Amor por Contrato - Hosie

Mikaelson Mac?

'Mac'

Ela estava confusa.

'Irmã de Ethan. Irá se juntar a nós na empresa. Até mais tarde, Josie.'

Maya Mac era, assim como Hope, uma pessoa muito influente em Nova Orleans. E se juntaria a Marshall Mikaelson, para trazer mais lucros para a empresa.

Estavam pensando em fazer uma fusão das duas empresas, formando assim a 'Mikaelson Mac'. Ideia de Ethan, mas nada estava decidido ainda.

Eram oito horas da noite e Hope chegara ao restaurante onde haviam marcado. Pegou uma mesa reservada ao fundo e sentou a espera de Maya. Dez minutos depois, a morena chegou.

— Hope Mikaelson.- ela disse sorrindo sentando-se em frente a ruiva.

— Maya Mac.- Hope disse estendendo a mão para cumprimentá-la — É um prazer conhecê- la.

— O prazer é todo meu! Finalmente vou conhecer a ruiva que meu irmão tanto fala.

Ambas riram.

— Ethan é uma babão mesmo. — Hope sorriu olhando o cardápio.

Um babão com idéias ótimas, Maya pensou.

A fusão das empresas traria benefícios para as duas. Duas empresas diferentes. Dois nomes importantes. Mais reconhecimento. Mais acionistas. Mais dinheiro. Seria um grande evento no mundo dos negócios. Qualquer um gostaria de ter seu nome envolvido com a Mikaelson Mac.

Também estavam cientes da burocracia que teriam de enfrentar. Eram pilhas e pilhas de papeis, que Hope já estava pensando em jogar em cima de Ethan ou Mg, e depois ela apenas assinaria.

O jantar ocorreu tranquilamente, Maya era uma boa companhia. Divertida e séria. Seria bom tê-la como sócia. Como Ethan não tinha as apresentado antes?

Elas nem notaram o tempo passar, Hope só se deu conta de que haviam se passado horas, quando o garçom veio, pedindo desculpas, e educadamente pedindo para que elas se retirassem.

O restaurante estava fechando. Ambas coraram e depois riram. O garçom fechou a conta e elas se retiraram, direto ao estacionamento.

— Será um prazer fazer negócios com você, Maya Mac. — Hope disse séria enquanto procurava as chaves do carro na bolsa. E logo em seguida parando para encará-la.

— Tenho certeza que nos daremos bem, Hope. Estarei na empresa amanhã cedo, para tratarmos dos papeis.

O passado de Maya tinha sido conturbado. Eram coisas que Hope sabia mais ou menos devido ao grande tempo de amizade com Ethan.

Sabia que ela tinha problemas com bebida e drogas, mas agora podia notar que não restava mais nada da antiga vida na mulher a sua frente. Ela estava limpa. Não havia colocado um pingo de bebida alcoólica na boca, desde que chegou ao restaurante.

— Boa noite. — Maya disse, dando um beijo no rosto de Hope antes de entrar no carro.

— Boa noite. —a ruiva disse retribuindo o beijo também entrando em seu carro.

Hope esperou a outra mulher sair e logo arrancou com o carro. Não tinha noção de que horas eram, mas sabia que era bem tarde.

Não estava nem um pouco animada em voltar para sua casa naquela noite. As atitudes de Josie estavam a deixando bastante desapontada. Ela queria falar sobre os seus sentimentos, mas não sabia se tinha abertura suficiente para isso.

Não aguentava mais acordar sozinha depois de boas horas de sexo. Ela era só isso para Josie? Só sexo e depois cada uma na sua cama? Vazias e frias?

Ela chegara a pensar que a Salvatore era diferente. Ela sabia que era diferente, diferente de qualquer mulher que tenha passado por sua vida antes. Apenas queria que ela ficasse. Mas se ela não podia ficar a noite toda, como poderia ficar a vida toda?

Tudo dentro de Hope era uma confusão. A relação com Josie. O jantar com a Maya. A empresa. Tudo.

Ela precisaria de boas e relaxantes horas de sono, se Josie estivesse acordada daria qualquer desculpa para subir e dormir. Tudo o que não precisavam era discutir. Mas tinha certeza que Josie não deixaria tudo passar em branco.

Ela iria perguntar do jantar e ficaria com ciúmes. Elas brigariam e se beijariam até os corpos ficarem pegando fogo. E ela acordaria sozinha no dia seguinte. Era como um jogo, era como brincar com fogo. Bom, mas provavelmente alguém sairia bem queimada.

Era isso.

Josie estava aflita esperando Hope chegar. Ela não queria entrar em pânico como da outra vez. Afinal, sabia onde a ruiva estava. Jantando, com a irmã de Ethan. A tal Maya que havia surgido do nada naquele dia.

Porque diabos ninguém nunca havia tocado no nome daquela mulher com ela? Pelo visto agora teria que ouví-lo muito.

Pegou o celular e checou as horas. Quase meia noite e nada de Hope. Respondeu algumas mensagens. E jurou pra si mesma que não sairia daquele sofá até ela chegar.

Ouviu o barulho do carro e logo em seguida a porta sendo aberta. Hope tinha uma expressão serena no rosto, diferente do que ela havia visto pela manhã. Pode até jurar que havia visto um sorrisinho.

— Oi. — ela disse largando as chaves na mesa de centro da grande sala

— Oi. — Josie limitou-se a dizer.

Estava lutando para não perguntar a ela como havia sido o jantar. Não queria demonstrar que estava com ciúmes... Mal sabia ela que não demonstrar estava sendo o único problema entre elas ultimamente.

Hope sentou no sofá e tirou os sapatos. Sem encarar a esposa suspirou e levantou indo em direção a escada. Subiu sem olhar para trás deixando uma Josie cheia de dúvidas deitada no sofá.

A única certeza que ela tinha naquela noite era que, seria a primeira noite desde que viajaram a Paris, que não transariam.

Ela havia acostumado rápido demais com aquela rotina. Alguma coisa estava errada. Alguma coisa não se encaixava e ela só queria saber o que era.

Mas o silêncio, o silêncio era tudo o que ela ouvia. O silêncio que na verdade era preenchido por seus pensamentos e paranóias. Só queria voltar algumas semanas enquanto estava no paraíso junto de Hope.

Mas naquela noite ela dormiria realmente sozinha e brigada com Hope.

Mas elas ficariam bem.

Não ficariam?