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   Ela ainda não havia despertado completamente, seu corpo estava encharcado de suor e sua boca ressecada

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   Ela ainda não havia despertado completamente, seu corpo estava encharcado de suor e sua boca ressecada. Mas agora estava melhor para se erguer da cama e colocar os pés no chão gelado, enquanto um suspiro sofrido escapava de seus lábios. Galáteia tentou se manter de pé, contudo era como de tivesse adquirido pernas agora e acabou caindo sentada de volta para a cama.

— Não seja apressada, ainda vai demorar para que consiga andar novamente — o homem estava perto da cama, sentado e a observando, cauteloso.

Ela se vira, dolorosamente.
— Estou me sentindo um lixo — geme, massageando a garganta com a mão.

— O remédio não faz efeito imediato, mas daqui uns instantes você vai se sentir melhor — informa, se levantando.

Antes que ele saísse, ela indaga:
— Qual é o seu nome?

Ele pensa por uns instantes antes de responder:
— Aslas.

— Obrigada, Aslas — agradece, apressada. — Você poderia ter ignorado meu chamado, porém escolheu me ajudar e estou feliz por isso.

Ele engole em seco.
— Você é a rainha — diz o óbvio, indo até a porta e a abrindo. — Sinceramente, mesmo se eu quisesse ignorar, não poderia. A sua maldita voz iria insistir na minha mente por anos — sua voz sai raivosa, indo para fora antes que Galáteia pudesse retrucar.

  Mesmo sabendo que ele dizia a verdade, ainda estava satisfeita por ele não ter decidido ignorar. Antes ela teria gostado da ideia de ser ver morta, agora não poderia se da ao luxo quando se tinha crianças que precisaria dela viva no futuro e ela queria estar presente para os ver crescer. O cansaço tomou de conta do seu corpo novamente, fazendo com que deitasse e caísse no sono.

(...)

   Apesar de saber que seu corpo precisava de descanso, estava começando a se estressar por não conseguir manter os olhos abertos por tanto tempo. Desta vez ela levantou e se esforçou ao máximo para andar até à porta e abrir, deparando-se com Aslas na sua frente que a encarou feio.

— Volte para a cama — manda. — Agora.

Ela faz biquinho, querendo chorar.
— Eu preciso de sol, Aslas.

— Não tem sol, está nublado — argumenta, fazendo-a caminhar de volta para a cama. — Eu não cuidei de você em vão, se não repousar suas condições irão piorar e você não quer ir para a água, então se comporte.

— É fácil dizer isso quando não é você — retruca, deitando-se de novo.

— Eu nunca seria pego por lobos — a convicção em sua voz a faz estremecer. — E já que consegue falar agora, adoraria ouvir a sua explicação.

Galáteia suspira.
— Não é uma historia agradável.

— Tenho certeza que não, mas continue, por favor — ele coloca a bandeja de chá na mesinha que fica ao lado da cama.

— Ora, você sabe; rei, torneio, esposa e todas essas baboseiras — ela passa as mãos nos cabelos, tentando fazer pouco caso sobre o assunto.

— Uau — ele tenta não parecer surpreso de verdade, mas falha. — Então foi você que fez aquela merda toda? Pensei que houvessem me falado que a pessoa que fez aquilo havia morrido — comenta, dando uma xícara de chá para ela e pegando outra para si.

— Então... — ela da um pequeno gole na bebida. — Este era o motivo por eu estar na floresta coberta de neve e exausta.

Galáteia, O FimOnde histórias criam vida. Descubra agora