Aquele Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 03)

Ventiquattresimo Capitolo

Luca Santinelle

Após minhas palavras Simon fica completamente em silencio.

- Não brinque com uma coisa dessas Luca Santinelle – avisou ele calmamente, o tom de sua palavra me faz soltar mais um sorriso, mesmo sabendo que ele estava falando sério sobre a brincadeira – ainda sou novo demais para pensar em ser avô de alguém – falou.

Não aguentei depois disso e gargalhei, atraindo a atenção de Fredericco e do menino que estava com ele, que apenas nos olhavam surpresos, acho que não esperavam que estivéssemos os observando.

O menino que estava com meu filho estava se sentindo completamente envergonhado, eu conseguiria reconhecer isso vendo que ele estava completamente vermelho de vergonha quando percebe que estávamos o observando.

- Eu... Eu vou falar com Heitor – disse ele ainda completamente envergonhado e logo depois sai correndo de lá para dentro da casa.

Simon não pode deixar de sorrir, assim como eu apenas dei um sorrisinho discreto de lado, nosso filho por outro lado apenas nos olhando desaprovador por interromper sua conversa.

- Vocês realmente são péssimos pais – disse ele assim que Miguel já tinha saído de nosso campo de visão - poderiam ter esperado um pouco mais até nos interromper – falou com um biquinho infantil nos lábios.

- Não faça biquinho Fredericco Santinelle, parece uma criança - Simon falou cruzando os braços com um sorriso.

- O que vamos fazer agora que sabemos que Soren é um Santinelle? - ele perguntou algum tempo depois.

Simon me olha assim que a pergunta sai dos lábios de nosso filho.

- A melhor opção é manter isso entre nós por um tempo – digo depois de alguns momentos depois – eu não sei como dizer isso para eles – completei.

Saber como pessoas tão próximas iram reagir ao contar uma notícia como essa é um mistério para mim, lidar com uma situação como essa é um grande mistério para a minha interação humana, ainda mais quando estou pensando em uma pessoa tão próxima de mim como meu primo.

Flashback On

Samuel apagou as velas do bolo e todos batemos palmas, até o pequeno Giovanni que nem mesmo sabia o que estava acontecendo direito.

Pietro e Benjamin ajudam o menino de oito anos a cortar o bolo e Bernardo vem até mim e Luccas, Simon estava com Hericco e Fredericco e as meninas conversando.

- Oito anos já - Luccas disse assim que Ber chega perto o suficiente - você já está velho meu primo.

- É - concordou olhando para os maridos e filhos - me sinto velho mesmo, pior é o Luca aqui – disse me olhando, fazendo Luccas rir também.

Luccas iria falar alguma coisa, mas é chamado por Hericco antes disso.

Continuo observando as coisas até que um pensamento passa pela minha cabeça e não consegui segurar ele para mim.

- Oito anos é um bom tempo de procura – digo de uma vez, na lata – o que acha que sentiria se encontrasse ele? - perguntei por mais pura curiosidade.

- Não sei – responde momento depois – acho que preferiria a surpresa e que se fosse alguém que me dissesse que fosse na lata com provas – falou e me olhou dando um sorriso – para se for infartar ser de uma vez só.

Flashback Off

- Pensa em só chegar na porta da casa deles e dizer isso? - Simon perguntou me olhando julgador.

- Sim.

Soren Santinelle

Três Semana Depois.

Eu estou mais do que só nervoso.

Hoje eu, Heitor, Amalia, Agatha e Adam vamos junto com Fredericco e o sr. Simon, o sr. Luca teve que voltar mais cedo para os Estados Unidos com alguns problemas na empresa, então o sr. Simon se voluntariou para ir junto com a gente.

Já era para isso ter acontecido a umas duas semanas, mas Agatha teve uma pequena grite, e optamos por deixar ela melhorar antes de viajarmos para um país frio na época de inverno como a Itália.

Falando nisso, eu descobri que meus pais são italianos. Claro que nessas três semanas eu aprendi o básico de italiano, foi até que bem fácil, considerando com quando eu aprendi inglês, foi moleza o italiano.

Fiz Heitor aprende o básico de italiano? Claro que fiz, mas ele ainda precisa treinar mais um pouco.

- Ansioso? - perguntou Heitor segurando minha mão, e me tirando de meus próprios pensamentos.

- Você não faz ideia de quanto – respondi.

- Eles vão te amar, amor - disse Heitor me dando um beijo nos cabelos.

- Acham mesmo? - pergunto ainda maio inseguro.

- Eu acho - afirmou ele - quer dizer eu não acho eu sei que eles vão te amar.

- Para onde vamos papai? - perguntou Amalia se aconchegando no meu peito.

A menina se acomoda e fica olhando curiosa para o pequeno inchaço no pê da minha barriga, que e quase perceptível a olho nu.

- Que isso papa? - perguntou ela sonolenta, mas ainda sim de olhos abertos e inchados de sono.

- E seu irmãozinho amor - respondo beijando seus cabelos.

- E como ele foi parar dentro da sua barriga? - perguntou ela já quase ressonando.

- Isso é assunto para outra hora - respondo não sabendo mais o que dizer - agora durma amor.

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Assim que chegamos em solo italiano e saímos do avião vejo uma linda mulher morena, cabelos longos e castanhos bem escuros, bem-vestida e de olhos azuis.

- Isabela - o sr. Simon comprimente com um grande sorriso.

- Simon - disse a mesma abraçando a mulher morena, Isabela.

- Acho que sua vinda para a Itália não e puramente coincidência - disse a mesma - ou até uma visita para sua família italiana.

- Na verdade não é mesmo - respondeu o mesmo fechando a cara e ficando completamente seria - deixa eu apresentar para você, Soren seu namorado Heitor e os filhos deles, Agatha, Adam e Amalia.

- Pare de brincadeira Simon - disse ela me encarando diretamente.

- A algumas semanas Luca pediu uma amostra de sangue para Pietro e Bernardo - disse Simon.

- Para que?

- Um exame de DNA - respondeu o mesmo.

- E qual foi o resultado do exame de DNA? - perguntou a mulher olhando com medo e insegurança para o sr. Simon.

- Positivo.