• Meu professor, minha obsessão: Nunca é um adeus • {Chris Evans}

IV: Cafeteria

Ao chegar em casa já vejo que meu pai estava preparando o jantar.

– Querida, chegou na hora certa, estou fazendo frango frito...

Ele antes de terminar a frase parou para analisar meu rosto.

– Que cara é essa? Viu um fantasma?

– Ô se vi!

– Que?

– Aí, nada papai, esquece isso. É só um novo jeito dos jovens falaram que o dia foi difícil. – Menti.

– Sério? É por isso que não consigo acompanhar essas coisas de hoje em dia, são estranhas demais. Então, tá com tempo pra gente ver um filme?

Pensei em recusar o convite mas seria desfeita do trabalho que meu pai teve e não adiantaria nada eu deitar na minha cama e ficar distraída pensando no Chris.

– É, tenho tempo de sobra hoje.

•••

Quando acordei vi que haviam mensagens do Iam.

*Mensagem on*

Iam: Bom dia, gostou da surpresa?

Dakota: Você ajudou ele?

Iam: Não, mas basicamente, não tive escolha. Desculpe.

Dakota: Eu queria te odiar, mas não consigo, também sei que não podia fazer nada, ele é muito mais forte que você ><

Iam: Já está me ofendendo! Mas me diga, como vai ser agora? Vão voltar?

Dakota: Não faço ideia... Ontem foi a primeira vez que vi ele em dois anos, não sei o que vai ser agora.

*Mensagem off*

Desliguei a tela do celular sem esperar uma resposta, já era hora de dar início a minha rotina, mas sinceramente, não queria fazer nada doque estava planejado. Resolvi fugir das minhas obrigações (ou pelo menos parte delas) e faltar a aula.

Me arrumei como normalmente e fui para o serviço, meus colegas me distraiam dos pensamentos perturbantes. Após meu meio expediente resolvi ir passear pelo parque e atravessar a ponte para esperar o tempo de aula passar, não queria ficar em casa nem ir a faculdade.

Quando olho no meu relógio já havia se passado bem mais doque as horas que eu ficava na faculdade, o céu escureceu e o vento da ponte deixava meu rosto cada vez mais gélido. Graças ao frio que começara a fazer resolvi passar na cafeteria que ficava próxima da faculdade e no mesmo sentido que minha casa, após isso era só pegar um ônibus ou caminhar por alguns bons minutos até lá.

Entro no ambiente quente e sinto o cheiro de café, me aproximo do balcão para realizar meu pedido e quando ia pagar o mesmo, uma mão entra na minha frente já com o dinheiro em mãos. Olho para trás e meu coração da um salto.

– Vou pagar o da moça. – Falou com a garçonete.

Como ele tinha coragem???

– N-não!

Tentei me opor mas ele fingiu tossir para encobrir minha negação. Enquanto a garçonete ia preparar os pedidos ele ficou ali a poucos centímetros de mim.

– Por que não foi a aula hoje? – Perguntou ele me encarando intensamente.

Seu olhar sempre me arrepiava, quase sempre ele estava com as sobrancelhas franzidas, como se estivesse atento a tudo que eu dizia.

– Obviamente para não...

Não consegui terminar minha frase porque se eu disse que não queria vê-lo seria mentira e dizer isso frente a ele me doía mais ainda.

– Para não me ver? É isso?

– Sim e não.

– Tá tudo bem você dizer que não quer, mesmo querendo, eu sei que não estava preparada para isso.

– Óbvio que não estava! Eu estava era preparada para te esquecer.

Vejo que minhas palavras provocam uma reação de tristeza em seu olhar, mas ante que ele pudesse falar algo ou eu me arrepender doque disse a garçonete que tinha um grande sorriso aparente entrega os pedidos mas só olhava para o homem ao meu lado.

– Aqui está!

– Obrigado. – Ele agradeceu e me empurrou o copo que era meu. – Vou indo, não posso dizer que foi um prazer ter essa conversa, mas sempre amo ver você.

Vi ele dando as costas. – Chris. – Chamei por impulso, eu nem sabia o que ia dizer, minha boca abriu e fechou-se algumas vezes e não saiu nenhum som.

Então vi que a garçote correu até ele e lhe entregou um papel, logo após saiu novamente para o balcão com um risinho. Ele ignorou o que havia acontecido.

– O que foi? – Questionou.

– Ah, nada.

Peguei minhas coisas e sai de lá, paro por um momento para olhar para trás e vejo que ele saiu também, indo na direção oposta. Ele passa por uma lata de lixo e joga o papel que a moça a momentos atrás havia lhe entregado.

Solto uma respiração quase que de alívio, que nem eu mesma sabia que estava guardando. Volto para casa mentalmente fraca, vou para o banheiro tomar um banho e enquanto estou na banheira pego meu celular para olhar as mensagens de Iam de hoje cedo.

*Mensagem on*

Iam: Caso queira espairecer e fugir novamente dele venha para cá me visitar, estou de portas abertas...

Iam: Acho que seu silencio foi um "não"?

Iam: Beleza, pode me ignorar mesmo.

...

Dakota: Não ignorei, besta. Tirei o dia para dar uma voltar por ai.

Iam: Apareceu a margarida. Estão nao foi a faculdade hoje?

Dakota: Não, e você sabe o porquê. Mas no fim das contas eu acabei encontrando de cara com ele.

Iam: Ouça o destino!

*Mensagem off*

Que mané destino o que Iam!!

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Recentemente estou preferindo fazer capítulos mais curtos porque não quero demorar a atualizar. As coisas estão indo devagar mas prefiro assim.

No começo da história eu planejava que a essa altura do campeonato Dakota estivesse casada ou namorando com Iam depois de se mudar para NewYork, mas acabou que no enredo do primeiro livro Iam e Chris meio que se "acertaram" por um bem maior, Dakota, então para mim não fazia sentido seguir com a premissa de que Iam continua sendo um rival.