Prólogo

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Louise acabara de dar a luz a seu primeiro filho. Com dezesseis anos, já sabia que receberia olhares de pena e comentários maldosos, mas, não se importava. Fugiu de seu antigo lar assim que deu a luz a criança, um lindo e robusto garotinho. Possuía bochechas salientes e o cabelo era escuro como o da mãe. Do pai tinha os olhos, mas, Louise ainda não tinha certeza se um dia os dois se conheceriam. Não nasceu de forma convencional, em um hospital, como Louise gostaria, afinal, a situação necessitava de medidas extremas e por isso, Louise dera a luz à céu aberto, com a ajuda de algumas amigas. No fim deu tudo certo e antes que o pai da criança pudesse perceber, Louise já não estava mais lá. Sabia que o pai ficaria furioso, mas, sabia que sua cria merecia um lugar melhor para que pudesse crescer e ser feliz. 

—E então, já escolheu o nome?

—Pedro. —Louise respondeu, lembrando-se do progenitor do bebê. —Pedro Aurélio. 

—Escolha intrigante, eu diria.

—É, pode-se assim dizer. —Louise sorriu, admirando seu bebê dormir. Apesar de cortar laços com o pai de seu filho, Aurélio era um nome do qual ele chegou a mencionar uma ou duas vezes. Louise não estava contente em ter que separar os dois. Órfã, sempre sonhou em conhecer seus pais e a decisão de ir embora com seu filho sem que ao menos ele soubesse da existência dessa criança partia seu coração. Apesar de saber que era o certo a se fazer, seu peito doía. Por muitas vezes Louise se perguntou o motivo de sua dor ser tão grande. Era uma mistura de culpa com incerteza. Angustia com remorso. Medo com amor. Louise era muito jovem para sentir tantas coisas ao mesmo tempo. Sendo assim, substituiu todas essas emoções por uma única: Amor materno. Essa era a única que deveria sentir. Não importava por tudo que passou, seu filho era a única coisa que importava no momento. Não importava pelo que tivesse que passar, seu filho seria sua principal razão de se manter forte, afinal, só tinham um ao outro. Louise não deixaria que seu filho crescesse sem os pais como ela teve que viver. Queria que ele se sentisse amado, como ela nunca pode sentir. 

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