Giovanna
Aquele final de semana havia sido tumultuado. Não tenham ocorrido brigas ou coisas assim. Mas descobrir uma gravidez inesperada era algo assustador.
Meu pai havia se acalmado e vinha aceitando melhor a ideia. Minha mãe por outro lado, estava radiante. Há muito tempo eu não a via sorrir com tanta alegria e vontade como naqueles dois dias.
Já eu, vinha tentando me acostumar com a novidade.
Ter um ser crescendo dentro de você era um pouco assustador. Mas saber que sua vida mudaria drasticamente com isso, era mais ainda.
Eduardo havia falado que se casaria comigo, mas eu não queria uma união por obrigação. Não queria que ele se prendesse a uma pessoa que não gostava por cauda do meu filho.
Meu filho...
Coloquei a mão na barriga sem tirar os olhos da estrada. Estava a caminho da empresa na minha Brasília amarela, a mesma de sempre, e quando meus pensamentos viajaram comecei a cogitar a hipótese de vender aquele carro para conseguir uma grana extra, mas ao mesmo tempo fiquei chateada comigo por pensar uma coisa dessas. Como eu teria coragem de vender aquela preciosidade?
Apertei meus dedos sobre o volante, com a outra mão ainda em minha barriga.
— É, filho... — era a primeira vez que eu conversava diretamente com aquele bebê. Mesmo me sentindo sem jeito, saiu natural, espontâneo. — Vamos dar um jeito em tudo isso.
Assim que cheguei à empresa, liguei tudo e me acomodei, a porta do escritório de Eduardo se abriu, revelando que ele já havia chegado, antes mesmo de mim.
— Pode fazer um favor aqui? — Ele estava com uma voz calma.
Aproximei-me da porta, onde ele permaneceu me esperando. Assim que cheguei perto o bastante, ele estendeu a mão para minha barriga, pedindo-me permissão. Confirmei com a cabeça e ele se abaixou, levando as duas mãos à minha barriga.
— Oi, bebê. Aqui é o papai. — Ele olhou para cima. — Andei lendo que eles conhecem a voz dos pais. E que é bom ensinar isso desde a barriga.
Ok, aquilo foi fofo. Muito.
Ele havia lido coisas de bebê. Nem eu, que estava carregando aquela criança, havia procurado nada. Mas lá estava o meu chefe, herdeiro daquela empresa, acariciando minha barriga e falando com uma voz fofa com nosso filho.
Nosso filho.
Rapidamente ele se colocou de pé, passando as mãos pelas laterais da calça e se voltando para mim.
— Gostaríamos de falar com você.
Franzi a sobrancelha quando ele usou o plural, mas Eduardo não me respondeu, apenas abriu um pouco mais a porta, dando-me passagem e revelando quem estava lá dentro.
Sentado no sofá, todo elegante, estava Élder, o CEO daquela empresa, chefe de tudo e todos, e agora avô de um filho meu.
Cheguei a estremecer assim que olhei para ele, mas Eduardo não me deixou escapatória quando colocou a mão na minha cintura e conduziu-me para dentro, fechando a porta logo atrás de nós.
Caminhei mais um pouco, mesmo insegura, colocando-me perto dele e sentindo a presença de Eduardo logo atrás de mim.
Estendi minha mão para cumprimentar Élder, que se colocara de pé.
— Giovanna, quanto tempo. Como está o trabalho por aqui?
Apesar de trabalhar no mesmo andar que Eduardo, eu pouco o via, já que suas salas ficavam em lados opostos.
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Grávida do meu Chefe Milionário
RomansaUm mulherengo sedutor. Uma secretária virgem. Uma gravidez inesperada. . Depois de perder a única mulher que amei, resolvei seguir o conselho que todos me davam e aproveitar a vida. Parar de sofrer pelos cantos, por alguém que já partiu. E foi assim...