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!ESTE CAPÍTULO CONTÉM FORTES CENAS DE GATILHO,SE VOCÊ FOR SENSÍVEL NÃO LEIA!

✔︎✔︎

Point of view - Theodore Blake

Depois de um bom tempo sentado encostado naquela árvore, não conseguindo andar, me afogando em lágrimas, limpei meu rosto provavelmente inchado e decidi voltar para nosso dormitório.

Eu fui andando e quanto mais perto, mais um calafrio na espinha se intensificava, um pressentimento ruim.Decidi ignorar

Porque eu ignorei?Porque??

Cheguei no nosso quarto.Um silêncio tenebroso presente.Olhei para a cama de S/n, ela não estava lá.A porta do banheiro estava encostada.O calafrio ficou quase insuportável.Ouvi um soluço estranho,não era um soluço de choro.

Era de sufoco.

Corri até o banheiro, desesperado e quando abri a porta, encontrei o que mais temia.Ah, com certeza, pior cena que eu poderia ver, uma cena de dar calafrio.Perdi a força nas pernas e meus joelhos enfraqueceram totalmente, fazendo assim eles se chocarem no chão.Engatinhei até ela, vendo o pescoço e braços ensangüentados.

-Não, não, não, não... - Murmurei - Pelo amor de Deus não - Falei com a voz já embargada, e os olhos lacrimejando.Nem sabia de onde saia tanta água do meu corpo, mas sabia que, uma hora ou outra, eu ia desidratar.

Seu peito ainda movimentava, o que significa que ela ainda estava viva, mas como ela cortou o pescoço, eu não tenho muito tempo.

A uma quadra da escola, ficava o hospital.O que me dava vantagens, se eles fossem rápidos o bastante.Com as mãos trêmulas, peguei o celular e liguei para emergência, tentando controlar as lágrimas e ficar calmo.

*ligação*

-Hospital NY Emergency no que posso ajudar? - uma voz com tom tedioso falou

-A minha namorada ela tentou se matar - Falei me engasgando com as palavras

-Garoto eu não tenho tempo pra brincadeiras

-VOCÊ ACHA QUE EU TO BRINCANDO CARALHO? MINHA NAMORADA JÁ TENTOU SUICÍDIO 4 VEZES CONTANDO ESSA, E EU SOU OBRIGADO A OUVIR MERDA DA SUA BOCA? - berrei

-An senhor mantenha a calma - gaguejou e pigarreou

-ENFIA A CALMA NO MEIO DO SEU CU - falei despejando todo meu ódio, ódio pelo destino cruel colocar alguém não perfeito e sensível pra mim, e ter obstáculos não grandes para ela que ela não aguente a barra - O AMOR DA MINHA VIDA TA MORRENDO NO MEU COLO E EU TENHO QUE FICAR OUVINDO MERDA CALADO?

-É-er já estamos enviando uma..uma ambulância para aí - ela disse com a voz trêmula.

-Acho bom mesmo - falei com ódio e desliguei na cara da filha da puta.

Abracei S/n e voltei a chorar, beijando sua testa gelada e afagando seus cabelos.

Poucos minutos depois o barulho de ambulância soou por fora da escola, em alguns segundos ouvi passos e a porta do nosso quarto se abrir.

-Garoto, sinto muito mas precisamos que você solte a menina - Um paramédico tocou no meu ombro, agachado do meu lado.

-Me promete que vai salvá-la - Falei sentindo meus olhos molharem novamente - Ela é tudo que eu tenho - Falei com a voz embargada, sentindo minhas narinas inflarem e arderem.

-Nós faremos tudo ao nosso alcance - Ele disse.Olhei para S/n desacordada e apertei seu corpo forte contra o meu, dei um beijo na sua bochecha e a soltei lentamente, hesitando.

Problematic •PAUSADA•Onde histórias criam vida. Descubra agora