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Ashley

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Ashley

Subo as escadas praticamente correndo antes de me esconder no banheiro. Estou com medo pelo que pode acontecer comigo e com o Cooper sozinhos em um quarto, quem dirá se começarmos a nos vermos todo final de semana.

Já o vejo quase todos os dias na escola, e é agonizante sentir algo na minha intimidade toda vez que eu o vejo e não poder fazer nada. Não poder beija-lo e libertar esse sentimento enorme enquanto o sinto dentro de mim. E esse sentimento piorou ainda mais desde o dia do trocador. Antes, se eu o visse, sentia um frio na barriga descendo até a minha calcinha, agora não posso vê-lo que minha calcinha já está molhada.

E agora eu tenho que sair do mentira e arranjar um jeito de não perder completamente minha cabeça, ou minha sanidade na frente dele.

Respira Ashley, tudo vai dar certo, na verdade, nada vai acontecer, vocês são velhos amigos, nada mais que isso.

Saio do banheiro e dou de cara com Cooper me encarando, escorado em um móvel de madeira.

-O que foi?- Pergunto

Ele me ignora e vai em direção a uma porta, então eu o sigo e percebo que o quarto que entramos é o dele. O que não foi difícil de decifrar, já que o quarto é basicamente todo preto e prateado, com poucas decorações.

-Bem você esse quarto- digo, mas sou novamente ignorada.

-Fique a vontade-Cooper  diz como se alguém estivesse o obrigando.

Me sento em sua cama silenciosamente e começo a olhar ao redor. As cortinas escuras tampam completamente a visão do lado de fora, é como se seu quarto fosse uma caverna escura e fria, como se nenhum tipo de luz ou sentimentos entrassem ali. Mas por algum motivo, estar naquele quarto, sentindo o cheiro dele espalhado pelo ar, me libertava, despertava a parte de mim que estava dormente até então.

-O que você quer fazer? Olhar fotos?- Pergunto.

Cooper para do lado da janela e acende seu cigarro. Ele solta a fumaça quase que com medo de deixá-la ir, e por alguma razão me pergunto se ele já se sentiu assim em relação a alguém.

-Tudo bem então- digo ao ver que ele realmente não está a fim de papo.

-Não tenho nenhuma foto aqui, o que você acha que eu sou? Um velho?- Ele diz, sem se importar muito.

Respiro fundo. Já estou começando a ficar nervosa com o comportamento dele, sua bipolaridade me irrita.

-Você é ranzinza como um- digo de braços cruzados, indo em direção a ele.

-Ranzinza?- Ele ri. -Por esse palavriado que você usa já deveria estar em um caixão.

-Isso se chama ser educada Cooper, pra não chamar você de cretino egoísta.

Me aproximo ainda mais dele. Tenho um sério problema de paciência, não precisa muito para eu ficar irritada e começar a discutir com qualquer pessoa que seja, e Cooper é muito bom em me levar para esse estado de ódio.

Diga meu nomeOnde histórias criam vida. Descubra agora