Gangue Tosakki

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O nome do pai da S/n ficou como Richard.
Utilizei o conceito de Brooklyn 99 para o cargo do pai da S/n.
Boa leitura!

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"E no final tu consideras um ser triste, pois viveu como morto, semeando rancor e colhendo lucros mundanos, mas nem agora percebe que a vida é simples demais e significante demais para ser trocada por meros centavos, e também percebe que não adianta mais tentar ressuscitar teus vivos pois na verdade estão mortos." Kiko Simões

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E no final, sobrou apenas dor. O ódio imensurável que senti por ter sido enganada todo esse tempo. Ele não me contou, não se preocupou em esclarecer a verdade logo de início, para que não chegássemos a esse ponto deplorável. Ter que dizer adeus depois de tudo o que passamos juntos. Todos os nossos momentos, promessas e declarações foram para o ralo. Sinto que na minha vida, tudo o que acontece de bom, sempre acaba dando errado no final, e eu já estou ficando acostumada com isso.

Respiro profundamente, o aroma dos perfumes e dos doces nas bandejas, que se mistuvam com o clima antipático de festas beneficentes. No início, era divertido vim para eventos assim, mas atualmente, já estava de saco cheio para tamanha aglomerações e a mesmice de sempre. S situação só piora, quando se está cercada por jornalista, onde o flash das câmeras me atingia em momentos de distração, enfiando um salgado na boca, por exemplo, ou perdida nos pensamentos, encarando um canto aleatório dali. Tento me manter concentrada em coisas fúteis, na intenção de me desviar dos pensamentos que envolvessem o Kazutora, e induzir meu cérebro a aceitar que o que tivemos acabou.

Tento manter minha expressão orgulhosa perante a todas entrevista e parabenização das pessoas ao meu pai, que parecia mais sério e robusto quando se exibia para as câmeras. Mulheres solteiras e casadas tentando a sorte com alguns flertes e piscadas, mas sem muito sucesso. Desde que minha mãe morreu, ele jamais teve interesse em outra, e enquanto a mim, apesar de sentir falta de uma companhia feminina, concluí que apenas ele já era o bastante para minha educação e felicidade, e de fato foi. Jamais iria intervir se ele quisesse escolher alguém para se relacionar por agora, mas também não iria aceitar que qualquer uma ache que irá ser tão próxima de mim e "substituir" o lugar de mãe.

Sacudi o copo do meu drink, com as pernas cruzadas balançando meu pé calçado por um tamanco, ansiosamente esperando para que ele voltasse a se sentar e eu não me sentisse mais tão desconfortável nessa mesa repleta de estranhos e pessoas esnobes. Ponho meus lábios sobre a borda gelada, virando os últimos resquícios da bebida que ficavam mais fracas pelo gelo recém derretido, tornando a bebida insípida.

-Voltei -Disse ele, arrastando a cadeira na qual estava sentado anteriormente, e se posicionando ao meu lado -Peguei para você -O mesmo pós sobre a mesa mais um coquetel, dessa vez, de coloração verde -Mas acho que ficou muito forte -Lembro-me do gosto amargo de uma bebida realmente forte, das mesmas que bebi aquela noite na festa. Assim que pus o canudo nos lábios, suguei o líquido gelado, apreciando seu sabor fraco comparado as bebidas que consumi aquela noite. Estava perfeitamente normal e deliciosa, onde todos os ingredientes caiam bem um com o outro, tendo o controle certo do açúcar, frutas e do álcool -E então? -Perguntou ele, assim que terminei de engolir, enquanto mastigava alguns pedacinhos de frutas pouco trituradas.

-Está ótimo -Dei sorriso fraco -Por que não pegou para o senhor também?

-Não vou beber hoje -Ele sacudiu as mãos -Quero estar sóbrio, e você sabe que eu fico aéreo com tão pouco -Ele deu uma risadinha, passando seus braços por cima do meu ombro, e os apoiando na cadeira da qual eu estava -Muito ao contrário de você.

𝐂𝐑𝐀𝐙𝐘 𝐅𝐎𝐑 𝐘𝐎𝐔, Hanemiya Kazutora +18 [ HIATUS ]Onde histórias criam vida. Descubra agora