Capítulo 6

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Como n deu p voltar antes, vou postar 2 caps.

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Aquelas duas últimas semanas antes de Lena voltar para casa foram aproveitadas ao máximo, pois a simples lembrança de que logo elas se separariam as faziam querer estarem juntas a maior parte do tempo. Fizeram diversas coisas, como piqueniques no parque, mais passeios de barco, visitas ao parque de diversões, horas e horas gastas em filmes e muitas outras coisas. O que importava era que elas estivessem juntas.

Quanto mais os dias se passavam, mais ambas ficavam tristes, principalmente Kara que era a mais insegura das duas, se sentia assim por não ser humana. Mesmo Lena tendo dito a ela que o fato da loira ser Kriptoniana a tornava mais especial. Kara tinha muito medo das coisas não darem certo entre elas por causa da distância, mas elas já haviam decidido que iriam fazer dá certo.

Lena já tinha deixado suas malas prontas quando foi se despedir de Kara. Não poderia demorar muito, pois seus pais estavam lhe esperando. Quando chegou na casa da loira, Kara disse que tinha uma lugar para mostrar. A Danvers a levou para a praia, mas só que em uma parte que Lena ainda não tinha estado. Era uma parte mais reservada da praia de Midvale, que tinha uma enorme pedra que ficava a alguns metros da linha da areia, então só teria como chegar nadando ou de barco, mas no caso de Kara, voando.

- Nossa, Kar! Aqui é muito lindo – a morena fala assim que Kara a colocou no chão e ficou encantada com a linda paisagem.

- É, eu sei. Queria te trazer aqui antes que você voltasse – falou com a voz um pouco embargada pelas lágrimas que queria sair.

- Hey, não fica assim não Kara, logo logo a gente vai se vê de novo – a morena diz e se aproxima da Danvers e limpa suas lágrimas com a mão livre – a gente vai se falar todos os dias e trocar mensagens...

- Eu sei, Lee. Mas é que eu já estou com saudades – suspirou e limpou suas lágrimas – você promete que vai me ligar todos os dias? E que não vai deixar a distância nos separar?

- Kar, lógico que vou ligar para você todos os dias – a abraçou mais forte para que pudesse passar confiança à outra – e distância nenhuma vai me separar de você, Kara, por que eu te amo e sempre vou amar, isso é uma promessa. – selou seus lábios aos da loira – sei que pode parecer cedo para dizer, mas para mim não é. Acho que para amar alguém não é questão de tempo, mas de convivência. Kara – tocou o rosto de Kara – me apaixonei por cada detalhe seu, até mesmo por suas inseguranças e isso não me fez e não vai me fazer querer se afastar de ti. Eu entendo e sei que você tem todos os motivos para duvidar do nosso futuro, mas quero que você saiba que eu estou e sempre vou estar do seu lado.

- Eu também te amo, Lee – a loira abraçou Lena e quando se afastou retirou o colar de seu pescoço, o mesmo que sua mãe havia lhe dado antes da destruição de kripton – eu quero que fique com isso – colocou o colar na mão de Lena.

- Não Kara, eu não posso aceitar – devolveu o colar – foi sua mãe que lhe deu, é sua última lembrança dela.

-Aceite, Lee por favor. Ela ia querer que estivesse com a pessoa que eu amo, e essa pessoa é você, Lena. Hoje e sempre – Lena aceitou e se virou para Kara colocar o colar nela e quando se virou novamente, Kara a beijou, um beijo que transmitia bem mais do que carinho, mas sim uma promessa para a vida toda. - Khap zhao rrip!

- O que isso quer dizer?

- Eu te amo! – disse sorrindo – eu falei que te contaria um dia – ainda sorrindo, voltou a agarrar a Luthor.

Elas passaram mais alguns minutos naquela pedra antes que Kara pudesse levá-la de volta. Mesmo que elas não quisessem se separar, sabiam que era preciso, pois ambas ainda eram menores de idade e dependiam dos pais. Mas um dia não mais, e quando esse tempo chegasse iria ser mágico.

Era assim que elas pensavam, mas o futuro é algo incerto e por mais que se façam planos para tal, as vezes as coisas não saem como queremos e tudo que podemos fazer é aceitar. Paixões acontecem a todo momento, amores vem e vão como pássaros que mudam a cada estação, pessoas mudam ao ponto de não serem mais as mesmas. Mas as vezes aquele amor de infância que virou real na adolescência pode durar para sempre e era isso que elas queriam, o sempre.

Como foi prometido elas se falavam todos os dias, fosse por mensagens ou ligações no final do dia, pouco antes de dormirem. Passavam horas conversando e acabavam perdendo a noção de tempo. Com as escolas de ambas em época de prova, acabavam que elas não tinham tanto tempo assim para se falarem, então estabeleceram que durante esse período eles se falariam só a noite por meio de ligação, e isso era bem melhor que mensagem, pois uma poderia ouvir a voz da outra.

Lena não tinha tantos amigos, pois a maioria dos alunos de sua escola eram pessoas fúteis e mesquinhas que só ligavam para aparência e dinheiro, então basicamente ela só tinha dois amigos, Samantha Arias e Jack Speer. A Luthor logo contou tudo sobre suas férias e consequentemente sua namorada para os dois, que surtaram como malucos por achar que Lena nunca iria desencalhar. Mas Lena sempre deixou claro que não tinha culpa se nenhuma garota da escola era interessante o suficiente para ela gastar seu tempo. Logo Samantha e Jack souberam que Kara era especial, pois só assim teria conquistado sua amiga.

A única pessoa que Kara se sentia mais confortável para falar sobre seu relacionamento com Lena e suas inseguranças era com Alex, que por incrível que pareça começou a se abrir também com sua irmã, acabou revelando que se sentia atraída por garotas e não garotos. Que antes tinha medo de falar sobre sua orientação sexual por temer ser julgada e excluída por seus amigos. Então Kara a explicou que se seus amigos a afastassem seria por que eles não a mereciam.

E assim Alex decidiu que deveria se abrir com sua mãe, falar como se sentia. Eliza a compreendeu e não a julgou, pelo contrário, deu total apoio à sua filha mais velha e disse que só quer que suas meninas sejam felizes. A ruiva naquela mesma noite decidiu que seria ela mesma e não uma versão de si que agia com medo de se entregar a seus desejos por temer represálias. Nada melhor que ligar o foda-se.

Já tinham se passado quase dois meses que Lena tinha voltado para Metrópoles e Kara sentia muita falta de sua morena, falar com ela todos os dias através de ligações e mensagens não era a mesma coisa de poder abraçar e beijar sua namorada. Sentir o calor do corpo da outra e saber através do toque que ela é real e que a distância não diminuiu o que ambas sentiam uma pela outra. Em poucos dias ela veria sua morena, enfim elas se reencontrariam.

Lena ia passar o final de semana em Midvale. Convenceu seus pais a lhe deixarem ir, pois segundo ela não era nada saudável está longe de sua namorada e como havia adiantado boa parte de suas matérias não seria problema perder um ou dois dias de aula. Lionel no começo não queria deixar, mas quando Lena pegou seus cadernos de atividades e mostrou que já estava bem adiantada resolveu deixar, pois se seus planos dessem certo talvez Lena não pudesse ver sua namorada tão cedo.

E assim ele permitiu, mas deixou avisado que assim que ela retornasse teriam que conversar, Lena ficou tão feliz que nem se importou com o que seu pai queria com ela. Tudo que ela realmente queria era poder ver sua loirinha e matar a saudade. Na quinta feira pela tarde Lena arrumou sua mala, já que viajaria na sexta depois do café da manhã. O motorista da família a levaria em um dos carros de seus pais, essa foi outra condição deles, ela não viajaria de ônibus ou avião sozinha, ainda era muito nova para isso.

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