Trentaquattresimo Capitolo

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Antony Santinelle

Minhas emoções estão confusas nesse momento, estou feliz por ter mais um irmão mais velho, porém, ao mesmo tempo estou apavorado por ter um irmão a vida toda que eu nem mesmo sabia da existência.

É assustador para mim na verdade, dês de que eu comecei a entender o que minha família faz sempre tive certeza de que nunca deixariam nada acontecer comigo, mas Saber que uma coisa como sequestro já aconteceu perante seus olhos não me deixa com a sensação de pessoa mais protegida do mundo.

Odeio não ter essa sensação.

É ainda mais assustador para mim saber que ele foi encontrado ao acaso, nem mesmo a maior máfia do mundo conseguiu achar seu futuro Capo, se uma pessoa de dentro da nossa própria organização, minha avó fez isso e se houver outro?

Mierda, probablemente haya otros entre nosotros y nunca lo sabremos, o lo sabemos y no podemos probarlo, o lo que sea (Que merda, provavelmente há outros entre nós e nunca saberemos, ou sabemos e não podemos provar, ou sei lá).

- Quando você fica sério assim está pensando em algo que não lhe agrada – doou tirado de meus pensamentos com a voz de Antonella.

Assim que olho para cima lá está ela, com o rosto suave me olhando calmamente. Volto a olhar para frente e vejo o namorado de Soren ensinando futebol para Beatrice, que parece completamente entusiasmada para aprender.

- No que está pensando? - perguntou ela se sentando ao meu lado calmamente.

Penso calmamente em mentir, mas sou transparente demais para isso ela logo saberia.

- Pensava em como sequestrarem meu irmão, que é o futuro Capo – digo finalmente liberando um pouco de minha frustação em meu tom – sempre me senti seguro sobre a proteção de meus pais, mas agora nãos ei como me sinto – admito.

Antonella me olha e sorri, coo se lembra-se de alguma coisa muito engraçada.

- Aprendi da pior forma possível que nunca podemos realmente nos sentir seguros – falou me deixando ainda mais nervosa - você, Beatrice e meus irmão mais novos podem não se lembrar, mas eu tinha uma irmã chamada Zöe, quando você era apenas um recém-nascido ela morreu, hoje eu e meus pais sabemos que não foi um acidente de carro, mas sim uma coisa armada para acontecer – falou e o sorriso se desmanchou de seus lábios – ela não era o alvo e sim eu, mas mesmo assim Zöe morreu, isso aconteceu aqui na Itália. Antony nossa vida é perigosa, nossa família irritou muitas pessoas e elas provavelmente viram atrás de nós isso é fato, o que podemos fazer é não ter medo e encarar isso de cabeça erguida – completou me olhando.

Fico em silencio.

Sinceramente estou em choque pela revelação que ela me fez.

- Não sabia – digo baixinho.

- Não era para saber – respondeu ela – nem você, nem os meninos, somente Samuel e Fredericco se lembra dela, Martina e Edward ainda eram bebês e Elizabeth também era muito pequena e nem teve contato com ela, Giovanni era também pequeno que nem deve se lembrar, os meninos e Pietra não sabem, acho que é um dor forte demais para colocá-las para eles, espero que possa guardar esse segredo – pede ela com expectativa me olhando calmamente.

- Não vou contar – prometo alguns segundos depois – mas isso não me faz me sentir mais seguro.

- Não era para fazer – afirmou se levantando com um grande sorriso no rosto – sou sua prima Antony não ache que sempre irie confortá-lo, as vezes, mesmo que seja difícil é sempre melhor saber verdade.

O silencio se instala entre nós por algum tempo, antes que ela mesma o quebre.

- Giovanni chegou hoje – disse calmamente olhando seu celular – ainda não conheci seu irmão ainda, darei um tempo com vocês e meu pai, porém, se fosse meu irmão eu ainda estaria lá dentro com ele – disse sutilmente.

Sorrio para ela e nos despedimos.

Ela tem razão, tenho um irmão que acabei de conhecer e em vez de perguntar tudo sobre ele estou aqui fora.

Giovanni Santinelle

Minha chegada na Itália foi tranquila, a primeira pessoa que vejo quando chego é Felippo, sério como sempre para a pouca idade que tem.

Meu primo estava com uma plaquinha escrita "Ο πατέρας σου μου είπε να σε ευχαριστήσω που απάντησες στην κλήση τόσο γρήγορα, αλλά βρήκα το ρούχο που φοράς εξωφρενικό.

Αφήνω εδώ το παράπονό μου όταν επιτίθεστε στην ιταλική μόδα. (Seu pai mandou eu agradecer por atender a ligação tão rápido, mas achei um ultrajante essa roupa que está usando.

Deixo aqui minha reclamação quando a você estar agredindo a moda italiana)"

Não era uma plaquinha muito pequena, e ainda estava escrito em grego então demorei para pegar algumas palavras, porém, assim que o fiz não pude deixar de sorrir para ele.

- Não estou agredindo a moda – digo sorrindo para ele.

- Só se for nos seus sonhos – falou abaixando a plaquinha e me olhando – qualquer italiano raiz que te olhei sabe que está cometendo um crime horrível contra a nossa moda.

- Você está muito abusado para um menino de dezesseis anos Felippo Santinelle – avisei enquanto pegava minha mala.

- Sou filho de Luccas e Hericco Santinelle, obviamente sou abusado e sem papas na língua para falar a verdade – disse me ajudando com as minhas malas.

Não pude deixar de sorrir com sua resposta.

- Vai me falar do porquê tive que voltar tão rápido? - perguntei quando já estávamos chegando no carro.

- Eu não sei – Felippo disse segundos depois – na verdade só estou aqui como mera formalidade, tio Bernardo está te esperando no carro, tenho mais uma pessoa para esperar.

Felizmente o caminho até esse carro é rápido, assim que entro vejo papa Bernardo completamente sério mexendo no celular, quando ele percebe minha presença me olha e lança um pequeno sorriso.

- Obrigada por voltar mais cedo filho - é a primeira frase que ele me diz algum tempo depois.

- Fiquei intrigado com seu telefonema, peguei o primeiro voo de volta para casa papa - digo me aproximando dele calmamente – o que está acontecendo? - perguntei.

Papa Bernardo não é um homem de enrolar, mas agora ele estava enrolando para me contar alguma coisa.

- Me conta o que está acontecendo - peço segundos depois.

- Você tem um outro irmão mais velho, que é gêmeo de Samuel e ele está aqui agora depois de anos de um sequestro que aconteceu no dia que ele nasceu – disse de uma vez me fazendo ficar atordoado no mesmo segundo – seus pais precisam de você e dos seus irmãos agora, está sendo difícil, muitas emoções - completou.

O choque é enorme, maior do que eu posso dizer.

- Aspetta, cosa? 

Aquele Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 03)Onde histórias criam vida. Descubra agora