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AVISO! o capitulo de hoje contém inúmeros gatilhos,portanto se você for sensível não leia!

Preparem o lencinho,se sentem e respirem fundo que lá vem o mar de lágrimas


Point of view - S/n Evans

Acordei.

Mesmo não querendo acordar.

Mesmo sendo a última coisa que eu pretendia fazer.Mesmo que eu tenha acabado com as possibilidades de isso acontecer, aconteceu.

Eu acordei.

Na mesma cama de colchão fino mas travesseiro fofinho, Cobertor verde escuro, camisola branca com detalhes em verde, O tubo na minha boca indo até minha garganta, Pulsos e garganta enfaixados, quarto silencioso, ecoando apenas um choro engasgado e sofrido de alguém assustado com medo, agonizando, repetindo a mesma palavras várias e varias vezes:"me perdoa, me perdoa, por favor me perdoa"e o choro só ficava mais barulhento.A mesma poltrona beje, a mesma cômoda, o mesmo aparelho com barulho irritante, cujo afirma que, sim, mesmo eu continuo ainda viva, e que falhei, que não fiz o caminho certo e de novo voltei para o início.

A porta do quarto tinha um pequeno laço amarelo na porta, e médicos, internos e enfermeiros passavam lá, uns correndo, outros olhando um prontuário, outros acabaram de chegar.

Eu sabia que minha mãe estava lá.Esperando eu acordar.Lá na sala de espera.Mas eu só queria entender o porque de que o garoto cujo chorava molhando todo o lençol estava lá.Porque? porque?!

Point of view - Theodore Blake

Horas antes....

Eu não tenho escolha.Ou é ver s/n desmoronar ou é ver s/n desmoronar
"Eu tenho um videozinho dela e seu transando Theozinho.Não deveria deixar a janela aberta.E agora? como vai proteger ela? A sua única opção é terminar com essa lambisgóia, eu quero vê-la sofrer, se eu não vou ficar com você, ninguém vai também".

Como? Como que ela quer me ver fazer o amor da minha vida sofrer? minha garota? minha vida? a mulher que eu mais amei na minha vida?aquela mulherzinha de quinta, rancorosa, ela saiu gargalhando, uma gargalhada tenebrosa, que congelou minha espinha. Caminhei em direção a sala, ainda em choque, e trombei com quem menos queria no momento.

-Ah oi meu amor! - beijou meus lábios, e eu me sentia sujo por ter que fazê-la sofrer - sua mãe me ligou agora pouco pedindo um jantar com a minha mãe e comigo - sorriu.ela sorriu com todos os dentes esbranquiçados, suas bochechas coraram como sempre faz assim que me vê.

Assenti com a cabeça, sabendo que estava impossibilitado o bastante para falar algo, sem me sentir mil vezes culpado a cada letra que saísse da minha boca.

-Aidan o que foi? - me perguntou, com o cenho franzido - algum problema? - acariciou meus cabelos.

Meus olhos se encheram d'água,a dor no meu peito se alargou.Eu só consegui assentir com a cabeça, sentindo as lágrimas rolarem no meu rosto até meu pescoço.

porque?! porque?! porque?!

-conte-me,o que houve meu bem? - limpou minhas lágrimas, mas elam continuaram sua jornada descendo sobre meu rosto.

Neguei com a cabeça - não posso - murmurei com a voz falha - é culpa minha - fechei os olhos com força, e abracei ela como se dependesse disso.ela me aninhou nos braços como uma criança indefesa, e eu me sentia assim.

-Tudo bem, quando quiser me contar, eu estarei esperando, e seja o que for, tenho certeza que é algo perdoável - falou perto do meu ouvido.

Saí do abraço,ouvindo o sinal do intervalo tocar.

-Não é, com certeza não é - enxuguei meu rosto e caminhei em direção ao quarto, em passos lentos e preguiçosos.

Estava no campus, fumando.Não tinha costume de fumar, mas hoje, eu estava necessitado, ou ia ter um colapso nervoso e acabar com tudo ainda mais.Ela veio caminhando lentamente, ela estava tensa, e eu também estava.

-O que aconteceu Theo? porque me chamou aqui pra conversar? você tá ficou estanho o dia todo, me conta o que houve - Falou extremamente preocupada.

Respirei fundo e olhei para os meus tênis

-Eu quero terminar - falei baixo gaguejando

Ela ficou calada.
Calada demais.
Por tempo demais.

A olhei, as lágrimas saiam involuntariamente enquanto olhava para suas mãos.

-Eu sabia - ela falou - sabia que você não ia mudar da água pro vinho tão facilmente - oh não - sabia que tudo era uma brincadeira IDIOTA SUA - berrou no final

o que eu poderia fazer?contar para ela e o vídeo vazar, fazendo ela ficar péssima?Ou concordar com ela e esperar pelo pior?

-É - gaguejei, mordendo meu lábio inferior, impedindo que os soluços escapassem, mas eu não controlava as lágrimas.

Senti seu olhar queimar em mim

-Se fosse verdade você não estaria chorando. - Falou com a voz rouca - Theodore o que tá acontecendo?

-Eu quero terminar, não importa o motivo, cansei de disso tudo, cansei de ficar preso em uma pessoa só - Menti, falando tudo rápido, me xingando mentalmente por cada palavra que saia da minha boca.

Ouvi um soluço alto sair de seus lábios, contido pela mão, e ela saiu correndo, provavelmente para o dormitório.

continua...

próximo ep vai ser a continuação desse e vocês vão entender o porque da S/n estar no hospital

Problematic •PAUSADA•Onde histórias criam vida. Descubra agora