É geral... A maioria das pessoas no mundo estão preocupadas com coisas além delas, muitas vezes preocupadas com tudo, mas raramente consigo mesmas. Por isso eu acho normal ter passado praticamente todos os dias voltada a minha empresa. Por isso eu...
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música do capítulo: Jacob Banks - Chainsmoking
-Vamos, acho que para você não deve ser problema. - Sorri para ela, indicando as duas tabuas em minhas mãos. Kara pousou as mãos na cintura e deu a mim um de seus sorrisos capazes de iluminar o mundo.
-Você tem razão. - Disse se aproximando já com o traje posto desde quando saímos do quarto.
-Eu sempre tenho razão. - Falei arqueando as sobrancelhas e rimos.
Assisti Kara pegar as duas tábuas assim como as outras cinco que estavam aos nossos pés, pegar um martelo junto com a caixinha de pregos e por fim uma lata de tinta amarela com um pincel dentro. Murmurou um "já volto" e eu gritei um "não vá terminar em dez segundos" o que a fez rir e eu sorri voltando para dentro.
Assim que entrei, vi a velha senhora atrapalhada na recepção com o dinheiro, então resolvi fazer a minha parte. Enquanto Kara arrumava o lado de fora da pousada de Giorgia, aproveitei para baixar em seu arcaico computador um servidor mais avançado, assim como um sistema totalmente interativo e um teclado facilitado com botões escritos diretamente as funções, com letras e teclas grandes para ela pudesse enxergar quando esquecesse os óculos.
Meu trabalho foi um pouco mais elaborado do que o de Kara, que apareceu aposta em menos de dez minutos e a senhora apressou-se em agradecer e lhe apresentar alguns canos para arrumar, o que a deixou feliz e surpresa ao ver Supergirl usar sua visão de calor na tubulação de alguns chuveiros e água da pia. Depois foi a vez das dobradiças de algumas portas do portão de ferro que levava a garagem, depois pregar mais tábuas (agora no teto) e por fim ajudar com a geladeira que havia parado de funcionar.
Giorgia deve ter pensado que a Super resolveria, literalmente, todos os seus problemas da pousada. Enquanto ela fez tudo isso, deixando a velhinha satisfeita, eu terminei o seu novo sistema de organização de hospedes e quartos, afazeres no geral e claro, sistema de recebimento e cobrança.
O dia passou tão rápido que saímos do quarto realmente no outro dia! Afinal, nove horas nós estávamos com a italiana simpática e nossa anfitriã insistiu para que almoçássemos com ela, porém recusamos avisando que gostaríamos de aproveitar o restante do dia e ela sorriu assentindo, começando a falar vários pontos turísticos enquanto assentíamos e riamos de sua animação. Por fim, novos hóspedes chegaram sua atenção foi reajustada, então Kara e eu subimos para o quarto e tivemos o debate: ela sairia como Kara ou como Supergirl? A resposta foi óbvia quando pensamos no surto coletivo da ilha em ver A Mulher de Aço literalmente andando pelo bairro acenando e sorrindo com todo seu resplendor. Mas ela apontou algo que eu também não tinha me lembrado: eu sou Lena Luthor. Eu também não poderia ser reconhecida com facilidade.
A solução? Roupas simples e discretas. Me troquei rapidamente, optando por uma regata preta, short jeans claro e sandálias, sem maquiagem e meu relógio, celular, óculos escuro e minha carteira. Já que eu duvido que passem pagamento por aproximação via relógio ou celular, pensei. Me virei e encontrei os azuis sob os óculos, me fazendo piscar algumas vezes para sorrir e admirá-la arrumar a armação no nariz, ficando sem jeito.
