06 ♔ Analisando o Tabuleiro - Just a Boy

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música do capítulo: Alaina Castillo - Just a Boy

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música do capítulo: Alaina Castillo - Just a Boy

Quando Kara simplesmente voou para longe quando Sam apareceu foi algo de se esperar, até porque duvido que ela soubesse quem estava chegando, poderia ter sido Jess, algum chefe de segurança ou até mesmo um dos meus sócios que possuem a chave por causas emergenciais (como a vez em que meu irmão louco me prendeu na sala do último andar em Metrópole, incendiou o prédio e saiu me deixando para morrer). Enfim, são coisas que acontecem e não a culpei por isso, se nossos papéis estivessem invertidos eu faria o mesmo, não vejo problema algum... Todavia, sumir por dias não é compreensível.

A super-heroína simplesmente não atende minhas ligações e não responde minhas mensagens. Tentei contato depois de três horas do acontecido, pois só depois desse tempo eu consegui ser liberada por Samantha, que me questionou desde o momento que presenciou até o que a loira havia me dito ou eu havia dito para ela e claro, meus sentimentos e assim por diante.

Naturalmente a conversa se estendeu para muitos minutos que atrasaram diversos afazeres da corporação, mas nem ela e nem eu, naquele momento, estávamos pensando muito nisso. Então, não fiquei brava ou chateada quando ela não me respondeu assim que enviei a primeira mensagem, ou minutos depois quando enviei a segunda e uma hora a terceira. Comecei a me aborrecer depois da quinquagésima hora sem responder!

Agora, novamente na L.Corp eu não conseguia me concentrar no que eu fazia ou deveria estar fazendo porque meus pensamentos insistem em voltar à loira de um e setenta e três de altura, com ombros largos e músculos tonificados. Pisquei e balancei a cabeça clicando várias vezes na caneta, sem perceber voltando a pensar de novo, pelo simples motivo de eu não consigo entender! Foi ela quem me falou que não era mentira, ilusão. Ela me disse que nada foi sem sentimentos, que não me machucaria novamente e agora... Foge, me deixa sem notícias, sem reciprocidade e me deixando confusa o bastante para pensar se tudo foi real ou uma brincadeira idiota de alguma forma.

Abaixei a cabeça e suspirei sentindo-me como uma tola, boba apaixonada que não mede as consequências. Eu deveria ter previsto isso, deveria ter imaginado que suas palavras seriam em vão. Senti o gosto amargo tão conhecido em minha boca, a dor familiar no peito e o disparo venenoso no sangue. Cerrei o punho e engoli em seco. Novamente me deixando ser enganada. Acreditando em palavras vazias.

Trinquei os dentes e levantei em um impulso fazendo a cadeira correr até bater no vidro da varanda. Dei um passo até o armário e estiquei-me servindo novamente da bebida diária. Enchi o copo quase por completo e me virei caminhando para a varanda, mesmo sabendo que me trariam lembranças indesejadas ou pensamentos indesejados. Preciso de ar.

Tomei um longo gole do drink com gelo e abri a cortina e a porta, dando um passo para o vento forte do último andar. Bebi novamente e apoiei meus braços no parapeito observando o horizonte. Dá para ver a baía daqui... Alguns navios, a ponte, antenas de satélites e prédios e mais prédios, a vantagem da vista é a altura da L.Corp. O maior prédio de National City dá esse privilégio, esse deleite de praticamente ser inalcançável e de me presentear com vistas estonteantes.

Adverso Amor Inoportuno (Supergirl) | SupercorpOnde histórias criam vida. Descubra agora