Kazutora?

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O som insuportável de um bip familiar soou em meus ouvidos, feito a melodia torturante de uma guitarra desafinada. Abro os olhos lentamente, contemplando a luz de um sol distante, que passava alguns de seus raios pelas cortinas de lona fina. Olho para os cantos, e tento me levantar sem sucesso. Meu corpo parecia não querer me obedecer, como se estivesse corrido uma maratona durante a noite inteira.

Akame ainda estava com sua roupa da noite passada, sendo seu cabelo completamente bagunçado e seu batom completamente borrado. Seus olhos haviam bolsas enormes, olheiras que pareciam ficar mais fortes pelo borrado do seu rímel, e eu não estava diferente. Olhei para meu corpo, estava com o mesmo vestido avermelhado, deitada em um colchonete no chão, ao lado da cama. Não precisaria me olhar no espelho para saber que meu cabelo não estava em suas melhores condições.

—Desliga isso... –Akame murmurou, com sua voz embriagada pelo sono.

Fiz oque ela pediu com sacrifício. Desliguei o despertador de meu celular, vendo o relógio, marcando suas exatas 06:05. Me sentei com dificuldade, sentindo a ardência tomar conta de minha intimidade prensada contra o colchão. Murmurei pelo incomodo, e esfreguei a testa, tentando resistir a uma dor de cabeça terrível. Certamente estava acabada.

A pergunta que soava em minha mente: Como eu cheguei até aqui?

—Oh Akame... –A chamei. —O que aconteceu? –Ela esticou seu corpo preguiçosamente, e bocejou.

—Não lembra de nada? –Minha última memória, era de me deitar ao peitoral de Mikey e pegar no sono. Forço minha mente a lembrar de mais algo, mas as imagens parecem tão vagas e pouco informativas. Realmente, não me lembro de nada.

—De um certo momento, sim.

—Deu pra caralho, né safada? –Ela disse naturalmente, dando uma gargalhada logo em seguida. Peguei meu travesseiro, e joguei em direção a mesma.

—É sério –Resmunguei. —Quem me trouxe?

—Foi aquele garoto que saiu com você. Ele me procurou e trouxe a gente em casa. –Ouvia sua palavras atentamente, enquanto fitava o telhado. Será possível eu ter feito coisas enquanto dormia e não lembrar de nada?

—Eu estava acordada? –Perguntei. Akame gargalhou.

—Tava roncando igual uma porca no banco de trás. –Bufei irritada com sua fala, enquanto revirava os olhos. Me senti um pouco envergonhada em me imaginar nesse estado no carro do Mikey. Boa, S/n... —Ele foi tão cavalheiro, te pegou no colo e te trouxe cá pra cima. Ou você bebeu demais, ou estava muito cansada. Ele te esgotou tanto assim? –Sorri lascívia, até porque, não consumi muito álcool, muitos provavelmente a consequência de meu cansaço era do orgasmo intenso que senti aquela noite, coisa que eu nunca pensei que sentia na vida, ainda mais para uma primeira vez. Aquilo foi mesmo incrível.

—Cansada demais. Ainda estou, na verdade... –Confessei, estirando todos os músculos do meu corpo, e os descansando logo em seguida, sentindo a sensação de relaxamento percorrer o meu corpo. Suspirei de alívio.

—E hoje ainda é segunda.

—É, segunda... –Não era nada bom estar cansada dessa forma para um começo de semana. Senti um onda feito um choque percorrer o meu corpo, que me acordou de volta a realidade. —MEU DEUS É SEGUNDA –Me levantei com rapidez, apesar de um pouco de dificuldade. —A GENTE TEM AULA.

[...]

Os minutos pareciam horas, e a voz baixa e serena do professor Matsu de literatura, era feito um sonífero para meus ouvidos e meu corpo cansado. Estava mais do que óbvio que nem eu e nem Akame havíamos dormido o suficiente. Ao julgar pela sua cara apoiada nós livros e cadernos espalhados sobre a mesa, enquanto dormia pacivamente sob eles, tanto que quase achei que ela estava babando.

𝐂𝐑𝐀𝐙𝐘 𝐅𝐎𝐑 𝐘𝐎𝐔, Hanemiya Kazutora +18 [ HIATUS ]Onde histórias criam vida. Descubra agora