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Esqueci de incluir: O Theodore tem um padrasto que ele considera como pai
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Point of view - S/n Evans

Acordei com a luz do sol pinicando no meu rosto.Bufei coçando os olhos pelo desconforto.

-Quer que eu feche a cortina? - Uma voz rouca perto no meu ouvido me fez abrir os olhos e olhar para frente.Theodore estava com os cabelos desgrenhados mas olhos bem abertos, como se mal estivesse dormido.

-Você dormiu? - perguntei esfregando a mão na suas costas de leve

-Dormi o suficiente - me respondeu, e eu o olhei, o repreendendo.

-Ooii - Minha mãe foi entrando sorrateiramente com uma bolsa - Bom dia crianças, Theodore seus pais estão vindo com algumas roupas pra você trocar e S/n, eu trouxe umas blusas meias e outras coisas pra você também - Ela aproximou da gente depois de colocar a bolsa encima da cadeira e deu um beijinho na testa de nós dois.

-Sabe onde estão as minhas outras coisas? o meu celular tava no bolso do meu shorts - Perguntei

-Eu posso perguntar pro médico depois então - Disse e eu concordei

Ficamos conversando por volta de meia hora até os pais de Theodore chegarem.Theodore trocou de roupa e no lugar colocou uma calça de moletom preta, uma blusa branca lisa e um suéter beje , já que o frio do outro lado era penetrante até o osso.

Após ele se trocar, os médicos vieram me examinar e fazer a troca de curativos, checando se não havia infecções ou nada do tipo.

-Doutor..Será que..hm..Vocês ainda tem os meus pertences?Quer dizer, meu celular, brincos, meu anel.. - Listei hesitante sentindo o olhar de Theodore queimar sobre mim.

-Claro, peço a enfermeira pra trazê-los depois - ele disse e eu concordei com a cabeça.

Alguns minutos depois a enfermeira entrou no meu quarto com uma bandeja que continha maçã, uva verde, suco de laranja e ao lado um de uva e pão doce com açúcar e canela completamente molhado.

Está aí uma coisa que eu nunca vi:Pão doce, e ainda mais, pão banhado no açúcar meio que derretido.O pão estava meio que cortado em fatias, e tinha vários pedaços num tipo de culler.Eu realmente estava com fome, e olhar para aquilo tudo de comida me deixou ainda mais com fome.

-Nós já vamos - A mãe de Theodore falou e puxou minha mãe e o pai do Theodore para fora

-Você vai tomar café comigo - puxei Theodore pra sentar - né? não vai negar o pedido de alguém num hospital não é? - dei um sorrisinho amarelo e ele revirou os olhos e deu um sorrisinho, sentando atrás de mim - Então, qual suco prefere? Laranja ou Uva?

-Eu sei que você vai escolher Uva, então laranja - Falou me arrancando uma risada, e ele enfiou o pão na minha boca - Agora come, sua tagarela - Ele falou me fazendo rir mais.

Deixei as uvas e o suco de laranja de um lado pro Aidan comer e as maçãs com o suco de uva do outro lado e os pães no meio.Comemos tudo isso fazendo piadinhas sem sentido mas que faziam ambos rir, isso era o que nós fazíamos, riamos quando algo de ruim acontecia

Quando finalmente me vi satisfeita, Me aconcheguei no peito de Theodore e ficamos vendo tv, um desdenho qualquer passava lá, e me deixou muito entretida.

Meus pensamentos no geral estavam muito confusos, não parecia que nada tinha mudado além de eu ter ido pro hospital.Eu queria chorar tanto, mas ao mesmo tempo queria gritar e bater em alguém, e também queria que alguém me abraçasse como Theodore me abraça agora.Nem percebi que enquanto pensava nisso, peguei no sono.

Point of view - Theodore Blake

Fiquei velando o sono de S/n o tempo inteiro, assim como de noite, vendo sua respiração pacífica e ela coçar o nariz de vez em quando, mesmo ainda dormindo.Eu preciso fazer isso, não controlo.

Ver ela dormindo me deixa mais calmo, saber que ela está viva é.. aliviador.Eu não me sinto mais vazio como antes de ver ela lá, desacordada no meu colo.

Seu corpo era como uma pena, quase nem sentia ela deitada lá, meu braço não chegava perto de formigar quando ela dormia em cima.Às vezes isso me assustava, quer dizer, é normal você ser magra além do normal, ser algo que você nasceu assim, mas S/n ficou magra, ela não era assim, e foi por causa da anorexia.Então tenho medo de que se ela ficará cada vez mais leve, um dia eu nem sinta-a mais, no meu corpo, perto de mim, nem respirando.

Nem viva.

Quase duas horas depois ela acordou com a enfermeira a chamando, era pra fazer a troca dos curativos e o almoço,que continha um filé, arroz, legumes feijão e água.Ela meio que partiu metade pra mim e a outra metade pra ela e comemos muito rápido.A mãe dela foi lá no quarto e trouxe um doce qualquer pra ela comer.

-Não é qualquer doce! são as bombas de caramelo e de chocolate que a dona Luciana fez! As bombas dela são as melhores - Ela falou colocando outro na boca

-Chocolateira, isso que você é - disse mordendo seu pescoço e ela riu, mostrando seus dentes sujos.

Não existe ser no mundo que possa odiar essa pessoa, ninguém, é impossível odiar alguém tão genuíno e perfeito que nem ela.

-Experimenta, juro que é bom - Falou praticamente enfiando uma das bombas na minha boca.E realmente, era algo de dar água na boca - Gostou? - Perguntou, e eu apenas fiz um joinha enquanto saboreava o máximo que podia daquele doce.

Sobraram alguns, que S/n deixou para dar para meus pais e sua mãe, nisso, ela criava mil e umas conversas totalmente sem sentido.

-Sabe, as vezes eu queria que mamãe namorasse alguém pra eu chamar de pai - Falou mexendo nos meus dedos - Eu não sei se ela não namora simplesmente porque não quer ou porque está com medo de eu não aprovar - suspirou

-Não pensa nisso ok? - Beijei o topo da sua cabeça, foi então que eu tive uma ideia.

Peguei S/n no colo, e ela deu um gritinho, assustada pelo meu ato.

-O que você vai fazer Theo? - Perguntou já rindo

-Vou te levar até o terraço - Falei dando um sorriso sapeca, e ela retribuiu.

continua...

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