I: New York e boas novas

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Hoje foi meu último dia de terapia com a Dra.Raven, talvez eu sinta falta dela, era de fato uma ótima ouvinte e também me ajudou muito nesses dois anos da minha vida depois que... você sabe, depois que tudo aquilo aconteceu.

Por outro lado, é bom finalmente saber que estou melhor, me sentir melhor, é mais um capítulo virado na minha vida. Acho que fora minha última sessão mais nada tão emocionante ou importante o suficiente a ser mencionado aqui aconteceu no dia de hoje.

Escrever aqui tem sido bom, a Raven recomenda que eu continue, então ok. Amanhã é mais um dia como todos os outros, então até a próxima "conversa"

D.k

•••

Acordei alguns minutos mais cedo doque o despertador com o sol da manhã queimando meus pés, levantei e fiz minha higiene matinal, hoje seria um dia daqueles, correr, ir para o trabalho, faculdade e mais estudo.

Nunca fui de me exercitar, porém me forcei a fazer isso nos últimos anos para aliviar a mente, mas não importa o que eu faça, tem coisas que eu nunca esqueço ou simplesmente paro de pensar, mas pelo menos ajuda a não doer tanto como doia.

- Bom dia, querida! - Disse meu pai quando entrei pela cozinha.

- Bom dia, pai. Já vai para o trabalho?

- Vou sim, imprevistos. Não saia sem tomar café e vamos almoçar hoje ao meio dia no Carmine's.

Quase todos os dias nós almoçavamos juntos após meu trabalho de meio período, ele adorava esse restaurante. Acenei em confirmação com a cabeça e antes que ele pudesse sair pela porta ele deixa um último recado.

- Não esqueça de mandar o e-mail mensal para Lucy, sabe como ela fica brava.

Apenas fiz um sinal de jóia e logo ele saiu pela porta do apartamento, aproveitei os minutos que tinha livre e escrevi uma breve mensagem para minha "querida" mãe, não que ela merecesse, mas Daniel (meu pai) não queria que eu a ignorasse para sempre, como ela havia feito no passado com ele.

Apenas escrevia o básico, nossa relaçao nao tinha melhorado nada depois de dois anos, mesmo a distância ela ainda pensava que me controlava de alguma forma. Tudo que eu sei dela atualmente é que ela ainda está em Langdon, até arrumou um namorado, ele que lute para aguentar aquela mulher.

Finalizei aquilo e fui fazer minha corrida, hoje Downtown estava tranquilo, menos barulhento doque de costume. Voltei para casa e me aprontei para o serviço.

Peguei o metrô e fui até o próximo bairro, a livraria Estrela do Norte onde eu estagiava durante meio período era uma das maiores que eu tinha visto até hoje. Quem pensa que trabalhar em um lugar assim era fácil estava completamente enganado.

Todos os dias pilhas e pilhas de livros chegam, arrumar prateleiras, conservar livros antigos, atender... enfim. Consegui arrumar a vaga assim que completei três meses morando em Nova York, a essa altura já fiz até colegas de trabalho e é divertido.

Após encerrar meu turno fui encontrar meu pai para nosso almoço. Quando entrei ele estava me esperando na mesma mesa de sempre, com vista para o parque.

- Demorou em!

- Fala sério, eu vim de metrô. - Falei fino e ele riu de mim. - Já pediu?

- Claro, o seu favorito. - Disse sorrindo.

- Vamos ver se é mesmo.

A verdade é que ele pediu aleatoriamente para saber se eu gostava, como eu comia de tudo não me importava.

• Meu professor, minha obsessão: Nunca é um adeus • {Chris Evans}Onde histórias criam vida. Descubra agora