Giovanna
Aquele sonho não era real. Eu sabia disso. Mas ainda assim estava lá, sorrindo como uma boba que eu não poderia me permitir ser.
Mas afinal, de onde vinha aquela fantasia? Eu não podia pensar em Eduardo daquele jeito. Era errado de todas as maneiras.
Respirei fundo, tentando colocar ordem no meu subconsciente, o que era quase impossível. No momento em que estava no breu, tentando sair daquele sonho, senti algo tremendo embaixo de mim.
Aos poucos, fui despertando, começando a ter consciência de onde eu estava.
E não podia ficar mais nervosa ainda, quando me dei conta de que estava na casa de Eduardo. No seu sofá, dormindo em seu ombro.
Desencostei a cabeça de seu braço em um pulo, imaginando todas as formas de como aquilo era errado.
Eu não podia ter deixado aquilo acontecer.
A televisão ainda estava ligada com o jogo, em uma página inicial. Ajeitei os óculos, já que havia adormecido com eles, e busquei meu celular.
Havia várias mensagens do meu pai, ele iria me matar.
Expliquei apenas que tive um contratempo, mas que estava bem, sem entrar em muitos detalhes, esperando que isso já o deixasse mais calmo.
Mas quando eu olhei as horas, eu mesma me assustei, vendo que já passavam das três da manhã. Como eu fui me deixar levar assim?
Mas não vi as horas passando, e acabei pegando no sono, de uma forma muito natural, provavelmente como Eduardo, já que ele também estava no sofá, em uma posição que não me parecia nada agradável.
Perdi alguns segundos olhando para ele dormindo. Era tão bonito. Mesmo com os cabelos bagunçados, a barba por fazer e todo cheio de feridas da catapora. Mas ele não me parecia calmo.
Eduardo estava tremendo, encolhendo-se no assento em que estava. Provavelmente fora ele quem eu senti, quando acordei.
Levei a mão à sua testa, reparando no quanto estava suando e notei que ele estava quente demais. Febre.
— Patrícia... — ele falou em um fio de voz. — Pati, me perdoa.
Patrícia. Claro, não seria Eduardo se não falasse o nome de uma mulher em um momento de delírio.
Mas quem seria ela? Deveria ser importante, para ele se lembrar em um momento desses.
Bom, mas não era do meu interesse de quem ele se lembrava ou não.
Levantei-me decidida a ir embora, mas assim que fiquei em pé, meu pulso foi agarrado por mãos firmes, sem me machucarem, mas transmitiam desespero.
Olhei para baixo e vi que Eduardo ainda mantinha os olhos fechados, tremendo.
— Não me deixa, por favor.
Eu sabia que ele não estava falando comigo, suas palavras eram dirigidas a Patrícia, mas olhando para ele, parecendo tão frágil, débil, eu não tinha o coração tão duro assim.
Respirei fundo, segurei a mão que prendia meu pulso, libertando-me com gentileza e me agachei ao seu lado.
— Não vou embora, tudo bem? Eu vou ficar.
Passei as mãos por seus cabelos, que já estavam úmidos de suor. Eu não poderia deixá-lo sofrendo daquele jeito também, onde eu estava com a cabeça?
Levantei decidida a cuidar de um homem, do meu chefe.
Puxei a coberta que estava jogada em um canto do sofá e cobri o corpo dele.
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Grávida do meu Chefe Milionário
RomansaUm mulherengo sedutor. Uma secretária virgem. Uma gravidez inesperada. . Depois de perder a única mulher que amei, resolvei seguir o conselho que todos me davam e aproveitar a vida. Parar de sofrer pelos cantos, por alguém que já partiu. E foi assim...