مخفي

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Notas Iniciais: Olá, estamos aqui para mais outro capítulo de uma diferente jornada de Karila... quero adiantar que nesse capítulo haverá algumas doces surpresas, estão prontos? Espero que sim! Boa leitura...

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Astrid Joséphine-Charlotte Fabrizia Elisabeth Paola Maria.

Aquele era o nome completo da real denominação de Ursel, a até então princesa da Bélgica. Karila conhecia um grande ciclo de pessoas que frequentava as realezas européias, principalmente aquelas tão próximas da realeza britânica, seu histórico familiar e a forte ligação de seus pais àquele continente deixava claro que em seu íntimo ainda havia apreço, mesmo que não fizessem tamanha questão de tê-la presente em nada que envolvesse as realezas britânicas... O cenário ainda era recente, o Egito já havia sido comandado por eles, os britânicos, se havia algum passado recente que colocasse aquilo na História, então o fariam de bom grado em outros enredos, no seu próprio, como princesa do Egito, não havia mais nenhum ponto sequer a ser colocado além.

A mesma carta submetida a si fora submetida a Al Sisi em consideração a presença da princesa da Bélgica no país, seria um segredo em comum que deviam preservar para não impor um sentimento de mal-estar com os Belgas visto que Astrid se provava realmente focada em estudar no Egito, já havia se afastado faziam dois anos da realeza e do poder, parecia ter um projeto de vida reservado agora, uma aparência física diferente de seus cabelos loiros, o porte saudável da mulher de 56 anos e a elegância descomunal seriam fatores a serem pensados por Karila em longevidade naquela presença.

A primeira inquisição de Al Sisi não foi brutal, não veio explícita, mas lhe chegou com um certeiro tipo inadequado de portar.

Onde Karila com toda experiência em antagonismos e perseguições através de seus anos por vida soube em imediato que ele não era um aliado.

— Podemos deixá-los em terreno neutro no Cairo, não há de se correr riscos, não é mesmo Senhora Aistarabaw? - Ele citou à ela em sua sala presidencial, a recebeu em sinal de cordialidade para que tivessem aquela conversa, estava a questionando sobre seu abrigo a historiadores de multinacionalidades, principalmente americanos, em sua casa.

Karila analisou a situação com uma percepção fria, os olhos castanhos perdendo-se na mesa do homem, observando com uma riqueza intensa de detalhes as fotografias da família do homem.

— São meus convidados, não é elegante da minha parte coordenar uma expedição e deixá-los aos cuidados de outras pessoas, ou até mesmo sem cuidados, comprometo-me a não influenciar no julgamento deles quanto a mim, portarei-me da mesma maneira que me porto em minhas rotinas diárias, se essa é uma temeridade, senhor presidente. - Ela deu uma ênfase no último termo, como se sua percepção e apontamento indicasse que invalidava aquilo que ele era.

— Não é uma temeridade, longe de nós pensar dessa maneira, Senhora Aistarabaw. - Ele negou depressa, fingindo um sorriso simpático que fez a egípcia estreitar os olhos. Se portava como como um homem que temia a si, sabia bem quando lia nos olhares alheios o quanto a temiam. Haviam estes homens que tremiam, literalmente, quando a olhava nos olhos, mesmo diante daquele lenço lhe cobrindo a plena identidade.

E haviam estes que não precisavam tremer para lhe dizer em bom tom que morriam de medo de si.

— Vejo que não discordamos sobre os tópicos de hospitalidade e segurança, sou capaz de garantir ambos. - Afirmou observando o homem assentir, a ausência de exposições muito emocionantes sobre o fato lhe entregava muito, porém Karila ignorou e deixou crer na Expedição de Astrid. Asseguraria sua identidade em troca do que podiam fazer em seu país, como conhecimento... Tinha em mente apenas duas coisas, era seu ato final, depois de cada homem envolvido em sua desgraça pessoal se deixaria ir.

Karila AistarabawOnde histórias criam vida. Descubra agora