Prólogo.

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A vida de Dazai nunca foi muito aventureira, ele não era fã de muitas coisas radicais, apenas uma boa música e uma chuva fina pra ficar em casa estava de bom tamanho. Apesar de ser um pouco rebelde, ele não se importa em receber um "não", o modo foda- se, era seu melhor amigo. Deu tudo errado? Foda- se. 

Ele gosta de agir de tal forma, embora seu irmão mais velho, Kunikida, não seja fã desse jeito "simples" de levar a vida, devido a sua falta de equilíbrio emocional. Mas ele gosta do irmão mesmo assim, apesar de Dazai ser folgado as vezes, eles são irmãos afinal de contas. Irmãos são irmãos e não tem quem mude esse pensamento do loiro.

Embora Dazai seja assim, ele não gosta muito de pensar no caso de dar tudo errado, não que seja otimista e pense positivo, mas o mesmo odeia se encher de paranóias e pensar no que ele faria se tudo desse errado na sua vida.

"E se tudo se quebrasse do dia pra noite? Isso logicamente impossível de acontecer, certo?"

No meio das suas paranóias malucas, esse era o principal pensamento. Foda- se, ele não liga em ser um lixo de pessoa como sua mãe costumava dizer... O único problema era... E se tudo der errado? Então ela estaria certa?

Por mais que seus pais o tratassem feito um resto de aborto e ele levasse isso como brincadeira, Dazai se sentia esgotado. A única coisa que fazia era apenas rir da situação e fazer piada com seus pensamentos idiotas, era uma rotina e acabou se tornando um hábito. Era um alívio. Pensar assim e encarar os problemas como uma espécie de "jogo", deixava o clima mais leve.

Ultimamente Osamu andava estranho. Andava tendo tonturas e quedas de pressão; ele sempre teve uma hipotensão, mas era controlada, Kunikida cuidava dele e sabia que as quedas de pressão eram raras, mas dessa vez é mais frequente. Já era o terceiro dia consecutivo que isso acontecia e a gravidade era maior, a sua vista não apenas escurecia, mas também suas pernas bambeavam, suas mãos gelavam e ele chegava a ter pequenos delírios as vezes.

Kunikida o obrigou a ir a uma consulta verificar o que era, apenas para tirar sua dúvida e aliviar sua preocupação. E se fosse algo de grave? O que ele faria sem o irmão?

Ambos estavam em frente ao hospital municipal de Saitama, esperando por um atendimento, no qual demorou quase meia hora. Dazai teve que fazer um eletrocardiograma e ficar 24 horas com um holter( aparelho que mede seus batimentos por um período de tempo, determinado pelo médico), passaram praticamente a noite no hospital.

No dia seguinte, Osamu e Kunikida estavam sob pressão. Esperavam ansiosamente o resultado de ambos os exames, mais o eletroencefalograma que havia feito por volta das 8 da manhã. Mas que droga, se era só uma "prevenção" como o médico disse, por que essa demora só pra um resultado? Dazai já estava pra perder a paciência.

Quando o médico finalmente estava analisando os resultados, Dazai respirou fundo e bagunçou seus fios ondulados pela raiva de estar alí, era só uma queda de pressão, ele só queria sua casa, sua cama e seu café.

— Sr. Kunikida, me acompanhe, por favor.- O profissional disse em tom trêmulo e Dazai temeu o que poderia ter acontecido.

Foi para a porta do consultório e fez questão de ouvir a conversa, se estritecendo com o que ouviu. Ele estava paliativamente doente?

Dazai sentiu seu mundo desabar e gemeu em negação, foi uma uma informação muito forte. Então ele sem reação, decidiu sair do local segurando suas lágrimas. Como assim? Tudo estava ótimo e como assim paliativamente doente? Então agora ela estava certa...

Tudo deu errado.

𝐑𝐄𝐋𝐈𝐄𝐅 𝐅𝐎𝐑 𝐘𝐎𝐔- soukoku. Onde histórias criam vida. Descubra agora