جريمة

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NA: Boa noite gente, tudo bem com vocês? Espero que sim! Demorei tanto não é? Sei que sim porque eu estava com muitos problemas para escrever nestes tempos, não conseguia me agradar com nada que saia e isso me frustrou bastante. Mas finalmente algo veio e eu espero que gostem.

Nesse capitulo peço um feedback de vocês, comentem o que acharam, interajam comigo para que eu possa entender o que estão pensando por aqui, desejo uma linda leitura!

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Lauren abriu os olhos, sorrindo em autocontemplação a seu momento, as mãos abraçando seus ombros em auto reverência deslizando-as molhadas com a água da banheira que fluía sob sua pele em curso natural de seu colo, seu estado parecia de completa dispersão, atenta a si e alheia a sua companhia.

Ali estava.

Karila a contemplava em reconhecimento, como espectadora silenciosa do mesmo espetáculo. Talvez a certeza que já tinha estado naquela mesma situação anteriormente a fizesse mais tranquila, sabia os caminhos que a faria desvencilhar daquele estado.

O riso a fez arrastar os olhos para o corpo da americana, explicitamente nua em sua alucinação, era o que a obscura água lhe fazia cogitar, entre um devaneio de tentativa de compreender não soube enxergá-la no delírio, a ausência de detalhes de sua nudez vinha de um sentimento anônimo, não podia fantasiar sobre aquilo que não conhecia.

Não havia riqueza de detalhes dentre os movimentos da turva água indo e vindo ao cobrir seu corpo que submergiu para que ela se movesse, apoiando as mãos nas bordas da banheira como da primeira vez. Os olhos verdes recuperando tudo a sua volta reconheceu sua presença.

A egípcia deu um passo à frente observando-a, como havia sido na primeira vez. Ao receber um convite de mão estendida porém ela não movimentou-se em afastar, presumia que o fizesse.

E ela o fez, mão estendida e convite reiterado, seu indicador ligeiramente tocando sob a barra da abaya negra que a princesa usava, apenas a cogitação de proximidade em outro momento a retorceria em repúdio.

Mas a ausência das fantasias completas martelavam em seu consciente.

Sabia que era mera fantasia, porque então não vinham todas elas completas? O que tinha de fazer para libertá-las?

A mão meneou novamente próxima a si, incitando-a a aceitar o toque como bilhete único que a concederia permissão total de seus devaneios. Sem imaginações pela metade, era a promessa que a mão aberta lhe oferecia.

A egípcia olhou a água, perdida na ausência e convicta de que delirava, nada daquilo seria realidade no dia posterior ao abrir seus olhos e encarar o que era sua vida real. Não era como se estivesse aceitando uma nova entrada em sua vida.

Abaixou sua mão direita coberta com luva e tocou sobre a palma direita, o aceite do convite ao ter seus dedos todos sendo envolvidos com força a fez arfar tentando se recuperar e objetar ao notar que os detalhes de suas fantasias se intensificaram em outros aspectos, não era visuais como exigia, sentia seu próprio perfume na mulher ao tê-la puxando para si, sua mão sendo conduzida e submersa na água a fez perceber em desespero, sentia... a água quente molhava sua luva de tal maneira que a agonia em entender se a realidade já havia consumido suas ações a fez sentar em sua cama e...

DESPERTAR.

Um novo pesadelo.

Era exatamente o que estava precisando mesmo, de um maldito novo pesadelo.

Compreender que aquilo pairava entre os meus devaneios de sonhos malucos pós bebida acalentava minha estima, não é como se eu pudesse controlar tampouco o que o álcool faz a mente humana. É apenas maluquice e nada mais, mesmo que a idealização da repetição do mesmo sonho com final distinto me perturbasse a ponto de me levantar em tentativa a ter minha mente consumida com novas preocupações e não loucuras.

Karila AistarabawOnde histórias criam vida. Descubra agora