gostava bastante para dizer a verdade, ao menos quando ele estava com seu noivo, aí sim a situação era chata.

Aquele homem não gostava de mim assim como não gostava do meu pai. Olhei para os lados uma última vez e atravessei a parede logo em seguida, dando de cara com o trem de Hogwarts parado na plataforma bruxa. Sirius apoiou as mãos no meu ombro enquanto se despedia, Daisy nem ao menos esperou e já procurou uma turma do primeiro ano para se encaixar.

- Espero que tenha um ano muito bom, Harry - seus braços me apertaram para um abraço - sua mãe disse que você está preocupado com as cores... - assenti envergonhado - não fique, na hora certa irá enxergar.

Dei um último abraço em Sirius e entrei sem olhar para trás, já estava tão difícil, não queria chorar no meio de toda aquela gente. Alguns alunos esbarraram em mim enquanto tentava passar. Senti os olhares de algumas garotas, mas preferi não encarar, nunca conseguia agir bem com garotas.

Depois de alguns minutos procurando um vagão vazio ou que não batessem à porta na minha cara me impedindo de entrar, encontrei um semi aberto onde uma garota com cabelos enrolados, com um jornal do profeta diário nas mãos estava deitada sobre as pernas de um rapaz alto que parecia bastante interessado no lanche que comia. Como era o último vagão vazio resolvi arriscar, era isso ou ir sentado no chão a metade do caminho.

- Posso me sentar? O restante do vagão está cheio - perguntei com as mãos apoiadas na porta, a garota se levantou depressa derrubando alguns doces - eu te ajudo… - me apressei em buscar alguns sapos de chocolate do chão, pois eram muitos.

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