//28// . Sirus Black

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Entrei na sala com tons de vermelho e dourado e olhei para os lados, sentindo o olhar de vários sobre mim. As vezes ser uma Potter não era muito favorável.

Caminhei até as escadas em espiral iguais as da minha comunal e subo pra o dormitório feminino onde encontrei Hermione.
- Olá! - eu disse entrando e fechando a porta atrás de mim.
- É hoje! - ela disse e deu um suspiro pesado, na qual eu a segui.

Fomos para os dormitórios masculinos, o fato de meninos não poderem ir até o dormitório feminino e hilária. Encontramos Harry e Rony sentados sob suas camas.
Caminhamos até elas e nos sentamos também, agora faltava muito pouco para a hora de colocar o plano em prática.

Todos vestíamos roupas escuras e confortáveis e aparentávamos calma, bom menos Rony, que suava frio enquanto fitava o teto.
Repassamos o plano mais uma vez, aproveitando o fato de não ter ninguém presente no dormitório e olhamos as horas mais uma vez. Faltavam vinte minutos para nós sairmos.

Alguns meninos começaram a chegar e ir para suas camas, alguns olhavam para mim e Hermione, mais para mim. Não os julgo, também ficaria assim se chegasse ao meu quanto é estivesse cheio de garotos.

[...]

Olhamos para o relógio de pulso e vimos que era hora. Nos levantamos e saímos pela porta a fechando e nos dando com um corredor vazio.
Olhei para Harry e pude ver ele tirando um pano de debaixo da camisa.
A capa. Já tinha ouvido falar mais nunca a tinha visto pessoalmente. Olhando parecia uma capa comum, vermelha. Mais eu sabia que não se tratava bem disso.

Harry estendeu a capa sob os ombros logo chegando perto de Rony que se encaixou embaixo do tecido também, logo estávamos todos embaixo da capa apertada.
Por conta da quantidade de pessoas tínhamos que andar, além de colados uns nos outros, abaixados pá era que nossos pés não fiquem a mostra. Uma situação um tanto quanto constrangedora!

Ficamos esperando até que alguém entrasse na sala para que possamos sair sem que a porta de abra sozinha, o que, sinceramente, demorou muito.
Saímos da sala e descemos as escadas com todo o cuidado para que não paremos em algum outro lugar, que não seja o desejado.

[...]

Chegamos aos portões sem que ninguém desconfiasse de nós e saímos.
Os jardins estavam frios e úmidos, sem contar no arrepio na nuca que estou sentindo, por estar de frente a floresta proibida, que estava escura e silenciosa.
Ainda com a capa cobrindo nossas cabeças, seguimos em direção ao grande salgueiro que continha a passagem para o local que queríamos, só não sabia onde ficava.

Chegamos e ficamos em uma distância considerável apenas observando e tentando encontrar formas de entrar, quando uma brisa leve passou levando a capa e nos deixando expostos.
Após isso as coisas começaram a acontecer tão rápido que eu quando não consegui acompanhar.

Um rosnado alto cortou o silencio é um enorme cão preto saiu de um buraco na árvore, me fazendo ficar sem ar.
Olhei para o trio que estava ao meu lado com os olhos arregalados e com a respiração cortada.
O lobo  seguia lentamente em nossa direção com os dentes a mostra. E nós? Nós continuamos parados. 

Um outro ruído foi feito, esse bem mais baixo do que o do lobo. Olhei  para onde vinha o ruído, vinha de Rony. Vi um ratinho marrom pular do bolso da blusa que Rony usava.
O rato tentou escapar, provavelmente com medo do cão gigante mas Rony foi mais rápido, antes que o rato pudesse escapar agarrou o bichinho, chamando a atenção do cão preto que agora olhava para Rony.

Então, antes que pudéssemos fazer alguma coisa o cachorro avançou sobre Rony, agarrando o pé da calça que o garoto usava.
Ele caiu sob a grama com o má expressão horrorizada.   Vemos Rony ser puxado até o buraco de onde o cão surgiu, estamos chocados então quando acordamos para os acontecimentos a cabeça ruiva entrava totalmente no buraco escuro.

Um amor diferente  (Draco Malfoy)Onde histórias criam vida. Descubra agora