Baekhyun

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[Dezembro, 2010]

O Natal, a data mais admirável do ano, estava se aproximando. A época natalina é o momento que a maioria das famílias se unem em um jantar harmonioso e trocam presentes no final do dia. Digo a maioria, pois sei bem o que passei com meus pais. Nunca houve uma data da qual eles comemorassem por achar simples estupidez.

Tio Suho sempre foi meu refúgio, me visitava com frequência na minha antiga residência, ele fazia o que eu precisava, sentava e me escutava, como um verdadeiro pai. Eu não gostava que ele fizesse esse papel de pai pois não era dever dele, entretanto confesso que, sem seu apoio, minha infância teria ficado ainda pior, se é que isso é possível.

Atualmente, posso afirmar com precisão que meu único pai é ele. O significado da palavra "pai" vai muito além dos laços sanguíneos. Não adianta você ter o sangue de um homem cujo você despreza, ele apenas compartilhou alguns de seus genes para que você nascesse. Pai é aquele que cuida, que se importa e que, acima de tudo, te ama.

Todos os acontecimentos passados fez com que eu me fechasse para o mundo, até ela chegar: Kim Taeyeon, a mais formosa estrela presente na Terra. Ela entrou na minha vida de uma maneira tão pura e genuína, não quero que vá embora.

Nesta manhã, creio que toda a população em Bucheon esperava um dia nublado, recheado de nuvens, porém recebi os raios quentes de sol em meu rosto. Instintivamente, tirei minha mão direita que rodeava a cintura da Taeyeon e tapei meus olhos na direção da janela aberta, a qual entrava a luz natural.

Sentei-me em minha cama levemente, a fim de não acordar minha amiga, quero dizer, minha namorada. É difícil raciocinar tantos eventos do dia anterior após acordar de uma boa noite de sono. Ontem demos um passo muito importante, nos tornamos namorados e ela entregou sua pureza para mim. Foi um momento lindo, eu sentia que as nossas almas se entrelaçavam ainda mais, e certamente elas jamais se soltarão.

Enquanto ela se encontrava adormecida em minha cama estreita, pude observar seu rostinho e todos os detalhes nele, e nossa, como ela é bonita. Não resistindo aos seus encantos, levei uma de minhas mãos ao seu cabelo recém-lavado que cobria parte de seu rosto, e arrumei atrás de sua orelha. Toquei, com dois dedos, sua bochecha rosada e macia, com esse singelo gesto notei-a apertando os olhos.

      - Bom dia, princesa! - perguntei enquanto abria os olhos aos poucos.

      - Bom dia, Baek! - respondeu depois de um bocejo preguiçoso.

Sem muito assunto, claramente envergonhados pelo que acontecera, nos higienizamos e descemos as escadas com as mãos unidas. Tive a sensação de alguém presente na sala, como se estivesse espionando, então a pessoa falou algo quebrando o silêncio.

      - Cof! Cof! - a tosse forçada vinha da direção do comprido abajur que situava-se do lado do sofá acolchoado. O mais velho continha um olhar desconfiado e seus braços estavam cruzados.

      - Ah, oi tio! Me assustou... - coloquei a mão em meu peito.

      - Tio! Que lindo dia, não? - Taeyeon dissera com a voz um tanto trêmula, mas se fortaleceu para transparecer espontaneidade.

      - Sim, parece que está lindo até demais para vocês dois... - sorri falso para o comentário de meu tio.

Ao longo do tempo, nos acomodamos nas banquetas para tomar nosso café da manhã. Haviam torradas, geleia e um café forte preparado por meu tio, o qual nos observava como se soubesse de tudo.

      - Argh! O que foi? - perguntei impaciente com seus olhares esquisitos sobre nós.

      - Baekhyun - chegou perto para que apenas eu escutasse o que ele tinha a dizer - não quero que brinque com os sentimentos da Kim, sei que algo rolou ontem, a expressão de vocês entrega tudo, já passei por isso. - advertiu ao passo que se afastou.

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⏰ Última atualização: Mar 19, 2022 ⏰

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