Capítulo 9 - Fuga

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- Ai, onde a gente tá - sussurrou Lucas abrindo os olhos e levando a mão a cabeça. Amélia ainda estava processando tudo. - Estamos em... UM CARRO! Amélia! Aí minha cabeça.

- Calma Lucas, vai ficar tudo bem, só não mexe muito, pode acabar se machucando mais. - Amélia tentou confortá-lo.

- Precisamos despista-lo. - disse Kiara observando a figura sombria pelo retrovisor.

- Então não vamos perder tempo. - respondeu Celine que subitamente virou para uma rua paralela a que estavam. E assim foi, ela ia entrando nos caminhos de uma vez tentando confundir a figura.

Amélia e Lucas se seguravam no carro para não balançarem muito. Mas sempre atrás deles estava aquela moto maldita.

- Não tá dando certo - kiara disse para Celine.

- Calma, eu mal comecei - com uma derrapada súbita eles viraram e foram para uma rua que tinha bastante carro em comparação as que eles estavam antes. Entraram na contra mão e a moto estava logo atrás.

O Sol já começara a se abaixar para anoitecer, as buzinas dos carros era praticamente instantâneas ao passarem perto, eles viraram de um uma vez para não baterem um no outro. O cabo florescente que segurou Lucas agarrou o retrovisor do lado de Kiara

- O que é isso?! - ela se recuperou rápido do espanto, segurou o cabo com as mãos e soltou um tipo de energia roxa que se espalhou no cabo, que fez a pessoa da moto retrai-lo, levando o retrovisor junto - Celine?

- Calma. - com uma expressão firme ela acelerou, chegaram em uma ponte, a luz do sol brilhavam em seus rostos. - se segurem.

- Celine tem certeza?

- Confia em mim. - as duas se encaram por alguns segundos.

- Tá bom.

- Pega o volante. - trocaram de lugar com o carro em movimento, tinha acabado de entrar na ponte, a água lá embaixo corria com força.

Lucas encarava o banco, parecia não acreditar, Amélia olhou para trás e viu a pessoa da moto sacar uma arma, que pareceu ter tirado de um compartimento que ficava em sua coxa, e apontou para o carro.

- Gente, aquilo pegou uma arma. - Amélia tentou avisar, mas logo depois de sair a última palavra de sua boca um tiro pegou na roda traseira. O carro começou a perder a direção, Kiara tentava ao máximo manter o carro firme, a ponte não tinham tanto carro quanto na rua anterior.

- Amélia, preciso de você.

- O que? Eu?

- Preciso que você tire o equilíbrio dele.

Amélia se inclinou pela janela e começou a atirar cargas de magia em direção a moto, como Gabriel a ensinou. A figura sombria se desviava dos tiros com agilidade, mas tomou um pouco mais de distância.

- Agora é minha vez. - Celine subiu em cima do carro. Fez um símbolo mágico com as mãos e saltou na ponte golpeando o chão com força. A magia criou uma fenda que dividia a ponte na metade. Não desabou, provavelmente estava tudo calculado por Celine.

Amélia, Lucas e Kiara desceram do carro, do outro lado, a pessoa encima da moto os encarava, aquela máscara não tinha expressão, passava uma sensação de vulnerabilidade, ele deu meia volta e sumiu de vista.

- O que era aquilo? - perguntou Amélia se aproximando de Celine.

- Provavelmente um caçador de recompensas. - respondeu Celine observando todo estrago que fizeram.

- O caçador de recompensas mais abusado que já vi. - finalizou Kiara.

Pessoas saiam de seus carros, outros punham a mão na cabeça.

- E agora? Precisamos voltar. - disse Amélia, percebendo que a Lith ficou do outro lado da ponte.

- Vamos para casa, está perigoso para vocês dois ainda, precisam esperar a poeira abaixar.

- O que?! Não espera aí, nem sabemos quem vocês são, muito obrigado por nos salvar mas não vamos seguir vocês.

- Precisamos cuidar dos ferimentos dele - Kiara apontou para Lucas. - e outra coisa, nós precisamos falar com vocês.

- Lucas, o que você acha? - ele estava apoiado no carro, viaturas começaram a chegar dos dois lados da ponte.

- Acho que devemos sair daqui.

- Vamos trocar o pneu e sair daqui logo.

Os policiais desceram das viaturas, eles pareciam questionar as pessoas. Celine e os outros trocavam o pneu fingindo que não tinha nada a ver com aquele desastre, mas Amélia percebeu que os policiais e os cidadãos os observavam disfarçadamente.

Terminaram de trocar o pneu entraram no carro e foram. Amélia quis olhar pela última vez aquele buraco que atravessava a ponte, e viu Gabriel, Joe e Layla descendo de um carro do outro lado, não perceberam que Amélia e Lucas estavam dentro de um carro do outro lado da ponte.

- Aonde vamos? Por favor eu quero ficar vivo. - Lucas parecia ter caído na real e percebeu que não foi para o caminho certo como sempre.

- Cara relaxa, salvamos vocês, e Amélia me conhece - Kiara pôs os pés que estavam calçados em belos coturnos encima do porta-luvas.

- Não conheço não, te vi só uma vez, e foi em um sonho, nem conta.

- Vamos levar vocês para a casa de um amigo, e precisamos nos reunir. - Celine tinha um tom de controle. Ela passava confiança para Amélia.

Entraram em uma estrada que se encontrava longe da cidade, a floresta que era sempre vista de longe agora estavam ao seu redor, árvores enormes e com muitas variedades preenchiam a paisagem. Logo chegaram a uma casa grandemente moderna, nas cores branco, preto e madeira.

- É aqui - avisou Celine, desceram do carro, Amélia e Lucas estavam sendo guiados pelas as duas. Ao se aproximarem na porta um homem apareceu. Ele tinha cabelo curto escuro, era alto e definido, seu braço tinha tatuagens, mas o que chamou atenção de Amélia era as cicatrizes em seu rosto.

 Ele tinha cabelo curto escuro, era alto e definido, seu braço tinha tatuagens, mas o que chamou atenção de Amélia era as cicatrizes em seu rosto

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- Finalmente chegaram - o homem cruzou os braços e escorou na porta.

- Deve ser pelo fato de que fomos atacados por um psicopata de moto - rebateu Kiara.

- Então, percebi que conseguiram trazer eles, mas não eram quatro?

- Encontramos eles por acaso, você sabe, na hora da distração. - respondeu Celine.

- E cadê o Don?

- Ainda não chegou?

Uma moto interrompeu a conversa, era um homem, Amélia estava perplexa, ainda não tinha se recuperado da outra moto que os perseguiram. Celine e Kiara e César estavam super calmos, Amélia também deu uma relaxada, diferente de Lucas que ficou mais perto de Amélia, e parecia nervoso.

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