música do capítulo: Imagine Dragons - Warriors
Quando acesso as memórias da outra Lena... Me assusto. Foi com dezesseis anos que eu vi meu irmão enlouquecer no auge de seus vinte e três.
Lionel já tinha falecido, Lex e Lillian apossaram-se da Luthor Corp com garrafas afiadas e olhar assassino para qualquer um que ousasse desafiá-los, até para mim, mas eu estava longe de ter interesse no estresse diário de meu pai. Aos vinte e dois Alexander já comandava a corporação, Lillian incumbiu-se das partes administrativas e de segurança, deixando o resto para o primogênito que prontamente aceitou, vendo que comandaria mais do que a mãe.
Todos eram gananciosos nessa família, aprendi antes dos oito anos junto com eles.
O que me faz lembrar: minha convivência com Alexander. Dentre todas as pessoas, quem sabe até de Lillian, eu era a que mais o conhecia, porque em nenhum momento o julguei como nossos eles. Rigorosos, arrogantes e indiferentes, esses eram os Luthor's mais velhos. Se para mim foi difícil, sendo adotada, imagina para ele... Cujo quem lhe tratava assim eram realmente seus pais! Distantes e o olhando como um objeto a seguir seus padrões. Alexander não poderia usar a frase que uso: "não são meus pais de verdade". Porque para ele... Lionel e Lillian eram sim seus pais de verdade – tirando o fato que depois de anos fui descobrir que Lionel também era meu pai, mas ainda sim cresci pensando quase que diariamente essa curta e tão significativa frase.
Como ter o sentimento de pertencimento assim?
Então, quando Lex surtou e levou sua mãe desesperada e preocupada junto (muito mais preocupada com a reputação que ele estava estragando), quem cuidaria da Corporação Luthor? Eis a questão. Ele enlouqueceu aos vinte e três, mas foi preso mesmo anos depois, quando completei vinte e um. Alexander foi pego pelo Superman e Batman, algemado, amordaçado, preso e encarcerado sem data prevista para a soltura. Ninguém até então imaginava o que ele tinha feito sob o comando da Corporação, todos os planos por debaixo dos panos, até que uma investigação mais profunda e o encalço de Superman no meu irmão trouxe tudo as claras. E bem, eu vim às claras: a filha esquecida dos Luthor, adotada, sem importância, vivando a sombra dos "verdadeiros" Luthor's.
Quem diria que essa mesma filha "bastarda" chegaria ao comando da empresa? Pois é. Na verdade o comando me foi dado! Não houve questionamento de interesse, de preparo, nada. Os advogados da família simplesmente me chamaram e avisaram que as maiores quotas da empresa estava sendo transferida para meu nome, a última sócia majoritária, já que uma estava foragida e o outro estava preso sem previsão de soltura. Ou seja, aos vinte e um anos, eu comecei a comandar a maior empresa da cidade em que eu nem morava! Afinal, eu raramente ficava em Metrópole e quanto mais o tempo passava, quanto mais barreiras eu encontrava, quanto mais pedras eu tropeçava... Mais eu quis sair dali. Sair e nunca mais voltar porque em todos os lugares que eu via... Lá estavam eles: a família do ano.
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Adverso Amor Inoportuno (Supergirl) | Supercorp
FanfictionÉ geral... A maioria das pessoas no mundo estão preocupadas com coisas além delas, muitas vezes preocupadas com tudo, mas raramente consigo mesmas. Por isso eu acho normal ter passado praticamente todos os dias voltada a minha empresa. Por isso eu...