So cold

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Uma semana. Sete dias. E não sei ao certo quantas horas, tão pouco importa. Mas era isso, sete dias que estava longe e sem notícias de Hope. Meu coração batia rapidamente cada vez em que pensava nela, em como ela estava, e me amaldiçoava toda vez que pensava na possibilidade de ela estar com alguém.

  No fundo eu esperava que ela fosse aparecer na casa de meus pais e me levar de volta, no fundo desejava isso todas as noites e criava essas imagens na minha cabeça até pegar no sono.  

Olá? Como você está? Ultimamente me pergunto como seria sentir seus lábios.  

Curiosamente eu estava no telhado, olhando a lua, que particularmente estava linda naquela noite, enquanto tocava aquela música. Será que ela também estaria olhando a lua? Pensando em mim? 

Eu apenas falei para a lua, esta noite no telhado, falei para ela que estou com medo de todos os meus pensamentos parecerem com você. 

Disquei o número tão conhecido por mim e apertei para chamar. Desliguei antes mesmo de ouvir qualquer coisa. Quando me tornei tão covarde? Liguei de novo. Mas só ouvi a voz dela na secretária eletrônica. Tentei o telefone de casa, que nem ao menos chamou. Abri o aplicativo de mensagens, a foto dela era uma foto nossa, e eu a desejei mais do que nunca do meu lado.  

Eu estava ansiando por isso. 

Era um sinal de que ela não estava com raiva, não tinha trocado a foto, nem a tirado. Mas a data que estava ali era de uma semana atrás.  

'Eu te amo. Sinto sua falta. Oh Deus, como sinto sua falta.' enviei e soltei o celular, como se estivesse com medo de receber uma resposta. Não recebi nada, por que a mensagem nem foi enviada. E agora, meu corpo inteiro tremia de preocupação.  

– Sebas?- falei entrando no quarto dele. 

– Oi, Jo . Onde você estava?- ele disse sentando na cama 

– Lá em cima. Me empresta seu celular?- por um momento pensei que o problema pudesse ser eu, ela não queria falar comigo então poderia ter me bloqueado ou qualquer coisa. 

Peguei o celular dele e repeti tudo o que fiz no meu, nenhum resultado diferente. Okay, não saberia notícias tão cedo. Por que Hope não era o tipo de pessoa que colocava a vida toda em redes sociais? Seria mais fácil para mim. Mas eu entendia, ela sempre teve a vida exposta demais sem ao menos pedir por isso, era direito dela querer um pouco de privacidade. Mas porra, naquele momento eu só pedia por notícias. 

– Nada?- Sebastian perguntou quando devolvi o celular dele. 

– Nada.- senti meus olhos encherem de lágrimas e sentei na cama dele. 

– Você pode ir lá e ver se está tudo bem.- ele disse com um olhar óbvio, era óbvio que aquela seria a melhor escolha. 

– Esquece... Vou dormir. 

– Você pode dormir aqui, traz um colchão. Tenho uns filmes bons.- ele disse me convencendo, não seria uma boa ideia dormir sozinha.  

'Eu tentei, Josie. Estou indo ficar com meus pais agora' 

O que ela queria dizer com aquilo? Senti como se tivesse levado um soco no estômago quando li a mensagem. 'Estou indo ficar com meus pais agora'. Fiquei desesperada quando entendi o sentido daquilo, os pais dela estavam mortos. Mortos. E ela se juntaria a eles. Peguei o carro do meu pai e não esperei mais nenhum segundo para ir até lá. 

Era inverno e estava tudo coberto por neve, um frio intenso, tão intenso quanto a incerteza no meu peito. Estacionei e desci correndo, quase escorregando no chão que estava coberto por uma fina camada de gelo. 

Amor por Contrato - Hosie Onde histórias criam vida. Descubra agora