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Distrito de Shibuya, Tóquio, no Japão
30 de outubro, mais conhecido pela força tarefa polícia e pelos delinquentes que participaram, como Blood Halloween (Halloween de Sangue).

O carmesim estrondoso dos fios longos e sedosos de Akame, refletiam contra a luz do sol, chamando atenção de qualquer um que passasse por nós. Uma manhã fresca, pouco ensolarada, onde a movimentação de carros parece mais constante do que costumava ser. Caminhava em passos curtos, com o meu minúsculo sapatinho, que mal haviam se atentado em me entregar do tamanho correto. Tudo para ser entediante, ao julgar pela minha frustração de ter acordado cedo atoa por pensar que haveria aula. A voz empolgada e estridente da garota que caminhava ao meu lado, ia completamente contra ao meu humor antipático.

Ela não era lá muito falante, porém tinha seus momentos de euforia, dentre eles, agora. Sua empolgação se tratava pela sua ideia, ainda pouco planejada, de ir para uma excelente faculdade fora do Japão, com um ensino de extrema qualidade. Apesar de meus esforços, eu jamais sonharia tão grande assim, afinal, não sou inteligente como ela, muito menos tenho as condições que ela tem. Me considero sortuda por estudar na mesma escola que ela, na qual também era de ótimo ensino, com um gestores de professores ótimos para desenvolvimento acadêmico e profissionalizante.

Mesmo por ainda estarmos no 1° ano do ensino médio, ela já tinha o seu futuro praticamente completo.

Enquanto a mim? Nem ao menos tinha certeza do que comer hoje no almoço. Penso as vezes em seguir os passos de minha mãe, e ser especialista em perícia criminal, porém sem sucesso ou muito menos ânimo para isto. Desde que ela morreu nas mãos de um marmanjo, que a matou apenas para se livrar de um prova que ela havia coletado, todo o meu interesse e admiração pela área foi inteiramente jogado no lixo.

Talvez seja o trauma emocional da perda, ou o medo de acontecer o mesmo comigo, sendo assim, por enquanto as sugestões estão em aberto.

-Ei, oque rolou ali? -Akame perguntou, afrouxando sua empolgação e tom de voz. Havia viaturas e policias espalhados por toda parte, em uma espécie de campo. As luzes fracas remetentes a azul e vermelho da ambulância, poderiam ser vistos de longe, juntamente com o som alto e chamativo da cirene. Eu odiava esse som, e a sensação de um corpo sendo carregado em cima de uma maca, desde que eu vi com meus próprios olhos.

Aquele noite... A mulher ensanguentada, ainda lutando contra a vida e a morte, que para eles, era apenas mais uma pessoa, mas para mim, era uma mãe... A única referência feminina que eu havia tido na vida, passando diante de meus olhos, e indo embora para sempre. Era doloroso demais só de lembrar.

Os enfermeiros carregavam na maca um garoto de longos cabelos pretos, completamente coberto de sangue na região abdominal. Conseguia reconhecer de longe sua jaqueta branca da Valhalla.

-Briga de gangues? -Chutei, porém sem muita certeza. Utimamente, havia dito muitos casos de briga da gangues envolvendo estupro e assassinatos, e provavelmente este não seria diferente. -Parece que alguém da Valhalla morreu.

-Não... -Ela falou calma, enquanto forçava um pouco a vista, a fim de identificar melhor de longe oque estava havendo. -Quando é morte, eles embrulham em um saco preto -Como sempre, ela muito mais inteligente e atenada do que eu. O garoto carregava uma máscara de oxigênio quando entrou, provavelmente ainda estava vivo. -Ei, aquele não é o seu pai? -Reparei de longe um semblante familiar, alto com cabelos grisalhos, e o seu brega óculos escuros, carregando um celular no ouvido.

𝐂𝐑𝐀𝐙𝐘 𝐅𝐎𝐑 𝐘𝐎𝐔, Hanemiya Kazutora +18 [ HIATUS ]Onde histórias criam vida. Descubra agora