Amor por Contrato - Hosie

Desire

A casa estava em completo silêncio, Hope dormia profundamente até que um grito agudo a fez despertar.

Ainda confusa entre o sonho e a realidade, ela esperou mais um momento em silêncio guardando ouvir seu nome novamente.

— HOPE — um novo grito surgiu.

Com rapidez surpreendente ela logo identificou a voz de Josie, e mesmo sem ainda se decidir entre o sonho e o real, de um pulo da cama e saiu correndo em direção ao quarto dela, tomada pela adrenalina.

Antes que ele pudesse dar outro grito, Hope abriu a porta do quarto com posição defensiva parecendo disposta a lutar com qualquer que fosse os intruso.

Com o coração acelerado, ela focou os olhos na Salvatore que se contorcia na cama.

— O que...? — ela se interrompeu confusa

Com o rosto pálido e com expressão de dor, ela disse baixo.

— Cãibras...

Hope demorou alguns segundos até assimilar o pedido de ajuda, e assim que ela gemeu com a cabeça enterrada no travesseiro com dor, caminhou em passos rápidos até ela puxando o lençol, até que este caísse no chão. Sentia um pouco de raiva pelo susto que levou, mas não era sua maior preocupação.

Josie gritou quando Hope encostou na sua panturrilha esquerda.

— Calma. — ela pediu lhe agarrando a perna com força e começando a massagéa- lá

Josie gritou mais uma vez contra o travesseiro e mesmo e mesmo com os seus protestos, Hope continuou massageando para ajudar com a circulação.

Após alguns minutos agoniantes, a dor começou a diminuir fazendo o músculo ficar mais relaxado e a circulação voltar.

Quando ela gemeu aliviada, Hope a encarou.

— Passou? — perguntou sem deixar de massageá-la.

— Sim. Obrigada, Andy. — ela sorriu agradecida — Desculpa te acordar a essa hora.

— Você deveria se desculpar por quase me fazer ter um enfarte, menina! — ela disse parando de massagear a perna dele, logo ficando de pé — Já imaginou eu morrendo do coração e você aqui deitada com cãibras? — ela disse com um certo humor negro

— Não seria nada legal. — Josie admitiu suspirando

— Vamos? — Hope a convidou

— Vamos aonde? — perguntou confusa

— Vamos até a cozinha comer alguma coisa.

— Andy, são cinco e meia da manhã — ela diz após olhar o relógio — É muito... tarde ou cedo, — ela disse confusa — pra comer.

— É muito... tarde ou cedo, não sei — Hope a imitou — para acordar alguém gritando enquanto está quase morrendo de dor.

— Mesmo assim... — ela a interrompeu

— Você comeu alguma coisa com bastante potássio hoje, Jo? — perguntou séria o bastante para que ela continuasse quieta — Oh, é claro que não, porque você passou o dia todo cuidando do seu jardim e quase não comeu.

— Mas... — ela tenta argumentar

— Mas nada, vamos.

Sem mais perda de tempo, ela caminhou até a cama e a pegou nos braços.

— Hope! — ela reclamou — Me largue agora! Você é menor do que eu, a gente vai cair.

— Fique quieta. — disse parecendo bastante divertida com a situação