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    Dias depois, Aslas estava retornando para sua casa depois de passar a manhã colhendo frutas

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    Dias depois, Aslas estava retornando para sua casa depois de passar a manhã colhendo frutas. Estava com uma cesta cheia enquanto divagava sobre os que Galáteia não conseguisse comer iria fazer suco. Contudo, quando entrou dentro do quarto e visualizou a cama vazia, correu às pressas para fora, deixando a cesta no chão.

O que é tolo, sabendo que ela é uma mulher adulta e poderia muito bem se cuidar sozinha, porém mesmo assim ele foi em busca da rainha. Quando a achou, ficou confuso sobre a imagem que estava vendo, não tendo certeza se aquilo o agrava ou o deixava constrangido.

Ao longe estava Galáteia, animada ao redor de crianças no campo. Os pequeninos pareciam extremamente interessados em seus cabelos brancos, mas não era isso que deixava o rosto de Aslas pegando fogo. Era as roupas que ela estava vestindo, roupas não, pedaço de pano.

    O mesmo caminhou até ela, certificando-se que estava olhando devidamente para baixo.
— O que diabos você está vestindo, Galáteia? — indaga, agora próximo o suficiente para que o ouvisse, porém ainda constrangido com seus olhos encarando os próprios pés.

— Aslas! Olha, eles me deram essas florzinhas — tenta fazer ele olhar para seus cabelos onde as flores estão.

— Você não respondeu minha pergunta — insiste.

Ela olha para si mesmo.
— Gostou? Demorou um tempo para eu conseguir afirmar no meu corpo, mas estou satisfeita com o resultado — ela gira, fazendo seu vestido levantar levemente.

  Bem na hora que Aslas levanta o olhar, ele nota que ela está sem roupas de baixo. Seus olhos se arregala, obrigando-se a olhar para o outro lado.
— Pelo amor dos deuses, Galáteia! — cerra os dentes. — Por que diabos você não está usando roupas íntimas?

— Você não trouxe — responde, calma.

   As crianças apareceram com mais flores nas mãos.
— Olha, tia. Pra você — Gall se agacha e pega na mão as plantinhas.

— Obrigada — ela beija o topo da cabeça do minininho e ele sai correndo com os seus amigos para longe, provavelmente buscando mais flores para ela.

   Aslas a puxa pela mão que ela não está segurando as flores, arrastando-a direto para casa.
— Vista algo mais adqueado ao menos na frente das crianças — resmunga. — Isso porque você tem filhos, parece que não sabe...

Antes de terminar a frase, Galáteia se solta dele abruptamente, Aslas a encara confuso e com a paciência esgotada, mas mesmo que quisesse dizer algo, parece que de todas as coisas que ele já tenha dito pra ela, incluindo a ameaça, essa foi a pior.

— Parece que não sabe o quê, Aslas? Ser mãe? — pergunta, deixando suas emoções muito exposta, seu rosto contorcido em dor. — Realmente não sei ser mãe porque fui tirada dos meus filhos antes mesmo de os ter em meus braços!

— Não foi isso que eu quis dizer... — tenta acalmar ela.

— Foi isso que quis dizer, sim! — sua garganta fecha, Aslas tenta se aproximar mas ela da um passo para trás. — Não toca em mim!

E, sem da chances para explicações, vai em direção à floresta. Embora ela estivesse longe para que ele tivesse certeza, Aslas sabia que a tinha feito chorar.

Ser rude com ela poderia fazer ela ir embora, e isso não o acalmou muito menos o fez se sentir bem. Porém não foi atrás da rainha, ignorou seu desejo de ir correndo até ela e decidiu por fim que só faria suco.

   Quando ela decidir voltar, eles conversariam.

Galáteia, O FimOnde histórias criam vida. Descubra agora