Orgulho Uchiha

No mesmo dia ...

Tobirama

O dia de hoje não poderia ter sido pior. Além de lidar com Hashirama, que me cobrou explicações ao me arrastar pra fora da sala, tive que ficar ouvindo o falatório dos anciões sobre o comportamento nada agradável de Izuna. Idiotas!

Nesse momento estou a ponto de explodir, quero respostas e sou capaz de arrancá-las à força dos lábios de Akemi. Entretanto, estou sendo obrigado a esperar meu irmão, já que esse também está a procura de um entendimento para o ocorrido de hoje. Toc, toc, toc ... Ele está atrasado, como sempre! Quem sabe se eu deixá-lo esperando mais alguns minutos, ele não volte a fazer isso.

*_*

- Porque não nos sentamos. - Sugeriu Hashirama, enquanto afastava o irmão.

Tobirama não estava confortável com aquela situação, não havia sido informado que Madara também viria a sua casa, e este não demonstrava interesse em qualquer tipo de diálogo. Hashirama os levou a uma pequena mesa, pois conhecia muito bem a casa do irmão, por longos minutos nada foi dito. O silêncio já estava ficando insuportável, principalmente pro Senju mais velho; Madara já havia lhe contado a verdade e só restava a Hashirama rezar para que os ânimos não terminassem saindo fora de controle, colocando em risco tudo o que ele já havia construído.

- Mantenha suas vadias longe do meu irmão … - Hashirama ficou pasmo, nunca tinha ouvido Madara falar palavras de baixo calão, definitivamente, aquilo não ia acabar bem. - Eu achei que você fosse um pouquinho mais inteligente, mas pelo o que vejo, estava enganado. - Madara apoiou o queixo sobre o punho, enquanto olhava com certa superioridade para Tobirama. - Quando uma pessoa não quer nada sério com a outra, o mínimo a se esperar dessa pessoa é que ela deixe bem claro isso. Se você quer só sexo, apenas faça só sexo, não demonstre nenhum sentimento ou então, a outra parte pode entender errado. - Madara soltou um riso sardônico. - Eu me pergunto, para quantas outras prostitutas você já demonstrou sentimento ? 

A pequena mesa partiu-se ao meio, quando Tobirama acertou-lhe um soco. Hashirama viu os olhos de Madara assumirem um tom vermelho, e em milésimos de segundos, já estava cara a cara com seu irmão. 

- Você não sabe de nada da minha vida, então, qual o direito você acha que tem de falar assim comigo ? - Tobirama tentava controlar a raiva crescente dentro de si.

- O mesmo direito que você achou que tinha, quando resolveu brincar com os sentimentos do meu irmão… - A voz de Madara saiu cheia de fúria. - Porque você não foi até ele ? - Madara gritou e uma grande quantidade de chakra começou a emanar de seu corpo. 

Quando Madara acertou pela quarta vez o rosto de Tobirama, esse cuspiu sangue. Hashirama cercou o Uchiha com seus braços, puxando-o de cima de seu irmão. O albino não esperou aquela briga tomar rumos maiores, saiu enquanto ainda tinha controle de si e foi em busca de suas respostas.

Quando Madara percebeu que os braços do Senju ainda estavam ao seu redor, sentiu seu corpo paralisar, Hashirama respirava calmamente próximo ao seu ouvido, podia sentir o hálito quente que vinha dele. 

- Você já pode me soltar agora. - Pediu, mesmo sem vontade.

- E se eu não quiser ? - Hashirama deslizou os braços e se pôs de frente ao Uchiha. - Você defende com fervor os sentimentos do seu irmão, e quanto aos seus ? Porque você os esmaga dia após dia ?

Madara se soltou dos braços do Senju e recebeu um olhar de tristeza em troca, porém, não se ateve a isso. Segurou com firmeza a mão de Hashirama e o puxou; abriu algumas portas dos cômodos da casa e quando achou o que procurava, arrastou o Senju para dentro e o jogou sobre um futon. Madara tinha chegado ao seu limite.

- Eu espero que você não se arrependa depois … - Disse enquanto se livrava da blusa.

Hashirama tinha esperado aquele momento durante toda a sua vida e arrepender-se não estava em seus planos. Madara ajoelhou-se entre suas pernas, removeu com rapidez a faixa presa a sua cintura, permitindo que suas roupas fossem tiradas com mais facilidade. Hashirama sentiu os olhos do Uchiha percorrem cada centímetro do seu corpo nu, apoiou-se nos cotovelos, queria que ele o olhasse e mais, queria que ele o desejasse. Madara ficou de pé e sem pressa alguma tirou sua calça, revelando sua enorme ereção. Hashirama sentiu a boca salivar, queria senti-lo por inteiro, estendeu-lhe a mão e o trouxe para cima de si. 

- Eu nunca me arrependi de amar você… - O Senju selou sua confissão com o beijo que ele sonhava a anos, os lábios do Uchiha tinham um sabor inebriante e aos poucos Hashirama se perdeu neles.

O Senju soltou um gemido contido, quando Madara esfregou a ereção contra a dele, o beijou ficou mais urgente e intenso. O Uchiha explorou seu corpo, deixando chupões por onde desejava. Hashirama não se importava, só queria ser possuído, ser devorado; estava completamente entregue ao seu amor. Um gemido rouco escapou pelos seus lábios quando sentiu seu membro tocar fundo na garganta do Uchiha, os movimentos ficaram mais rápidos e constantes; Madara estava empenhado em satisfazer os desejos de Hashirama e seu peito se encheu de luxúria ao sentir o gozo quente preencher sua boca e o Senju chamar seu nome com a respiração cortada. O Uchiha não lhe deu tempo para se recuperar, levantou suas pernas, apoiando-as sobre seus ombros; Ouviu Hashirama pronunciar seu nome novamente quando sua língua deslizou em movimentos de lambidas em seu ânus, Madara o penetrou com dois dedos, vendo-o  arquear o tórax para cima. Hashirama logo ficou de bruços e o Uchiha se deu por vencido, posicionou seu membro e o invadiu lentamente. O Senju gemia baixinho, aproveitando cada centímetro que entrava. Aquele Uchiha sabia ser gostoso; Madara o penetrava devagar, Hashirama lhe lançou um olhar pedinte e sentiu a pélvis do outro bater com força em sua bunda. O vai e vem do quadril de Madara estava mais rápido e o Senju lhe olhava pedindo por mais, sempre mais. Agarrando com firmeza a cintura do mesmo, deixou seu prazer invadi-lo. Hashirama recebeu Madara em seus braços, e novamente colaram os lábios.

- Obrigada … - Disse ofegante.

- Pelo o que exatamente ? 

- Por não matar o meu irmão… - O Senju riu - Eu sei que você se controlou…

- Eu tenho total consciência de que não seria capaz de causar ferimentos sérios a ele. - Fez uma pausa - Izuna não me perdoaria … e bom … tem você também… - Madara sentiu o rosto esquentar.

Madara não tinha esperanças de viver um romance, mas para ele, apenas aquele momento bastava.