Hora do banho, quack quack!

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Assim que falaram mais sobre o assunto, chegaram a um acordo entre todos,ou melhor, Saori os convenceu a ajudá-la em troca de merecidas férias assim que tudo acabasse.
(isso era só para Hyoga, porque sabemos que se ela pedisse,Seiya iria levá-la para a lua,e Shun ... bem, vocês sabem como é o Shun,embora ainda aceitassem possíveis férias).

Já os dourados, que também tinham que fazer sua parte segundo Zeus, iriam avisá-los quando voltassem para a Grécia, já que partiriam na próxima semana, esperando que a essa altura o bebê não fosse mais tão bebê.

Ao mesmo tempo, eles decidiram se revezar, é claro com a supervisão de Tatsumi e Shun, já que eles eram os únicos totalmente entendidos sobre o assunto, além disso, eles ainda tinham que ver como eles se comunicariam com Shiryu que estava na China e Ikki, quem estava em só ele saberá onde.

Mas agora eles iriam se preocupar com o importante, cuidar do bebê Hades como pudessem, agora era a vez de Hyoga, principalmente porque era hora de tomar banho e bem, Shun preparou a mamadeira, Tatsumi fez o berço e porque ninguém se arriscaria deixando-o nas mãos de Seiya ou de Saori.

Eles não eram ruins, mas duvidavam que se importassem com qualquer ser vivo.
O russo só foi salvo porque algumas lembranças de sua mãe poderiam ajudá-lo a cuidar dele.

Com um sorriso, levo-o ao banheiro, com tudo o que precisa para dar banho em um bebê: toalhinha de patinho (dá para perceber que o Hyoga emprestou pra ele né?), Shampoo de bebê que não arde nos olhos, óleo de bebê, um muda de roupa, já que desde o coitadinho chegou,até agora tinha sido carregado de um lado para o outro coberto por aquela manta, e por último mas não menos importante, um pato de borracha que fazia grasnar.

Ele tinha tudo pronto.

Agora só tinha que colocar em prática, quão difícil pode ser?

Ele olhou para o garotinho que carregava nos braços, que se remexia incomodado, ele não queria que ele o carregasse, queria que Shun o carregasse.

— au! Uhn! Bugh! Baa!

Ele balbuciou, remexendo-se ligeiramente.

O loiro acenou com a cabeça quase como se entendesse.

— Sim eu sei, Shun é mais adequado do que eu, certo? É por causa da cor do cabelo? Ou porque vocês compartilharão o mesmo corpo?

Olhou para ele trazendo-o para perto de seu rosto.
O pequeno apenas bateu suavemente em seu nariz.

— Sim ... eu pensei que sim.

Murmuro desanimado. Até mesmo um deus bebê o rejeitou como uma opção.

Porém, ele saiu desse pensamento e começou a colocar água na banheira, tomando cuidado para não enchê-la quase de todo. Ele era muito grande e então se o menino se afogasse ou pior(o que poderia ser pior?),
Shun ou Atenas seriam capazes de castrá-lo.

Com a mão livre, ele testou a temperatura.

— Perfeito!

Olhou para o pequeno de olhos azuis que inclinou a cabeça.

— ... muito bem! Agora você vai experimentar uma das delícias da vida! Um banho morno!

Anunciou, deixando o patinho na água e também colocando um pouco de xampu para fazer borbulhas.

Feito isso, ele descobriu a criança e com as mãos apoiadas nas costas e na cabeça, ele o sentou na banheira.

A princípio ele se mexeu um pouco com aquela sensação estranha, mas depois pareceu gostar, quando começou a espirrar um pouco. o loiro sorriu.

Com uma das mãos segurou para que não escorregasse e com a outra começou a molhar os cabelos, adicionando também um pouco de xampu aos poucos. Cheirava a baunilha e era facilmente diluído. Não espumava excessivamente nessa quantidade, mas era suficiente para uma criança de alguns meses.

Quando terminou de limpar, entregou a ele o pato de borracha para brincar.
Assim que o agarrou, começou a apertar várias vezes, aparentemente gostando do som que fazia.

— hahaha,vejo que gostou.

Um quack foi a única resposta que recebeu.

Estava tão entretido com a criança, que não percebeu que o frasco de xampu estava derramando cada vez mais na banheira, começando a fazer espuma.

— Muito bem ...

E levantando-o com a toalha e secando-o,colocou-o na pia.

— Espere aqui, já volto.

Lembrou-se de ter deixado as fraldas entre as outras coisas e deixou-o por um tempo.
O que poderia acontecer?

Enquanto o menor se agitava incômodo com a sensação de frio que a pia deixou as suas costas, com o pé, ele acaba enganchando parte da toalha na torneira do chuveiro e a abre, fazendo com que todas as bolhas se iniciem para encher o banheiro muito rápido.

O garotinho, sem saber daquele desastre, apenas chupou o dedo, rindo.

Pouco depois, quando o cavaleiro cisne voltou, ele quase teve um treco, quando viu todo o lugar cheio de espuma, e pior! Nenhum sinal de Hades!

— Não! Espere! Onde você está?! Me dê um sinal! Gritos! Choro! O que seja! ao menos me dê um sinal do quack, se quiser!

Entrou procurando através da espuma,e ao fazê-lo ouviu o som do brinquedo, e procurou, e procurou, sem encontrá-lo.

Ele estava começando a se desesperar.

— Oh deuses! Não me diga que ele foi pelo ralo!

Pensou em pânico.

— ahhhh!

Ele apareceu mais desesperado entre as bolhas.

E com todo o escândalo que ele estava fazendo, o pobre Andrômeda não teve escolha a não ser subir para vê-lo, caso água tivesse entrado no cérebro do pato, de acordo com Seiya.

Vendo seu amigo loiro parecer desesperadamente com a metade do corpo na banheira, ele arqueou uma sobrancelha.

— Hyoga o que…. você está fazendo?

— Agora não Shun! Estou procurando Hades! Será que as bolhas o comeram?

Ele soluçou já dizendo incoerências do susto.

— Hades?

olhou para ele sem entender.

— O que você é? surdo ?! Claro que é ele! Quem mais você acha que eu estaria dando banho, enquanto ele é um bebê, hein?!

Ele reclamou.

— Ehr...Hyoga ...

— Agora não!

—  Mas é que…

— Tudo bem!o que diabos você quer ?!

O rapaz simplesmente apontou para a pia, fazendo o queixo do pobre pato cair de espanto.

Não tinha que se preocupar.
O garotinho só estava escondido atrás de sua toalha, salvando-se de ser coberto pela espuma.

É quase como se sua vida dependesse disso, a loira pulou da banheira, toda molhada, e pegou a pequena no braço, quase chorando de emoção.

— Está vivo! Graças a Athena! E eu já estava conformado com a ideia de ser pato moído,e você estar a caminho do mar!

Disse quase chorando, enquanto o abraçava mais do que feliz

—... eu estava preocupado!

Censurou olhando para a criança.

— nunca mais faça isso! entendeu?

Em resposta, ele apertou o pato de borracha, que grasnou novamente.

— Ahhh! Assim que eu gosto! Vamos nos entender!

Ele sorriu enquanto o tirava de lá. Teve de encontrar roupas mais secas para ele

— Agora eu entendo o que minha mãe sentia quando se preocupava comigo!

O homem de cabelo verde apenas sorriu balançando a cabeça.
E também foi cuidar de seus negócios. Ele não queria estar por perto quando Tatsumi visse a bagunça que eles fizeram.

olhinhos fofosOnde histórias criam vida. Descubra agora