Reconciliação

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"-Mas... não iria durar tanto. Era só você me chupar, que passava."

Toc toc

-S/n? -Oh, graças a Deus. Finalmente, Akame se deu conta de minha ausência, após 10 minutos que sai do seu lado para vir ao banheiro. Sanzu ainda estava trancado, e não dizia uma única palavra, por alguns instantes, quase achei que estava realmente sozinha -S/n, você está bem? -Me levantei do chão rapidamente, e corri em direção a porta.

-Akame! -Esbravejei, tentando inutilmente abri a porta novamente -Eu fiquei presa, Akame, me ajuda -Eu estava desesperada. Não fazia ideia sobre quais os sintomas aquela coisa iria me causar além da enorme vontade de transar -Eu acho que a maçaneta caiu, tenta encaixar ela de volta.

-Calma, eu vou tentar -Disse ela, por último. Vi sua sombra se afastar por debaixo da porta, aguentando por tortuosos segundos em que ela se pronunciasse novamente -S/n... -Sua voz carregava incerteza, inquietude. Dita de forma tão suave e calma, que para mim, foi desesperador.

-O que foi? -Sua sombra se movimentou novamente -Fala logo, Akame!

-Não tem nada aqui -Após escutar aquilo, engoli em seco. Senti que meu vestido de festa, por ainda que fosse revelativo, parecia quente demais para o meu corpo que inibia calor. Me pegava respirando ofegante, e o banheiro que antes havia um clima fresco pelo ar condicionado, agora parecia tão quente quanto um forno. Esse lugar me parecia cada vez mais pequeno a medida em que percebia que não sairia daqui tão cedo. Escutei algumas pauladas sob a porta, como uma tentativa inútil de alguém tentando empurra-la, mas para o meu maldito azar, nada adiantava -Parece que emperrou, S/n.

-Akame, eu fiz merda. Me ajuda por favor -Soquei a porta com raiva. Ou seria medo? Pavor? Insegurança? Não fazia mais ideia do que sentir. Meu coração disparava como se fosse saltar a qualquer momento, e em minha boca não existia nem mais uma gota de saliva que poderia engolir para usar como água.

-Merda eu sei que você fez, só que agora você está presa -Disse ela com um ar severo -Eu vou chamar o Mikey. Aguenta ai!

-Akame, espera! -Mas já era tarde de mais. Ouvi o som agudo do seu salto bater pelo local, me deixando sozinha novamente.

Meu sangue ferve, e o calor daquele local aflora, dando-me um pingo de esperança assim que avistei a pia, e outras garrafas de águas que ainda restavam ali. Caminhei até lá depressa, observando as letras e números de seu rótulo todas turvas, junto a uma euforia insaciável de autoconfiança, no qual me fez pensar: Será que eu consigo arrombar essa porta?

-SANZU! -O gritei com desespero, na qual não fui correspondida -SANZU, PORRA! -A alça do salto cutucava acima do meu calcanhar e machucava, causando uma dor chata, e insuportável de aguentar aquilo por mais tempo. Arranquei o mesmo, quebrando o seu feiche e pouco me importando em ficar descalça. Dei um suspiro aliviada assim que pus meus pés pelo azulejo gélido, e caminhei até a cabine em que Sanzu estava -Posso beber essas águas aqui, ou você ainda quer?

-Deve.

De toda forma, se ele dissesse que não poderia, iria beber de qualquer forma. Abro a garrafa de maneira afoita, e acabo com todo o seu conteúdo em alguns goles. O chão frio, junto a água gelada, fez melhorar o meu calor por alguns instantes, ou pelo menos, o suficiente até chegar em casa e me enfiar em um chuveiro com água fria.

Me sento em frente a sua cabine, sentindo minhas nádegas se esparramarem sob o piso gélido, e me resfriar ainda mais. O meu vestido de alça colaborava para que o choque em meu corpo fosse maior, assim que apoiei as costas sob a porta, e o friúme da madeira aliviar a brasa acessa de meu corpo. Me sinto estranha, uma sensação diferente de euforia, ia completamente contra de quando experimentei maconha.

𝐂𝐑𝐀𝐙𝐘 𝐅𝐎𝐑 𝐘𝐎𝐔, Hanemiya Kazutora +18 [ HIATUS ]Onde histórias criam vida. Descubra agora