Sorriso diabólico

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Louise Marques

— É um cagando e o outro pisando na bosta. — Resmunga Giovanna observando os cachorros no parque enquanto andamos com bicicletas que o hotel disponibilizou para assim darmos uma volta pelos arredores e conhecermos um pouco mais deste lindo lugar.

— Temos que tomar o cuidado de não ir para muito longe do hotel porque senão eu não sei voltar. — Falo receosa enquanto pedalo a bike.

— Não se preocupa, eu tenho o mapa daqui. — Tranquiliza Laura pedalando mais rápido.

— Depois vamos naquelas lojinhas ali. — Aponto para algumas lojas de sapatos e roupas do outro lado do parque.

— Gente, cuidado pro dinheiro não acabar antes da gente voltar pra casa. — Avisa Laura.

— Vish era pra você ter me dito isso antes, ontem passeei pelas lojas daqui e estourei os dois cartões que eu tinha. — Diz a Giovanna rindo.

— E como você planeja pagar isso depois? — Pergunto curiosa.

— Não sei, é uma dívida que vai ser paga pela fé.

Giovanna Mitchell

— Minha musa, não tem como vocês irem pra casa hoje? — Pergunta Günther abraçando minha cintura.

Um dos motivos de eu estar com Günther é que acho que ele é meu fã, embora às vezes eu tema que esse seu amor por mim algum dia chegue a me sufocar.

— Não, ainda é muito cedo, porquê?

— É que hoje de manhã meu chefe me ligou dizendo que um cara adoeceu e ele me quer lá para substituí-lo e eu não posso dizer não. Então você não pode voltar comigo? — Explica com a voz aveludada e beija minha clavícula.

— E deixar Lara e Lou sozinhas aqui? — Indago me afastando para olhar em seus olhos.

— Sim? Amor, elas já sabem se cuidar, além do mais elas deixaram esse hotel depois de amanhã. Vem comigo.

— Não posso, te encontro em dois dias. — Digo me levantando do sofá seguindo para sua mala.

— Giovanna, você é muito protetora de pessoas que não precisam da sua proteção, você precisa é que eu te proteja. — Disse me agarrando por trás passando suas mãos pela minha barriga.

— Saí dessa, Günther. — Falo perspicaz tirando suas mãos de mim e ele me olha meio magoado -Não preciso que ninguém me diga do que preciso.

— Vanna... Eu só fico preocupado com você aqui sem mim, não vai sentir saudades? — Diz de braços cruzados e eu sorrio provocando ele.

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              Carla Blackwood

— Você acha mesmo que vai conseguir fazê-la recuar? — Pergunto objetiva observando de longe meu irmão virando as costas e a tal da Louise enterrando os pertences do Dylan na areia e depois o mesmo se vira confuso e ela gargalha.

Pelo o que parece ele desenterrou os pertences e a Louise corre para longe dele, que pega um punhado de areia e corre atrás dela.

— Eu não preciso me preocupar muito, é questão de poucos dias para os dois nunca mais se verem. Mesmo assim odeio ver Dy com aquela estúpida. — Revela Dorothy, tentando controlar sua raiva ao observar eles enquanto toma um suco.

— Então vá lá interferir. — Sugiro não desviando o olhar deles, a tal da Luiza põe as mãos na cintura e Dylan sorri, agora aparentemente, estão tendo uma conversa muito interessante, ou uma discórdia, não sei afirmar direito.

— Não consigo nem encara-la como uma rival, ela nem é o tipo dele. — Diz Dorothy rindo amarga.

— Ah, mas interfere, vai ser divertido de assistir. — Insinuo fechando a revista de moda.

— Vai mesmo...

É estranho ver Dylan tão interessado em alguém.

É mesmo uma pena que todas as vezes que vi esse brilho em seu olhar as coisas não acabaram muito bem para os coraçõezinhos iludidos das garotas com quem ficou.

A minha sorte é que Dorothy no fundo ama competições, porque sabe que não importa com quem Dylan estiver se distraindo, no final ela sempre vence, e consegue o que quer.

— Observe o que alguns anos de teatro podem fazer. — Ela abre um sorriso diabólico indo em direção a eles.

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Discórdia InflamávelOnde histórias criam vida. Descubra agora