Giovanni Santinelle
Os minutos não parem passar depois daquele grito, em um momento ouve uma resposta, a voz grosa do meu pai ecoou pela casa.
- STO SCENDENDO LA VITA ADESSO, ASPETTA UM PO' MI METTO SUL GEAVATA (JÁ VOU DESCER VIDA, ESPERE UM POUCO QUE ESTOU COLOCANDO A GEAVATA) – gritou respondeu calmamente, embora o grito.
Pelo tom de sua voz ele não está com raiva e nem estressado, pela primeira vez em meses ele parecia de bom humor.
- Seu pai ainda está em uma briga com a gravata e disse que não quer ajuda – diz ele com um pequeno sorrido, parecia querer descontrair a tensão que estava instaurada na sala.
- Mesmo depois de cinquenta anos ele ainda não aprendeu como colocar a gravata – digo com um sorriso nos lábios, esquecendo brevemente a tensão do meu corpo e o motivo da minha vinda – isso é uma vergonha completa.
- Você sabe que meu pai nunca via conseguir fazer um no naquela gravata – falei prolongando o assunto mais um pouco – ele sempre tanta, daqui a pouco vai descer e pedir para papa Benjamin.
Antes que eles pudessem responder alguma coisa gritos vindo da parte de cima são ouvidos, olhando pelas escadas a primeira voz que diferencio é Antony e depois a do nosso pai.
- AVEVO PROGETTI CHE VANNO MOLTO DI PIU' CHE SPOSARMI PER OCNVENIENZA, SAPETE? (EU TINHA PLANOS QUE IÃO MUITO ALÉM DE ME CASAR POR OCNVENIENCIA SABIA?) - Antony grita enquanto descia a passos pesados as escadas.
- Non tutti hanno il destino che vogliono Antonio, i tuoi genitori ti hanno fatto credere che quello che è successo a noi sarebbe successo a te (Nem todos tem o destino que querem Antony, seus pais te deixaram acreditar muito que o que acontecia com a gente aconteceria com vocês) - papa disse descendo atras dele.
- Non pensavo da molto tempo che la vita fosse una favola, ma non hai nemmeno pensato di parlarmi prima? Dammi un segno, almeno qualcosa. (Eu não acho a um bom tempo que a vida é um conto de fadas, mas você não pensou em nem ao menos falar comigo antes? Me dar um sinal, ao menos alguma coisa.) - Antony falou se sentando no sofá com os olhos já transbordando em lagrimas.
- Pensei – falou alguns segundos depois, eu e nossos pais apenas observamos a interação deles em silencio, sabíamos que eles precisavam se resolver de um jeito ou de outro - Amo te e i tuoi fratelli Antony, non dubitarlo, ma a volte sono troppo codardo, sono stato un codardo a chiedere ai tuoi genitori di dirtelo, per pura codardia da parte mia (eu amo você e seus irmão Antony, não duvide disso, mas as vezes eu sou covarde demais, fui covarde em pedir aos seus pais que te contassem, por pura covardia minha) - falou.
Antony não parecia aceitar muito bem isso, as lagrimas ainda rolavam por seus olhos, quando o olhar de papa Pietro se encontrou com o meu.
- Bernardo? - papa Benjamin chamou sua atenção - Giovanni quer falar com a gente – disse.
No mesmo momento os olhos azuis do meu pai se voltam para mim, nesse momento meu corpo inteiro se arrepia.
- Fale filho – papa Pietro me encorajou logo em seguido.
- Von den vielen Dingen, die ich dir eines Tages sagen wollte, war dieses mit Sicherheit das Letzte, was ich geplant hatte. Ich weiß, dass ich nachlässig war, und das nimmt mir nicht die Schuld, aber... (Das muitas coisas que eu pensei um dia contar para vocês, essa, com a maior certeza do muito foi a última coisa que eu planejei, sei que fui descuidado, e não tira a culpa de mim mesmo, mas....) - procrastino, em alemão porque estou nervoso demais – schwanger.
O silencio estava instalado, papa Benjamin e papa Pietro olhavam completamente desacreditados, papa Bernardo por outro lado me olhava sem expressão. Antony ainda tinha lagrimas rolando pelos seus olhos, e depois de minhas palavras só piorou seu choro.
- TU COSA? (VOCÊ O QUE?) - papa Bernardo perguntou já alterado, eu não o culpo pelo tom - DIMMI CHE E' UNA BUGIA GIOVANNI SANTINO SANTINELLE (ME DIGA QUE ISSO É MENTIRA GIOVANNI SANTINO SANTINELLE).
- Não é papa – afirmei mais uma vez com as lagrimas já querendo rolar por meus olhos - é verdade, a mais pura verdade.
Soren Santinelle
- Deve ser algo sério - Samuel disse me olhando.
Liguei para ele quando Giovanni saiu, estava preocupado e não sei se era normal, nos últimos dois meses ele sempre se mostrou calmo, não tenso.
- Giovanni é o mais sérico e sem expressão entre nós – completou ele.
Chegamos na casa de nosso país segundo depois.
Saímos praticamente correndo do carro.
Assim que eu e Samuel estamos chegando na porta da casa dos nossos pais escutamos gritos vindo de dentro.
- COME NON LO SAI? (COMO NÃO SABE?) - escutamos o grito do papa Bernardo, ele estava completamente alterado.
Praticamente corremos para dentro, assim que abro a porta eu vejo papa Bernardo andando de um lado para o outro, Giovanni estava em pê perto da escada que dá para a porta, o mesmo tem os ombros encolhidos.
Papa Benjamin estava sentado no sofá chorando minimamente, e papa Pietro estava olhando sério para papa Bernardo.
- Non urlare Bernardo (Não grite Bernardo) - disse papa Pietro tentando se controlar.
- COME NON URLARE A QUESTA DEVASTANTE NOTIZIA? (COMO NÃO GRITAR COM ESSA NOTÍCIA DEVASTALADORA?) - ele gritou novamente.
Tanto eu quanto Samuel não estávamos entendendo nada, Antony estava sentado no sofá com pequenas lágrimas rolando em seu rosto, mas não dizia nada e nem olhava nossos pais.
- Papa... - Giovanni tenta falar, mas nosso pai não deixa.
- NON VOGLIO SAPERE (EU NÃO QUERO SABER) - gritou papa dando um leve susto em todos nós - NON VOGLIO VEDERTI ORA GIOVANNI. MI HAI DELUSO PIU' DI QUANTO POSSO PARLARE (EU NÃO QUERO TE VER AGORA GIOVANNI. VOCÊ ME DECEPCIONOU MAIS DO QUE EU POSSO FALAR) - gritou ele e logo depois de acalmou um pouco e voltou a falar - Voglio che tu lasci la mia casa (quero que você saia da minha casa).
Percebo o corpo de Giovanni tremendo minimamente, mas o mesmo apenas abaixa a cabeça e assente saindo rapidamente de casa, mas não antes que diga baixinho.
- Come vuoi papà (Como o senhor quiser pai).
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Aquele Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 03)
FanfictionEm "Aquele Garoto", somos apresentados à vida de Soren Oliveira, um jovem que, após o término de um relacionamento de longa data com Pedro, encontra refúgio nos braços acolhedores de alguém do.seu passado. Recém-formado e embarcando em sua residênci...