19 ♔ Predestinado - White Flags

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música do capítulo: Bishop Briggs - White Flags

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música do capítulo: Bishop Briggs - White Flags

Pov Narrador

A vida é uma incógnita. Antes mesmo de nascermos temos nossas vidas idealizadas por nossos pais. Nosso nome é escolhido, a aparência é muito similar aos progenitores, a personalidade se forma com o tempo, mas traços são herdados deles como se fosse algo moldado, e talvez realmente seja. Quando nascemos, tudo muda. Esses mesmos pais veem e confirmam que tudo o que eles pensaram, na verdade, não iria acontecer e que todo o conto de fada que é vendido foi comprado com um entusiasmo irreal. A primeira noite sem dormir, a primeira dor nas costas equivalendo-se à um osso quebrado, os braços tão doloridos como se tivesse erguido uma moto sem ajuda, a primeira fralda que suja as costas inteira até os cabelos e então começam elas, as brigas entre o casal ou então a briga entre o solo com ele mesmo e o exterior.

Nossa existência não pode ser programada, nunca foi e pensar que podemos controlar isso, brincar de Deus! É muito petulância. Mas se esse adjetivo cabe bem a pessoas estes são Lillian e Alexander Luthor, ele principalmente. Como se fosse uma combinação genética totalmente explosiva e patológica veio o sarcástico e inteligente homem ambicioso. Elevado pela família, endeusado por apoiadores milionários e com as costas acobertadas pelo dinheiro, crendo em sua falsa ideologia e o sentimento de injustiçado por perder poucas vezes na vida, por ter nascido com pais complicados e simplesmente ensinado a fazer o que faz – mas que nunca admitiria ter pensado, muitas vezes, em fazer o mesmo, senão pior, do que lhe foi passado, ensinado. Lex Luthor, este talvez seja um exemplo de algo premeditado pela família, porém... Acho que nenhum pai gostaria de ver seu filho perdendo a cabeça, sendo taxado de louco e sendo preso por anos e anos de sua vida.

Um filho levando o tão importante sobrenome para a lama.

Talvez Alexander tenha sido algo "programado", de certa maneira. Talvez uma exceção, quem sabe? Ninguém. Podemos pensar até que sua patologia maníaca veio disso, do esforço dos pais em passar e obrigar o filho a fazer algo em que ele não entendeu por muitos anos. Privado de acesso básico de uma criança. Amigos? Só os móveis da casa. Rotina saudável? Não, afinal dez horas de estudo interruptas e programas extracurriculares sem fim não é algo bom. Descontração? Jogos de xadrez sob o olhar da mão, talvez. Pressão? Fora de casa e dentro dela principalmente. Família? Conhecidos, pode-se chamar. Então, que o culparia? Quem sobreviveria a algo assim? Todavia... A personalidade foi formada, as escolhas foram feitas e Alexander Luthor brincou de Deus. Em alguma parte de sua mente deficiente, ele moldou um ser e trilhou todos os caminhos que deveria seguir – tal qual fizeram com ele ao nascer. O Luthor criou um ser predestinado.

Portanto, quando a cápsula mostrou os primeiros sinais do final do processo do garoto dentro da sala da justiça em Washington, começando a expor o corpo (agora vestido com um macacão branco extremamente fino) e espalhando o líquido gosmento e nutritivo pelo chão junto com muita fumaça pelo ar, ninguém soube o que esperar, afinal, quem ousaria pensar em algo que chegasse perto da mente do pai do garoto? Talvez nem o futuro saiba, por quê? Pelo simples fato de que Boy não nasceria recém-nascido. Superboy recebeu informações, manipuladas pelo pai? Sim, mas principalmente interrompidas e modificadas por sua tia. E pelo simples fator mencionado: tudo depende dele a partir do momento em que nascer. Qual será a reação de boy? Essa é a questão. Se a interrupção dos ensinamentos maldosos do primogénito Luthor realmente foi a tempo, se Lena conseguiu lhe passar coisas boas enquanto crescia na incubadora. Tudo dependeria se o que foi feito foi concluído e se realmente surtiria efeito na mente em construção do meta-humano.

Adverso Amor Inoportuno (Supergirl) | SupercorpOnde histórias criam vida. Descubra agora